As últimas janelas do mercado de transferências têm tido uma ideia de esperança constante com um único protagonista: João Félix. Entre o empréstimo ao Chelsea, a cedência ao Barcelona e a ida definitiva para o mesmo Chelsea, existiu sempre a sensação de que o avançado português poderia finalmente livrar-se da nuvem negra que o acompanhou no Atl. Madrid e relançar uma carreira parada no tempo. Mas o tempo continua a andar devagar. 

O jogador de 24 anos leva atualmente sete jogos pelos ingleses, somando um golo e uma assistência, e ainda não conseguiu entrar nas opções iniciais e primordiais e Enzo Maresca. Numa altura em que o treinador italiano está a tentar fazer renascer um clube que viveu anos muito complexos nas últimas temporadas, João Félix tem perdido terreno para os crónicos Cole Palmer, Madueke, Jadon Sancho e até Pedro Neto, que tem sido o português preferido para os lados de Stamford Bridge.

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Ou seja, mesmo com mais uma mudança de clube, de país e de campeonato, o avançado continua a ter muitas dificuldades na hora de se afirmar — ou até no momento de ter tempo de jogo, já que tem tido uma utilização claramente escassa desde o início da temporada. Ainda assim, mantém a convicção de que ainda tem muito para dar. Mesmo que, para isso, tenha de recorrer à astrologia.

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Na antevisão do jogo desta quinta-feira contra o Panathinaikos, a contar para a segunda jornada da Liga Conferência, João Félix foi surpreendentemente questionado sobre o facto de ser do signo Sagitário. E aproveitou a pergunta para sublinhar a confiança que mantém. “Acho que é a primeira vez que me falam do meu signo numa conferência de imprensa, não percebo muito disso. Mas acho que é um signo muito competitivo. Eu sou, o meu pai também, o meu irmão também… É uma coisa de família. Como já disse antes, nunca me vão ver a deixar de trabalhar para alcançar os meus sonhos. Penso que é uma questão de tempo. Conheço o meu valor, confio mais em mim do que qualquer outra pessoa. Nunca paro de trabalhar e um dia o meu tempo vai chegar”, atirou.

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Mais à frente, o internacional português acabou por contar alguns pormenores sobre o processo de ida para o Chelsea no verão. “Estava a fazer a pré-temporada no Atl. Madrid, ainda sem saber se ficava ou não, mas mais para sair do que para ficar. O meu agente ligou-me a dizer que o Chelsea tinha falado com ele, que o treinador me queria, e em três ou quatro dias a operação ficou feita. Foi assim, simples”, recordou, antes de detalhar a primeira conversa que teve com Enzo Maresca.

“Falei com o Enzo Maresca antes de assinar pelo Chelsea. Eu gostei do que ele me disse, gostei da forma como vê o futebol, da forma como joga. Sabia que a competição era difícil, mas estou aqui para trabalhar, sei o que consigo fazer e agora posso ajudar a equipa. É apenas uma questão de tempo. Já disse em várias entrevistas que, quando saí do Chelsea em 2023, sempre disse à minha família e aos meus amigos que ia voltar à Premier League, de certeza. Adorei o tempo em que estive no clube, apesar do mau momento que o Chelsea vivia. Adorei a liga, os jogadores, o ambiente, sempre disse que queria voltar. Aconteceu mais cedo do que pensava”, terminou.

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