O presidente do Conselho Europeu, António Costa, disse, esta quinta-feira, que “só o futuro dirá se foi sorte de principiante” ter conseguido, nesta sua “estreia” a liderar as discussões, uma cimeira europeia mais curta e com mais discussão política.

“Só o futuro dirá se foi sorte de principiante”, disse António Costa, falando em conferência de imprensa, em Bruxelas.

Respondendo a uma questão da Lusa sobre o seu novo método de trabalho, elogiado por responsáveis europeus — comparativamente com o do seu antecessor, Charles Michel — por ter sido mais eficaz, António Costa vincou: “Acho que cumprimos esse objetivo, que é concentrar o trabalho dos líderes naquilo que lhes compete, que é a discussão estratégica e política e deixar o trabalho de redação para o Coreper [Comité dos Representantes Permanentes da União Europeia], para os nossos embaixadores, que fizeram aliás um trabalho excelente”.

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“Eu gostaria de aproveitar para agradecer a todos os membros do Conselho Europeu porque sem eles não teria sido possível nem começar a horas nem teria sido possível nem ter preparado o Conselho Europeu da forma que preparámos”, adiantou António Costa.

O primeiro Conselho Europeu presidido pelo novo líder da instituição, António Costa, foi marcado, esta quinta-feira, pela presença do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para garantir apoio comunitário a Kiev face à invasão russa.

Nesta cimeira europeia de “estreia”, foi inaugurado um novo formato de um dia, para ser mais eficaz, em vez dos habituais dois.

Além disso, António Costa decidiu optar por menos conclusões escritas, num texto que aliás foi aprovado logo na manhã de quarta-feira pelos embaixadores dos Estados-membros e, esta quinta-feira, endossado pelos líderes da UE, sendo que a última vez em que um texto foi acordado na íntegra na véspera de um Conselho Europeu foi em 2012.

No passado dia 1 de dezembro, António Costa começou o seu mandato de dois anos e meio à frente do Conselho Europeu, sendo o primeiro socialista e o primeiro português neste cargo.