Pelo menos três membros do exército do Paquistão e oito alegados militantes foram mortos num tiroteio no noroeste do país, durante uma operação das forças de segurança contra grupos insurgentes que operam na região.
A operação decorreu no distrito de Bannu, na província de Khyber Pakhtunkhwa, e terminou com a morte de oito membros do Tehrik-i-Taliban Pakistan (TTP), uma das principais organizações de guerrilha aliada dos talibãs, afirmou o Gabinete de Comunicação Social do Exército.
“Durante a operação, as nossas próprias tropas atacaram eficazmente a posição de Khwarij [expressão usada pelo exército do Paquistão para se referir ao TTP]. Como resultado, oito Khwarij foram mortos e sete feridos”, disse o gabinete.
O comunicado divulgado na quarta-feira à noite acrescenta que três soldados paquistaneses foram mortos no tiroteio.
No sábado, um ataque perpetrado por um bombista suicida junto de um posto de controlo da polícia e do exército do Paquistão provocou a morte de oito pessoas, entre as quais seis membros das forças de segurança, também em Khyber Pakhtunkhwa.
O atacante conduzia um pequeno veículo motorizado quando se aproximou do posto de controlo, perto da cidade de Mir Ali, na região de Khyber Pakhtunkhwa, disse uma fonte das autoridades locais.
Um grupo desconhecido reivindicou a autoria do atentado na região montanhosa, que faz fronteira com o Afeganistão, num comunicado enviado à agência de notícias France-Presse.
O Paquistão regista um recrudescimento dos ataques dos talibãs paquistaneses, treinados para combater no Afeganistão e que afirmam partilhar a mesma ideologia dos talibãs, que regressaram a poder em Cabul em 2021, na sequência da retirada das tropas da NATO.
Na quinta-feira passada, dez polícias paquistaneses foram mortos num bloqueio de estrada, num ataque reivindicado pelos talibãs paquistaneses.
No final de setembro, uma coluna automóvel em que seguiam diplomatas, incluindo o embaixador de Portugal no Paquistão e no Afeganistão, Frederico Silva, foi alvo de uma explosão no vale de Swat, em Khyber Pakhtunkhwa.
Na altura, o TTP afirmou não ter qualquer ligação com o atentado.