Foi a última modalidade de pavilhão a começar devido à participação de Portugal no Campeonato do Mundo, está também a ser a modalidade com mais impacto pelo início de época entre a confirmação de um Benfica favorito a ganhar todas as provas com o grande investimento na equipa, uma Oliveirense capaz de lutar por títulos e uma margem grande para surpresas, como se viu na conquista da Supertaça pelo Óquei de Barcelos frente ao FC Porto (confirmada uns dias depois com novo triunfo para o Campeonato). Agora seguia-se a Taça Continental, a juntar os finalistas de Liga Europeia e CERS com perspetiva de uma decisão nacional.

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Na primeira meia-final no Pavilhão Dr. Salvador Machado, em Oliveira de Azeméis, o Sporting, que ganhou o terceiro título europeu em cinco anos após derrotar na final a Oliveirense, defrontava a formação italiana do Follonica depois de uma vitória segura com o Valongo nos quartos da Elite Cup, uma derrota pesada frente ao Benfica nas meias da Elite Cup (sem o lesionado Romero) e um triunfo diante do HC Braga no arranque do Campeonato que recuperou a consistência defensiva que Edo Bosch pretende ver na equipa.

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“O Follonica é uma equipa experiente, com grandes jogadores e um guarda-redes também experiente. Têm um treinador português, o Sérgio [Silva], que os tem orientado muito bem. Conquistaram a Supertaça há uma ou duas semanas e estudámo-los bem mas o jogo vai certamente ser decidido nos pormenores. A equipa está a evoluir a cada dia que passa, não é de uma semana para a outra que vamos chegar ao nosso top. Na semana passada dei os parabéns aos jogadores pela defesa e acredito que para ganhar primeiro é preciso defender bem. Agora estamos a crescer cada vez mais a nível ofensivo”, tinha referido o técnico verde e branco na antecâmara de um encontro que marcava o seu regresso a Oliveira de Azeméis.

Nem tudo correu de acordo com o plano inicial, com as bolas paradas a fazerem com que o Sporting tivesse de sofrer e andasse atrás do resultado nos minutos finais de um encontro com um quatro cartões azuis mais duas advertências. Após prolongamento, os leões levaram mesmo a melhor, marcando presença na sétima final da Taça Continental com duas vitórias (2019 e 2021) e quatro derrotas (1981, 1985, 1991 e 2015).

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Ainda sem Gonzalo Romero, a recuperar de uma lesão contraída na Elite Cup frente ao Valongo que se temeu ser ainda pior, o Sporting teve uma entrada de rompante chegando ao 2-0 em minutos consecutivos por Toni Pérez (3′) e Facundo Bridge (4′) antes de Ângelo Girão travar um livre direto de Marco Pagnini por cartão azul a Henrique Magalhães (5′). Pouco depois Pagnini conseguiria mesmo reduzir a desvantagem para o conjunto transalpino (8′) antes de novo livre direto de Davide Banini travado por Girão (9′) e de uma fase de maior gestão no primeiro tempo até ao 3-1 marcado por Henrique Magalhães (19′). Perto do intervalo, Fernando Montigel fez o 3-2, dando um novo alento à equipa do Follonica para a segunda parte.

Banini começou a etapa complementar a fazer o empate a três (28′), antes de uma fase de jogo mais “partida” com várias oportunidades para ambos os lados marcarem entre um livre direto falhado por João Souto após azul a Federico Pagnini (33′), o hat-trick de Banini de livre direto depois de novo azul a Toni Pérez (35′), um penálti de Alessandro Verona defendido por Leonardo Barozzi (36′) e mais um livre direto falhado por Banini pelo cartão azul a Roc Pujadas (38′). Facundo Bridge ainda desperdiçou também uma grande penalidade (42′) mas seria o argentino a restabelecer o empate na partida a cinco minutos do final, num 4-4 que iria resistir até ao final dos 50 minutos entre muitos nervos à mistura que levaram a duas advertências aos bancos. No prolongamento, Alessandro Verona, com um remate cruzado descaído sobre o lado direito, marcou o único golo que colocou a formação verde e branca na decisão da Taça Continental.