Um grupo formado pelos maiores construtores que operam no mercado norte-americano pedem a Donald Trump para não retirar os incentivos de 7500 dólares actualmente atribuídos a quem adquire um modelo eléctrico até um determinado preço. Acreditam a Ford, a GM, a Stellantis e a Toyota que, caso o próximo Presidente dos EUA retire os incentivos da administração Biden aos veículos eléctricos, os seus produtos deixarão de ser competitivos. Curiosamente, a Tesla não integra este grupo.

Numa carta enviada à equipa de Trump a 12 de Novembro, que só agora veio a público, esta denominada Alliance for Automotive Innovation aplaude os incentivos de Biden aos eléctricos, garantindo que eles ajudaram a manter a indústria norte-americana competitiva, um ponto importante sobretudo agora, com a crescente concorrência dos fabricantes chineses. A missiva aproveita igualmente para pressionar Trump em relação à legislação relativa às emissões em Estados mais exigentes como a Califórnia, que serão cada vez mais apertadas até 2035.

Trump já tinha feito recuar os limites de emissões impostos por Obama, durante o seu primeiro mandato, pelo que é normal que os seus apoiantes esperem o mesmo tratamento à legislação entretanto aprovada por Biden, o que se pode revelar um “sapo” difícil de engolir por Elon Musk, uma das estrelas do Executivo que vai tomar posse a 20 de Janeiro. Contudo, a publicação Politico antevê que o próximo Presidente vá sentir grandes dificuldades em anular algumas das medidas de Biden, como por exemplo os 7,5 mil milhões de dólares que adjudicou para o reforço da rede de postos de carregamento para veículos a bateria.

A Alliance for Automotive Innovation solicita ainda que o próximo Governo altere a legislação em relação aos testes na via pública de veículos autónomos sem condutor. Pretende também que o sistema automático de travagem de emergência (sem intervenção do condutor) seja atrasado, isto por oposição às directrizes de Biden, que queriam torná-lo obrigatório já em 2029. De recordar que este sistema já é obrigatório na Europa.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR