O FC Porto entrava para o jogo contra o Hoffenheim à procura da primeira vitória na Liga Europa e alcançou o objetivo: os dragões derrotaram os alemães no Dragão, chegaram aos quatro pontos em três jornadas e já estão na zona de acesso ao playoff, a três pontos dos lugares que permitem o apuramento direto para a fase seguinte.

Tiago, o favorito que teve de ser candidato para ser eleito (a crónica do FC Porto-Hoffenheim)

A equipa de Vítor Bruno abriu o marcador na ponta final da primeira parte, com Tiago Djaló a marcar pelo segundo jogo consecutivo e a tornar-se o primeiro defesa de sempre a marcar nos dois primeiros encontros pelo FC Porto. Samu carimbou a vitória já no segundo tempo, chegando aos oito em toda a temporada e tornando-se também o primeiro jogador dos dragões a marcar nos três primeiros jogos pelo clube nas competições europeias.

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Depois do apito final, na zona de entrevistas rápidas, Vítor Bruno reconheceu que a primeira parte não foi bem conseguida. “A primeira parte não foi exatamente o que tínhamos planeado, que era tentar ter maior posse de bola, fazê-los correr, ter largura. Na segunda parte soltámos mais, metemos outra dinâmica com bola. Apesar disso, pareceu-me equilibrado, ora chegava uma equipa, ora a outra. Corrigimos e fizemos golos. Os nossos médios estavam com receio de levar com alguém nas costas, às vezes envolve algum bloqueio mental, o importante era não sofrer golos. No fundo, o resultado é melhor do que a exibição. Mas era importante ganhar”, começou por dizer.

“O segundo golo estabilizou, a equipa sentiu-se mais cómoda. É verdade que os golos sofridos nos jogos anteriores podem estar metidos na cabeça. Acabámos por refugiar-nos demasiado atrás e não foi isso que pedimos. Tivemos dificuldade para fazer o 2-0, mas criámos perigo. O adversário acaba por não fazer um remate enquadrado. Mas sim, a partir do 2-0 senti a equipa mais serena. Procurámos estender no tempo, hoje não foi possível tanto tempo, mas o que foi possível fizemos bem”, acrescentou o treinador, que leva agora quatro vitórias consecutivas entre Campeonato, Taça de Portugal e Liga Europa.

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Por fim, Vítor Bruno explicou o porquê de não ter esgotado as substituições e de ter feito duas já nos descontos. “A questão das cinco substituições é uma falsa questão, as equipas estão bem arrumadas, bem encaixadas, e um corpo estranho, não pela energia… O que me deram os que entraram em cinco minutos deixa-me satisfeito. O Samu tentou, o Pepê… Foram fundamentais na ajuda ao Francisco Moura e ao Martim Fernandes. Se calhar defendemos um pouco mais atrás do que devíamos, mas com o tempo a equipa vai voltar a ser o que deve ser”, terminou.

Já Tiago Djaló, que repetiu a titularidade depois de se ter estreado contra o Sintrense na Taça de Portugal, garantiu estar “muito feliz. “Pelo golo, mas mais feliz pela vitória. A equipa podia ter feito melhor na primeira parte e tivemos muitas transições. O mais importante são os três pontos e corrigir os erros a seguir. Todos os jogos são importantes, se calhar teria um sabor diferente porque estaríamos mais longe do objetivo. Há muito a melhorar e é começar já a pensar no próximo jogo”, disse o central.

“Estou muito feliz. Sinceramente, todas as vezes que vou aos cantos penso que posso marcar. Nestes dois jogos consegui. Tenho que dedicar estes dois golos aos meus agentes, que passaram por um momento difícil e que me ajudaram imenso, porque passou muita coisa pela minha cabeça. Titularidade agarrada? Não sei. Sei que estive bem, mas se tiver que ir para o banco no próximo jogo, vou. Estou aqui para ajudar”, terminou o jogador português.