O PS considera que “o primeiro-ministro tem de avaliar se a ministra da Saúde reúne as condições” para continuar à frente da pasta, por causa do impacto da greve do INEM. O deputado João Paulo Correia recordou esta manhã que a a greve dos técnicos de emergência pré-hospitalar foi anunciada a 21 de outubro e que desde então “a ministra e o Governo têm informação suficiente para agir”.

Para o deputado socialista, a ministra “devia ter sido ministra, ter agido e encontrado soluções para atenuar e impedir o que o país está a enfrentar que é uma calamidade” e o “colapso” dos serviços de emergência médica.

“A ministra da Saúde tem toda a responsabilidade pelo que está a acontecer”, disse ainda o deputado na conferência de imprensa no Parlamento, transmitida pela RTP3. “A 21 de outubro o sindicato anunciou a greve dos técnicos do INEM às horas extraordinárias e desde esse dia que a ministra e o Governo sabem o impacto que a greve ia provocar”, acrescenta.

Os socialistas consideram que “o INEM tem sido marcado por decisões muito erradas da parte da ministra da Saúde, que criou expectativas que até agora não foram cumpridas, como por exemplo a promessa de refundar o INEM e de reforçar o Orçamento em 2025”.

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Já esta quarta-feira, o líder do PS tinha dito, numa conferência de imprensa na sede do partido, considerou “muito, muito preocupante” a situação no INEM, porque  a ministra “não saiba que ia haver uma greve” e por não ter “feito tudo o que era possível para minorar o impacto negativo de uma greve deste tipo. E isso gera em nós, e julgo que em todos os portugueses, um grande sentimento de insegurança”, afirmou.

Os técnicos de emergência pré-hospitalar têm estado em greve às horas extraordinárias.

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