Sem conseguir avançar números concretos da adesão à greve, o coordenador nacional do Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (Stop) relatou “muitas escolas” encerradas esta sexta-feira devido à paralisação de professores e não docentes.

“Cada vez mais chegam-nos informações de muitas escolas, de norte a sul do país, que estão encerradas devido à greve, sem contar com as escolas que estão a meio gás”, disse André Pestana, em declarações à agência Lusa.

Professores e trabalhadores das escolas cumprem esta sexta-feira um dia de greve nacional para exigir a valorização dos profissionais da educação e, sobretudo, dos assistentes operacionais.

Explicando que não é possível, para já, precisar a adesão à greve, André Pestana referiu que o Stop recebeu, durante a manhã, o relato de que várias escolas estão encerradas, como em Guimarães, onde, pelo menos, 11 agrupamentos estiveram esta sexta-feira sem aulas.

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“Sei que 16 escolas na zona de Setúbal estão fechadas, sete escolas na Figueira da Foz e também muitas no Algarve, na zona de Braga, no Porto, em Coimbra e Aveiro”, disse o coordenador do Stop que considerou que adesão à greve foi “muito significativa”.

A greve, que abrange todos os profissionais da educação, desde assistentes técnicos e operacionais, docentes, técnicos superiores e especializados, foi convocada para assinalar a “importância e a necessidade urgente de valorizar e dignificar todos os profissionais da educação”.

No pré-aviso entregue no final de outubro, o Stop pede aumentos salariais num valor mínimo de 120 euros, uma avaliação “justa e sem quotas”, o direito à formação gratuita e em horário laboral, uma “gestão escolar democrática”, com a eleição do diretor e coordenações por todos os trabalhadores da escola e a possibilidade de acesso de todos à Caixa Geral de Aposentações.

O sindicato insiste também no fim do processo de municipalização na educação, que diz potenciar assimetrias regionais no acesso à educação e ser prejudicial para os assistentes operacionais.

As condições de trabalho dos assistentes operacionais são particularmente destacadas no pré-aviso, em que o sindicato reivindica a diferenciação salarial em função da antiguidade e a “diminuição significativa” do rácio de alunos por assistente operacional.

Defende ainda a criação de uma carreira específica, argumentando que a carreira de assistente operacional é “demasiado abrangente”, tendo em conta a especificidade das tarefas exercidas pelos trabalhadores das escolas.

Além da greve nacional, foram convocadas concentrações que decorreram durante a manhã em Guimarães, Figueira da Foz, Alverca e Odemira.

O Stop anunciou esta que vai lançar uma petição para que o dia 15 de novembro seja o Dia Nacional do Assistente Operacional.

O objetivo, explicou Daniel Martins, da direção do sindicato, durante a concentração em Alverca, é “dignificar a carreira destes profissionais”.