O Governo não quer uma RTP “obesa”, mas sim “ágil e musculada”, defendendo que deve ser “diferente com modernidade e impacto na vida das pessoas”, afirmou esta terça-feira no parlamento o ministro dos Assuntos Parlamentares.
Pedro Duarte respondia a acusações do PS de que o Governo quer uma RTP “pequenina”, com as mudanças como o fim da publicidade, numa audição no parlamento no âmbito da apreciação, na especialidade, da proposta de Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).
O ministro assegurou que o executivo quer uma “nova RTP, moderna, do futuro”, reiterando que é “uma marca excecional no país, mas não pode transformar-se num museu“.
“A RTP é uma prioridade e aposta deste Governo”, reforçou o governante, apontando que “hoje mais do que nunca é muito importante serviço público de rádio e televisão”. O executivo não acredita que com “inação e ultraconservadorismo” se esteja a prestar um bom serviço.
Para o ministro, “o fim da publicidade é uma oportunidade para a RTP chegar a mais públicos“, defendendo também uma “aposta do ponto de vista do investimento na RTP sem memória”.
Destacou ainda o aumento de capital, salientando que este é “pedido há tantos anos e temos 14,3 milhões de euros de aumento de capital”.
O Plano de Ação para a Comunicação Social, divulgado em 8 de outubro, contém 30 medidas, entre as quais o fim da publicidade da RTP em 2027.
De acordo com o plano do Governo para os media, os canais de televisão da RTP deverão gradualmente, durante os próximos três anos, eliminar a publicidade comercial das suas grelhas. Paralelamente, a redução do tempo dedicado à publicidade comercial deverá ser compensada com espaços de promoção e eventos culturais, de acordo com o plano.