Com a temporada da Fórmula 1 a chegar ao fim, cumprindo este fim de semana o derradeiro Grande Prémio em Abu Dhabi, arranca a temporada de Fórmula E. São Paulo recebia a primeira etapa do Campeonato do Mundo de carros elétricos e a grande novidade tinha um nome: GEN3 Evo.

O novo carro que estará em competição é um gigantesco avanço na tecnologia de corridas elétricas e tem uma aceleração mais rápida do que um carro de Fórmula — em 30%, indo dos 0 aos 100 km/h em 1,82 segundos. Além disso, esta será a primeira vez que os pilotos de Fórmula E terão tração nas quatro rodas, algo que obviamente oferece um controlo sem comparação ao passado da modalidade.

“Para efeitos de comparação, o carro acelera mais rápido no arranque do que se o soltarmos de um prédio. Não existe nenhum carro no planeta a fazer isto. É um carro muito mais forte, com uma carroçaria muito maior. Temos a expectativa de conseguir fazer muitas ultrapassagens, de ter provas muito mais disputadas. A Fórmula E já é conhecida por isso e a tendência é intensificar esse fator ainda mais”, explicou Lucas Di Grassi, campeão mundial da modalidade em 2016/17.

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Ora, em São Paulo, a Fórmula E arrancava uma temporada que vai contar com 16 etapas que passam por Brasil, México, Arábia Saudita, Estados Unidos, Mónaco, Japão, China, Indonésia, Alemanha e Reino Unido, terminando a 27 de julho de 2025 em Londres. Pascal Wehrlein, que é colega de equipa do português António Félix da Costa na Porsche, é o atual campeão mundial e defende um título que teve nove donos diferentes em dez anos de existência.

Na primeira corrida da época, Pascal Wehrlein recomeçou exatamente onde tinha ficado e alcançou a pole-position, seguido de Oliver Rowland e Jake Dennis, com António Félix da Costa a arrancar em 5.º. A etapa foi muito acidentada, com duas bandeiras vermelhas e vários incidentes mecânicos, e o campeão Pascal Wehrlein acabou por ser o protagonista do primeiro acidente brutal do ano ao não evitar o capotamento do Porsche.

Mitch Evans, que partiu da última posição, acabou mesmo por vencer o Grande Prémio de São Paulo, tornando-se o primeiro vencedor da temporada. António Félix da Costa beneficiou das interrupções e conseguiu o segundo lugar, alcançando o primeiro pódio da época depois de ter sido sexto na classificação geral do último Mundial, enquanto que Taylor Barnard foi 3.º.