O Governo anunciou esta quarta-feira a renovação das parceiras com três universidades norte-americanas — Massachusetts Institute of Technology (MIT), Carnegie Mellon University (CMU) e Universidade do Texas Austin (UT Austin) — até 2030.

No briefing após reunião do Conselho de Ministros, António Leitão Amaro lembrou que a renovação das parcerias esteve “em crise no passado”, com o Governo do PS, mas disse que o novo executivo considera que os acordos são “importantes e úteis”. Por isso, avançou o ministro da Presidência, os programas foram renovados pelo período 2025-2030, com a aprovação da “despesa inerente”. Não foram, ainda assim, avançados valores.

Antes do anúncio desta quarta-feira, o Observador já tinha questionado o Ministério da Educação, Ciência e Inovação, que coordena os acordos, acerca dos moldes da renovação, nomeadamente a verba que estava previsto ser atribuída. Contudo, até ao momento, não foi possível obter uma resposta.

A decisão do Governo é divulgada dois dias depois de uma avaliação externa realizada pela consultora Technopolis Group Portugal a pedido da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), que é responsável por parte do orçamento, ter defendido a continuidade das parcerias por considerar que têm tido um “impacto positivo” na ciência, inovação e tecnologia do país.

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“Impacto positivo”. Relatório defende continuidade de parcerias do Governo com universidades norte-americanas

Os acordos entre o Governo português e as três universidades norte-americanas foram estabelecidos em 2006, mas estiveram em risco no ano passado. Após críticas, o executivo, à época liderado por António Costa, decidiu não suspender as parcerias e optou por prorrogá-las até 31 de dezembro de 2024.

Desta forma, o futuro dos contratos tinha ficado nas mãos do Governo da Aliança Democrática, liderado por Luís Montenegro.

Uma janela de oportunidade ou uma ligação com muitos custos? O que valem as parcerias com as universidades dos EUA