Makoto Uchida é o actual CEO do construtor japonês Nissan, que depois de se livrar em 2018 de forma polémica do chairman Carlos Ghosn e da Renault, que a salvou da falência em 1999, revela agora que as suas expectativas de vendas eram muito optimistas e precisavam de ser reajustadas em baixa. Desde que a marca nipónica se tornou mais independente dos franceses, a vida não lhe tem corrido de feição, pelo que Uchida anunciou uma série de medidas destinadas a que o construtor sobreviva a estes tempos complicados.

A primeira medida anunciada pelo CEO consiste em reduzir 9000 postos de trabalho, um corte compatível com uma diminuição ao mesmo nível da capacidade de produção de veículos, para fazer face a uma diminuição das vendas que se espera igualmente importante. Mas esta é apenas uma das decisões que o CEO integra na estratégia “emergency mode”.

Além de um menor número de funcionários, a Nissan quer desfazer-se de parte da participação que detém na Mitsubishi. Uchida não especifica a percentagem da Mitsubishi que pretende vender para obter fundos, mas afirma que é “uma parte substancial”. Como se tudo isto não bastasse, Uchida anunciou ainda que pretende, juntamente com outros administradores, avançar com um corte dos seus salários, contribuindo assim para a redução dos custos.

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