A Câmara Municipal de Sintra entregou esta segunda-feira o edifício do novo Hospital de Sintra ao Serviço Nacional de Saúde, num investimento da autarquia superior a 62 milhões de euros que irá beneficiar 400 mil utentes.

A assinatura da cedência da posição contratual da autarquia para a Unidade Local de Saúde (ULS) de Amadora-Sintra foi realizada esta segunda-feira no novo hospital numa cerimónia que contou com a presidente do autarca de Sintra, Basílio Horta, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins e o presidente da ULS Amadora-Sintra, Luís Gouveia.

Na cerimónia, Basílio Horta realçou que, com a entrega do novo hospital, que começou a ser construído em agosto de 2021 no Bairro da Cavaleira, na freguesia de Algueirão-Mem Martins, “parte importante” do seu mandato está cumprida, esperando que “seja o símbolo de uma política, de uma estratégia e do valor da descentralização”.

Em declarações aos jornalistas no final da cerimónia e depois de uma visita ao hospital, a ministra da Saúde disse que a cerimónia “simboliza a cooperação entre o Estado central e as autarquias” e explicou que o novo hospital vai entrar agora num processo de licenciamento da Entidade Reguladora da Saúde (ERS), esperando que “seja breve, até pela importância deste equipamento para os munícipes”.

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Só depois deste processo, o hospital poderá entrar em funcionamento, disse a ministra, que ainda não tem uma data para a sua abertura: “Tudo faremos para que seja o mais rápido possível. É um hospital que faz, ao Serviço Nacional de Saúde e aos cidadãos, muitíssima falta”.

Ana Paula Martins sublinhou que é um hospital com “características únicas” que pode “melhorar e muito não só o acesso, que é muito relevante neste concelho, mas também pode garantir qualidade e excelência”.

Quando questionada sobre a contratação de profissionais de saúde para o novo hospital, a ministra passou a palavra ao presidente da ULS Amadora-Sintra que adiantou que estão a decorrer processos de recrutamento.

“Temos bolsas de recrutamento constituídas e temos também muitas manifestações de interesse de pessoas que atualmente trabalham no Hospital Professor Fernando Fonseca para transitar para o Hospital de Sintra”, avançou Luís Gouveia.

Segundo o administrador hospitalar, há um plano definido com todos os serviços do hospital e o próprio plano de atividades para 2025 já contempla o hospital de Sintra.

“O plano está definido. Há esta questão, como a senhora ministra referiu, de todo o licenciamento junto da Entidade Reguladora da Saúde. Faremos o registo deste equipamento e posteriormente, o licenciamento, todos os testes prévios que fizemos foram ultrapassados, por isso, agora é uma questão de tempo com a entidade competente que nos garanta que teremos toda a segurança para o início dos trabalhos”, salientou Luís Gouveia.

Basílio Horta realçou que é “a primeira vez que uma câmara faz um hospital”, sublinhando que dos cerca de 62 milhões de euros em autofinanciamento, já estão pagos 59 milhões.

O novo hospital, com uma área de 60 mil metros quadrados, conta com serviço de ambulatório, consultas externas e exames, unidade de saúde mental, medicina física de reabilitação, central de colheitas e os meios complementares de diagnóstico e terapêutica, unidade de cirurgia de ambulatório com bloco de cirurgia e recobro.

Dispõe também de um serviço de urgência básica para servir cerca 60 mil urgências, cerca de metade das realizadas no Hospital Amadora-Sintra, de uma Unidade de Convalescença com 60 camas, Farmácia, unidade de esterilização e ainda um espaço para ensino e formação.