A REN decidiu manter João Conceição em funções. O gestor executivo da Redes Elétricas Nacionais é um dos alvos da acusação do caso EDP.

Esta sexta-feira, em comunicado ao mercado, a REN informou que “na sequência da acusação deduzida pelo Ministério Público contra o Senhor Eng. João Faria Conceição”, e “após deliberação do seu Conselho de Administração, suportada numa opinião da Comissão de Ética e Governo Societário”, foi entendimento do Conselho de Administração “que a referida acusação não afeta a capacidade do Senhor Eng. João Conceição para continuar a desempenhar as suas funções de administrador e de membro da comissão executiva da REN, não se propondo assim a alterar as suas funções no seio do Conselho”.

O administrador, que tem o pelouro operacional da REN, foi acusado de um crime de corrupção passiva por atos cometidos enquanto era assessor do gabinete do ministro da Economia, Manuel Pinho.

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A acusação do Ministério Público, conhecida no final de outubro, teve como alvos, além de João Conceição, António Mexia, João Manso Neto, Manuel Pinho e Miguel Barreto. Foram acusados de agir no sentido de beneficiar a EDP em vários contratos. No caso de João Conceição, uma das contrapartidas terá sido a sua nomeação para a administração da REN em 2009. João Conceição foi constituído arguido em 2017. Desde então, o seu mandato na REN já foi renovado duas vezes. O atual termina em 2026.

A acusação do Ministério Público não teve, assim, consequências para os gestores visados. Também no início desta semana, a Greenvolt revelou a decisão de manter João Manso Neto como diretor executivo da empresa. O administrador também foi acusado de corrupção pelo Ministério Público.

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