A antiga presidente do PSD/Açores Berta Cabral considerou este sábado que as eleições autárquicas de 2025 são o grande desafio do partido e assumiu que os sociais-democratas irão vencê-las, na linha das três vitórias eleitorais alcançadas este ano.

Berta Cabral sublinhou, no segundo dia do 26.º Congresso Regional do PSD/Açores, em Ponta Delgada, que este ano o partido liderado nos Açores por José Manuel Bolieiro ganhou “tudo o que havia para ganhar“.

“Ganhámos as eleições regionais em fevereiro, ganhámos de seguida as eleições nacionais, ganhámos as europeias em junho e vamos ganhar as autárquicas no próximo ano”, afirmou.

A atual secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas apelou, no entanto, à participação para que o objetivo seja atingido.

Todos têm de estar prontos, preparados e com vontade para ganharmos esta nova eleição no ano que aí vem, 2025, para fortalecermos cada vez mais o nosso partido”, afirmou Berta Cabral.

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Outro dos congressistas, Bento Barcelos, defendeu que os dois deputados à Assembleia da República pela Aliança Democrática (AD) devem votar a favor do Orçamento do Estado (OE) para 2025 e desafiou o eleito do Chega a fazer o mesmo.

O social-democrata falou dos “dois momentos fundamentais de âmbito nacional e regional”, o OE e o Orçamento Regional para 2025.

Em relação ao OE, defendeu que os dois deputados da AD eleitos pelos Açores (Paulo Moniz e Francisco Pimentel) devem votar a favor do documento porque “votar contra era um péssimo sinal” e “um erro político”.

“Se o primeiro-ministro, Luís Montenegro, num diálogo profícuo, persistente e inteligentemente muito bem preparado, conseguiu que o PS assumisse a sua responsabilidade política no arco da governação e viabilizar o Governo através da abstenção, então vão os nossos deputados votar contra? Não podem votar contra”, vincou.

O antigo deputado regional e antigo presidente da Comissão Política da ilha Terceira do PSD admitiu que serão encontradas “pistas para melhorar o financiamento para a Região Autónoma dos Açores”.

“Mais ainda: até deixo o repto ao senhor deputado do partido Chega, que deveria votar favoravelmente”, acrescentou.

Já o deputado regional e líder dos TSD/Açores Joaquim Machado fez uma intervenção em que abordou o emprego na região, salientando que a governação da coligação PSD/CDS-PP/PPM mudou “verdadeiramente o paradigma do emprego nos Açores”.

A população empregada subiu para números históricos, hoje são mais de 117 mil. O número de desempregados baixou para valores de 2008 e os 1.500 trabalhadores em programas ocupacionais em setembro passado comparam com os 4.300 no último mês da governação socialista”, disse.

Considerou, no entanto, que atualmente o problema não é o desemprego, mas a falta de mão-de-obra disponível para vários setores fundamentais como o turismo, a construção civil e os serviços.

“Este novo paradigma exige que sejamos outra vez inovadores e proativos nas soluções. […] Uma das soluções mais imediatas e necessárias passa pela atração de trabalhadores qualificados fora da região. Contudo, é fundamental não esquecermos a importância da formação dos nossos próprios recursos humanos”, defendeu.

Joaquim Machado considera que o momento “reclama parcerias estratégicas entre o Governo [Regional], setor privado, economia solidária, sindicatos e instituições de ensino”, para que sejam encontradas soluções “criativas e eficazes”.

O deputado à Assembleia da República Francisco Pimentel também falou no congresso do PSD/Açores, onde proferiu uma intervenção sobre a eleição de Bolieiro para líder do Governo Regional em 2020 e a sua reeleição em fevereiro deste ano.

“O que significa que, neste momento, o presidente certo, no momento certo, continua a ser José Manuel Bolieiro, porque tem as três qualidades: paciência, diálogo e tem uma outra qualidade que é fundamental, que é a visão social para a sociedade açoriana”, declarou.