O presidente da Câmara do Porto assumiu esta segunda-feira que a cidade vai ter “um problema grande” na noite da passagem de ano devido à greve na Metro do Porto e apelou ao Sindicato dos Maquinistas para escolher outra data.
“Vamos ter um problema grande. Há pessoas que vão deixar de vir às festividades na cidade e temos pena que assim seja porque preparamos isto tudo e fizemos um grande investimento, mas estou muito preocupado é com as pessoas que vão trabalhar nessa noite e que, depois, não vão ter como regressar a casa”, disse o independente Rui Moreira em declarações à Lusa.
O autarca apelou ao Sindicato dos Maquinistas, cuja convocação da greve para terça e quarta-feira obrigou a Metro do Porto a cancelar a operação programada para a noite da passagem de ano, que escolha outra data para a sua realização.
“Se os sindicatos pudessem fazer greve noutro dia qualquer seria um presente de fim de ano para a população“, atirou.
E acrescentou: “Enquanto há vida há esperança, portanto, até amanhã [terça-feira] pode ser que alguma coisa aconteça que nos venha a surpreender positivamente”.
A greve convocada pelo Sindicato dos Maquinistas para terça e quarta-feira obrigou a Metro do Porto a cancelar a operação programada para a noite da passagem de ano, na qual são esperadas mais de 100 mil pessoas nos Aliados.
Já o serviço de autocarros será reforçado entre as 21h00 e as 05h50 na noite da passagem de ano “para garantir um transporte eficiente e cómodo para os milhares de visitantes esperados” na baixa do Porto, adiantou esta segunda-feira a Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP).
Apesar de estar satisfeito com o reforço da operação pela STCP, Rui Moreira salientou que isso vai reduzir o problema, mas não elimina-lo.
“Os autocarros não têm a capacidade do metro, nem vão aos mesmos sítios e, portanto, nós vamos é apenas mitigar o impacto”, entendeu.
Na sua opinião, toda a gente fica a perder com esta greve na passagem de ano, não só as pessoas que vêm para a baixa festejar, mas sobretudo os milhares de trabalhadores que trabalham nessa noite.
Na semana passada, a Câmara do Porto disse esperar que mais de 100 mil pessoas compareçam no regresso da Avenida dos Aliados como ‘epicentro’ da festa de passagem de ano, pedindo que se desloquem aos locais de festa de transporte público.
No Porto, a festa da passagem de ano conta com concertos de Nuno Ribeiro e Rui Veloso, a dar as boas vindas a 2025 nos Aliados, e com o tradicional fogo-de-artifício lançado a partir do edifício da câmara, havendo também festa no Palácio de Cristal, com as participações de Julinho KSD e Branko.