A greve de dois dias dos trabalhadores dos transportes rodoviários de passageiros públicos urbanos de Portimão, no distrito de Faro, que esta segunda-feira teve início, regista uma adesão de 82%, disse à Lusa fonte sindical.
“Esperávamos que a adesão fosse um pouco maior, tendo em conta os números das anteriores greves, que foi de 100%, mas ainda assim, o serviço urbano está funcionar com limitações nas 12 linhas no concelho de Portimão”, disse à Lusa Paulo Silva.
O dirigente regional do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP) considerou que “a adesão, abaixo do expectável, tem a ver com a entrada de novos trabalhadores contratados, sendo esses que estão a trabalhar”.
A greve foi marcada pelo STRUP e pela Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) para a empresa Sandbus Transportes, Unipessoal, Lda, do grupo EVA/Barraqueiro, que opera os transportes rodoviários urbanos na cidade de Portimão, com cerca de 40 trabalhadores.
De acordo com Paulo Silva, a greve de dois dias, visa reivindicar “a reposição dos períodos de descanso de 15 minutos entre cada período de serviço” dos motoristas.
Os trabalhadores exigem que “sejam repostas as condições de trabalho que vigoraram até julho, nomeadamente a reposição das escalas com os períodos de descanso entre turnos, que foram alteradas pela empresa”.
“É apenas isso que os trabalhadores exigem, uma medida que está ao alcance e sem quaisquer custos adicionais para a empresa”, realçou.
O dirigente sindical disse ainda que as greves que estavam previstas para esta segunda-feira nas empresas de transportes rodoviários urbanos no Algarve, Translagos, PXM e Vizur, também do Grupo Barraqueiro, foram suspensas pelos trabalhadores “face à expectativa de que as suas escalas de serviço não sejam alteradas”.