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Dezenas de países, incluindo Portugal, reafirmaram, esta terça-feira, na sede das Nações Unidas (ONU) o seu apoio à “soberania, independência e unidade da Ucrânia” e exigiram a retirada imediata das forças russas do território ucraniano.

“Esta guerra tem de parar”, instou o embaixador ucraniano na ONU, Sergiy Kyslytsya, ao ler um comunicado em nome de cerca de cinquenta Estados e que assinalava o milésimo dia da invasão da Ucrânia pela Rússia.

“Reafirmamos o nosso apoio à soberania, independência, unidade e integridade territorial da Ucrânia”, frisou o diplomata, rodeado por representantes de vários aliados de Kiev, incluindo dos Estados Unidos, Reino Unido, Portugal, França, Japão, Austrália, Canadá, Suíça, Argentina, Coreia do Sul ou da União Europeia.

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No comunicado, lido em Nova Iorque, foi repetida a exigência para que Moscovo cesse o uso da força contra a Ucrânia e retire “imediata, completa e incondicionalmente as suas forças militares do território ucraniano dentro das suas fronteiras internacionais reconhecidas”.

Os Estados condenaram ainda os contínuos ataques indiscriminados da Rússia a áreas residenciais densamente povoadas e a infraestruturas civis críticas na Ucrânia, que fazem elevar o número de mortos, deslocamentos e destruição diariamente.

“Mil dias de guerra são um lembrete trágico da necessidade de continuarmos empenhados em garantir que o direito internacional prevaleça não apenas na Ucrânia, mas onde quer que seja desafiado”, acrescentaram os signatários.

Questionado por jornalistas sobre a escalada do conflito nas últimas horas, o embaixador ucraniano advogou que a única forma de fazer com que Moscovo concorde com negociações é através da “força”.

“Temos de fazer com que os russos se sentem à mesa de negociações e a única maneira de fazer isso é pela força”, defendeu Kyslytsya.

“Temos que estar unidos para evitar a guerra. Não acredito que alguém na liderança russa seja corajoso o suficiente para cometer suicídio. As pessoas são muito fracas na Rússia”, acrescentou o diplomata, ao comentar a escalada da retórica sobre uso de armas nucleares.

O Presidente russo, Vladimir Putin, assinou, esta terça-feira, um decreto que alarga a possibilidade de utilização de armas nucleares, depois de os Estados Unidos terem autorizado Kiev a atacar solo russo com mísseis de longo alcance fornecidos por Washington.

A guerra na Ucrânia começou há mil dias com a invasão russa de 24 de fevereiro de 2022.

O conflito provocou a maior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial.

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