É preciso “reorganizar” os serviços do INEM e a ministra da Saúde deve “tirar ilações” da crise nos serviços de socorro que está ligada a onze mortes. As conclusões são do antigo diretor-geral da Saúde e atual presidente da Sociedade Portuguesa de Saúde Pública, Francisco George.

No programa Comissão de Inquérito, da rádio Observador, George foi claro no que toca à avaliação da atuação do INEM: “É preciso reorganizar os serviços de resposta a emergência. Há situações muito preocupantes e que não podem continuar a acontecer. Os cidadãos têm de ter confiança nos seus serviços”, defendeu, pedindo “mais qualidade e uma resposta eficaz” para que os portugueses “percebam que o INEM tem respostas.

Além disso, admitiu o médico, “há sempre responsabilidade política”. Questionado sobre as responsabilidades da ministra da Saúde, Ana Paula Martins, George lembrou que os serviços públicos são tutelados por “membros do Governo” e frisou que a ministra deveria tirar ilações desta crise.

E sugeriu que poderia ir mais longe na sua opinião pessoal, mas não enquanto presidente da Sociedade Portuguesa de Saúde Pública: “Não posso defender a demissão da ministra porque sou presidente e teria de auscultar todos a ver se concordariam com esta posição. Posso dizer que o assunto é de grande gravidade e inaceitável”.

Como duas greves destaparam as carências do INEM (que trabalha “abaixo” dos mínimos e dependente de horas extra)

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