Para o Sporting, enquanto Rúben Amorim estiver à frente da equipa, a Taça de Portugal tem um significado óbvio: é o único troféu nacional que o treinador nunca conquistou. Depois da desilusão da última temporada, com a derrota frente ao FC Porto no Jamor, os leões começaram esta sexta-feira uma nova caminhada e desde logo com uma vitória tirada a ferros contra o Portimonense.

Conrad, o outro viking que também sabe ser herói quando o barco mete água (a crónica do Portimonense-Sporting)

Os leões chegaram à nona vitória consecutiva nas competições internas, entre as oito jornadas do Campeonato e a terceira eliminatória da Taça de Portugal, e continuam sem perder longe de Alvalade na atual temporada. Pelo meio, Rúben Amorim teve tempo para estrear dois jogadores: Bruno Ramos, central brasileiro de 19 anos que foi titular, e Lucas Taibo, central espanhol de 18 anos que entrou já nos últimos instantes.

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Depois do apito final, num jogo em que o Sporting chegou a conceder o empate nos derradeiros minutos para resgatar o apuramento com o bis de Conrad Harder nos descontos, o treinador leonino confessou que o sofrimento era desnecessário. “Nós até estávamos a controlar bem o jogo, fizemos algumas transições, tirando alguns pontapés de baliza na primeira parte. Na segunda parte não controlámos tão bem. E quando não se marca pode-se enfrentar problemas, principalmente frente a uma equipa alta e forte. Temos de melhorar nesse aspeto, sobretudo na agressividade. Chegaram ao golo, depois nós tivemos a capacidade de dar a volta ao marcador. Foi importante para nós, por tudo, principalmente por terça-feira [Liga dos Campeões]. Mas acho que tivemos o jogo sempre controlado e não precisávamos de passar por este sofrimento”, começou por dizer, antes de abordar a rotação do plantel.

“Não são dificuldades. O Morita não podemos estar a metê-lo, o St. Juste também tínhamos um plano para ele, mas com o risco de haver prolongamento não o podíamos colocar. O Maxi, com a viagem… Portanto, esses jogadores estavam para qualquer emergência, mas não podíamos colocá-los e deixar em risco outras competições. Quando uns começam a ficar lesionados, outros começam a ficar sobrecarregados e assim vai crescendo uma bola de neve. Olhando para a diferença de plantéis, não nos podemos queixar. Não merecíamos este resultado. Não deixámos o Portimonense criar oportunidades. Acaba por ser uma vitória justa”, explicou Amorim.

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No fim, o treinador ainda abordou a exibição de estreia de Bruno Ramos. “Ele é muito rápido, aguentou-se muito bem até ao fim do jogo. Muito agressivo, não perdeu uma bola. Portanto, temos um jogador que vamos fazer crescer e mais um valor para juntar a tantos outros”, concluiu.