Milhares de pessoas saíram às ruas este domingo para protestar contra o governo de Pedro Sánchez. Na Plaza de Castilla, no norte de Madrid, os manifestantes pediram a convocação de eleições antecipadas em Espanha e exigiram a demissão do chefe do governo espanhol, cujo executivo está envolvido em vários processos judiciais.

A manifestação deste domingo — com o lema “Pela Unidade, dignidade, a lei e a liberdade. Eleições gerais já — foi convocada pela Plataforma pela Espanha Constitucional e não diretamente por nenhuma formação política. Não obstante, estiveram presentes no protestos rostos do Partido Popular (PP) e do Vox. O líder deste último partido, Santiago Abascal, criticou a “corrupção” e lembrou os processos judicial de nomes próximos de Pedro Sánchez, como o da mulher Sánchez, Begoña Gómez, ou o caso Koldo.

Begoñagate. As investigações da Justiça à mulher de Pedro Sánchez que desgastam a imagem do governo espanhol

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Na manifestação, Santiago Abascal referiu que o Vox apoiaria uma moção de censura contra o governo liderado pelos socialistas e que conta com o apoio da restante esquerda parlamentar e de partidos independentistas catalães e bascos. O líder do Vox sublinhou que, caso o PP decida apresentar uma moção de censura e consiga o apoio do Junts per Catalunya (o partido de Carles Puigdemont), vai votar a favor.

“Apoiaríamos a convocatória imediata das eleições. É-nos indiferente quem vote a favor, a coincidência do voto não é um problema para nós, ocorre muitas vezes nos parlamentos”, assinalou Santiago Abascal, segundo o El País, que nota que é uma mudança de opinião do líder do Vox, que descartava o apoio do Junts para a moção.

Para além de Santiago Abascal, entre os rostos dos partidos, estiveram presentes, pela parte do PP, Alicia García, porta-voz do Senado espanhol, e ainda Alfonso Serrano, secretário-geral dos populares madrilenos. Não obstante, Alberto Núñez Feijóo, o líder da oposição e presidente do Partido Popular, decidiu não marcar presença nos protestos por alegados “motivos pessoais”,

Durante a manifestação, relata o jornal El Mundo, ouviram gritos como “Sánchez delinquente”, “Sánchez mentiroso”, “Sánchez para a prisão”, “Sánchez traidor” e “Sánchez, demissão já”. As forças de segurança estimam que estiveram na manifestação 25 mil pessoas, ao passo que a Plataforma pela Espanha Constitucional dá conta de 400 mil manifestantes.