A COP prossegue sem acordo à vista. E os sinais que chegam da conferência climática, que está a decorrer no Azerbeijão, não são bons. Este sábado, os representantes de dezenas de ilhas e países africanos, como Moçambique, saíram em protesto das negociações.
Como a Sky News conta, um grupo de países pouco desenvolvidos e ilhas que correm riscos redobrados graças às alterações climáticas defenderam que uma parte do fundo para combater o impacto destas alterações devia ser-lhes especificamente destinado.
A ideia seria que estes países e ilhas pudessem assim ter melhores condições para enfrentar problemas como cheias e secas graves.
A Sky cita o ministro dos Recursos Naturais e Ambiente de Samoa, Toeolesulusulu Cedric Schuster, um dos representantes que abandonaram as negociações: “Viemos para um acordo justo e sentimos que não estamos a ser ouvidos”.
Esta manhã, mais de 300 organizações não governamentais já tinham apelado aos países em desenvolvimento e à China para abandonarem a conferência do clima no Azerbaijão se os países ricos não aumentassem a proposta de compromisso financeiro.
Este sábado é já um dia de prolongamento nas negociações da COP29, que deveria ter terminado na sexta-feira. Os países representados prolongaram a cimeira para tentar chegar a um acordo, até ver sem sucesso.