O Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, disse, esta quinta-feira, que não quer ver uma mulher a liderar o país que já comanda há mais de 30 anos. “Deus nos livre de a Bielorrússia ter uma mulher Presidente”, declarou o Chefe de Estado, em declarações aos jornalistas à margem da COP29, que se realiza este ano em Baku, no Azerbaijão.

Citado pela agência estatal bielorrusa Belta, Alexander Lukashenko frisou que ser Presidente é um “trabalho duro” e salientou que não é “necessário dar a uma mulher tanto trabalho”. “Não é uma posição cerimonial”, explicou o líder bielorrusso.

Fazendo uma comparação com a presidência norte-americana, Alexander Lukashenko indicou que o Presidente bielorrusso, no exercício do cargo, tem de desempenhar funções “diferentes” que as mulheres não estarão tão à vontade para desempenhar. “Há nuances”, reiterou, recordando que o Chefe de Estado bielorrusso “também é o comandante-chefe” das forças armadas.

No futuro, Alexander Lukashenko até admite que talvez a Bielorrússia “vá adotar esse estilo” de ter uma presidência feminina. “Mas agora é diferente. Eu até presto homenagem às mulheres, eu não minimizo o seu papel, mas neste momento não”, assinalou o Presidente bielorrusso.

Na Bielorrússia, o rosto do principal partido da oposição é uma mulher: Sviatlana Tsikhanouskaya. Impedida de concorrer às presidenciais de 2025, a bielorrussa tem dirigido a oposição a partir do exílio.

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