André Ventura, líder do Chega, anunciou que o partido vai viabilizar a proposta do PS para o aumento de pensões através de uma abstenção.

“O Chega vai viabilizar no Orçamento do Estado, na especialidade, o aumento das pensões, porque não compreendemos que um OE que mantém o nível de atribuição de subsídios que este mantém e a carga fiscal que este mantém não consiga aumentar de forma razoável o valor das pensões em Portugal e, por isso, o Chega vai votar favoravelmente a sua proposta e abster-se em todas as outras que sejam de aumento de pensões, mesmo que não sejam tão ambiciosas”, explicou em conferência de imprensa.

As propostas do Chega e do PS, garantiu, estão “dentro da margem orçamental prevista no saldo da Segurança Social”, justificando que o aumento das pensões tem de ser um “desígnio nacional”.

Recorde-se que a abstenção do Chega, tendo em conta o número de deputados do partido, não é suficiente para que a proposta do PS seja aprovado. Assim, tal como aconteceu na descida do IRS, será necessário que também os partidos de esquerda se juntem a Pedro Nuno Santos para que a proposta tenha luz verde no Orçamento do Estado do próximo ano.

Sobre o IRC, Ventura também disse que iria aprovar as propostas de descida de 2 pontos percentuais para o IRC: “Sabemos que houve um acordo entre o PS e o PSD [sobre o IRC] e o Chega apenas votará favoravelmente a proposta de 2%, abstendo-se em todas as outras propostas que não sejam tão ambicionas”, revelou o presidente do partido.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR