O secretário-geral do PCP alertou esta sexta-feira que os problemas do Serviço Nacional de Saúde (SNS) não se resolvem por telefone, mas com mais médicos, enfermeiros, consultas e serviços abertos.

O problema do SNS é a falta de profissionais, médicos, enfermeiros e técnicos. É preciso fixar os que temos, contratar mais, valorizar as suas carreiras e profissões porque isto não se resolve por telefone”, sustentou Paulo Raimundo à margem da inauguração da exposição Camões, poeta do povo num mundo em mudança, na Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto.

Na sua opinião, os problemas do SNS resolvem-se com mais médicos, enfermeiros, consultas e serviços abertos aos quais as pessoas possam aceder em situação de doença.

E, a título de exemplo, o dirigente comunista questionou “o que é que está na cabeça de alguém” para decidir que as grávidas têm de ligar para a Linha SNS Grávida (808 24 24 24) antes de recorrerem à urgência de obstetrícia e ginecologia de alguns hospitais.

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Para Paulo Raimundo, não é admissível que se transforme o SNS num call center.

“Qual é o caminho? Agora são as grávidas, amanhã são as crianças e, depois, são os idosos?“, questionou.

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, afirmou esta sexta-feira que o Governo irá “até ao ponto que for necessário” para garantir que não faltará assistência médica aos portugueses, designadamente nos fins de semana de Natal e ano novo.

“Iremos até ao ponto que for necessário para garantir que os portugueses e as portuguesas podem estar tranquilos, durante sobretudo os fins de semana de Natal e de ano novo e que não lhes faltará a assistência médica e das equipas que precisam. É isso que eu vos posso garantir, de acordo com os preceitos legais”, disse Ana Paula Martins em Vila Nova de Famalicão, no final da inauguração de duas estruturas assistenciais da Misericórdia de Riba de Ave.

A governante sublinhou que “não é impossível haver constrangimentos de última hora”, por motivos de doença ou familiares, mas garantiu que facultará “todas as soluções” à sua disposição para que as unidades de saúde possam contratar os profissionais “que forem necessários e que estiverem disponíveis neste período do ano”.