Veículos de eleição para muitos entregadores de comida e encomendas, as scooters e as bicicletas eléctricas são mais perigosas do que se poderia pensar, especialmente por falta de controlo de qualidade e robustez da construção da bateria. Na China, o que parece ser uma scooter eléctrica começou a arder metros antes de chegar a um cruzamento e o condutor teve apenas tempo para se atirar ao chão, não conseguindo contudo evitar que o fogo alastrasse à roupa que vestia. O incidente foi filmado pela dashcam de um dos veículos que aguardava o semáforo verde numa das artérias de Shenzhen, a 6.ª cidade mais populosa da China com uma população que, em 2020, era superior a 17 milhões de habitantes.

Seja por serem baratos e fabricados por empresas chinesas de qualidade e tecnologia duvidosas, estes pequenos veículos eléctricos — muitos deles comercializados em Portugal — revelam-se por vezes muito perigosos, até pelo tipo de bateria que utilizam e pelos sistemas de segurança que não possuem. São conhecidos vários casos em que fogos causados pelas baterias de trotinetas, bicicletas e scooters eléctricas consumiram os veículos, mas igualmente as residências onde estavam guardados ou a ser recarregados.

Incêndios provocados por bicicletas eléctricas assustam americanos

Para provar que este tipo de veículos pode colocar em risco quem os utiliza, a própria viatura, mas também as casas, garagens e empresas dos seus proprietários, basta recordar o que tem acontecido em Nova Iorque, onde também há muita gente a dedicar-se à entrega de comida encomendada a partir de apps que viram os seus veículos arder por completo, com o incêndio a propagar-se à casa. De acordo com o New York Times, só nos primeiros seis meses de 2023 houve 100 incêndios na cidade norte-americana e se contabilizarmos o número de mortes provocadas por este tipo de incêndios, o total ascende a 27 desde 2021, ano em que a cidade autorizou a comercialização deste tipo de veículos.

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Tentando disciplinar a qualidade das e-bikes e e-scooters, os responsáveis pela cidade têm vindo a forçar uma espécie de certificação das baterias e dos carregadores a utilizar, o que levou a uma redução da ocorrência de acidentes e à consequente queda do número de mortos e de apartamentos destruídos pelas chamas provocadas pelas pequenas baterias de má qualidade.

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