Uma exposição com desenhos em papel vegetal inéditos criados pelo artista Júlio Pomar para conceber algumas das suas mais icónicas obras de arte pública é inaugurada a 12 de dezembro no atelier-museu do artista, em Lisboa.
Intitulada “De um traço, trai: Desenhos de Júlio Pomar”, a mostra tem curadoria de Sara Antónia Matos e Pedro Faro, reunindo, pela primeira vez, projetos preparatórios que evidenciam o processo criativo de Júlio Pomar, segundo um comunicado da entidade.
Entre os trabalhos expostos estarão estudos e esboços que antecederam projetos como a decoração da Estação de Metropolitano Alto dos Moinhos, a Estação Ferroviária de Corroios, o Tribunal da Moita, o espaço exterior da Fundação Champalimaud e o Circo de Brasília, no Brasil.
Cada desenho ilustra as tentativas, os ajustes e as decisões que marcaram o percurso do artista, desde os traços no papel vegetal até à materialização em grandes painéis de azulejo e outras formas de expressão artística, indica o atelier-museu.
“Esta exposição oferece uma oportunidade única para acompanhar a evolução do processo criativo de Júlio Pomar, explorando a sua abordagem ao desenho como um meio essencial de experimentação e composição”, refere a curadoria no texto.
O Atelier-Museu, que Júlio Pomar ainda viu ser inaugurado, em 2013, tutelado pela Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC/Lisboa Cultura) tem vindo a realizar exposições da obra do artista e em diálogo com outros criadores, assim como a publicar catálogos e apoiar a investigação sobre o artista nascido em Lisboa.
Pintor e escultor, Júlio Pomar morreu aos 92 anos, deixando uma obra multifacetada – na pintura, escultura, colagem, azulejo, desenho e poesia – percorrendo mais de sete décadas, influenciada pela literatura, a resistência política, o erotismo, o fado e viagens, como à Amazónia, no Brasil.
A exposição “De um traço, trai: Desenhos de Júlio Pomar” é inaugurada no dia 12 de dezembro, às 17:00, e ficará patente no até 16 de fevereiro de 2025.