O suspeito do ataque a um mercado de Natal em Magdeburgo, na Alemanha, foi presente a um juiz na noite deste sábado e ficará em prisão preventiva.

A notícia foi confirmada num comunicado da polícia, onde se esclarece que Taleb al-A. está acusado de “cinco casos de homicídio, vários casos de homicídio na forma tentada e vários casos de danos corporais graves”. As autoridades consideram ser necessário que o suspeito fique detido para se conseguir entender ao certo quais as motivações do ataque, onde morreram cinco pessoas (incluindo uma criança de nove anos) e mais de 200 ficaram feridas.

O suspeito, um saudita de 50 anos que recebeu asilo na Alemanha em 2006, definia-se como um ativista “anti-Islão” que seria perseguido na Arábia Saudita. Na sua conta de Twitter foi publicando ao longo dos anos declarações contra a “islamização” da Alemanha — chegando a escrever que a antiga chanceler Angela Merkel deveria ser morta por isso — e republicando posts do partido anti-imigração Alternativa para a Alemanha. Mais recentemente, Taleb al-A. fez acusações ao governo alemão, que diz não estar a proteger “os pobres refugiados sauditas”.

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Em novembro de 2023, as autoridades da Arábia Saudita alertaram a polícia alemã para o risco representado pelo homem. “Na altura foram postas em marcha medidas”, garantem as autoridades da região.

No entanto, a falta de provas concretas e a confusão sobre quais poderiam ser os alvos do médico psiquiatra colocaram a investigação em suspenso, como explicou à rádio-televisão ZDF Holger Münch, responsável da polícia da Saxónia-Anhalt. “Ele manteve diferentes contactos com as autoridades, insultou-as e chegou a fazer ameaças, mas não era conhecido por atos de violência”, justificou o agente. “Temos aqui um padrão completamente atípico e temos de o analisar com cuidado.”

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