Fechada desde o início de 2024, a Casa Vitorino Nemésio, na ilha Terceira, nos Açores, reabriu esta sexta-feira ao público. A casa onde viveu o escritor e poeta açoriano estava fechada para para requalificação da infraestrutura e do espólio expositivo.

Além da renovação estrutural do imóvel, estão agora disponíveis novos conteúdos sobre a vida e obra de Nemésio, além de uma exposição sobre o “conceito Nemesiano da Açorianidade”, com textos escritos entre 1928 e 1975 em que o autor afina o conceito e as ideias da Açorianidade. “Este projeto amplifica o conhecimento sobre a nossa identidade e o contributo de Nemésio para essa consciência”, diz a presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória, Vânia Ferreira, numa nota de imprensa enviada ao Observador.

Para Vânia Ferreira, a reabertura da Casa Museu Vitorino Nemésio “eleva a estratégia da autarquia de promoção da vida e obra do escritor” e a sua “valorização como oferta turística do concelho”.

A requalificação da casa-museu teve um custo global de 75 mil euros, “sendo que 75 por cento deste valor foi assumido com receitas próprias da Câmara Municipal”, adiantou a autarca. As obras na CVN decorreram de uma candidatura da autarquia à GRATER — Associação de Desenvolvimento Regional, que comparticipa uma parte da intervenção. Os trabalhos incidiram na requalificação de várias estruturas do imóvel, na atualização da exposição e na introdução de alguns equipamentos multimédia que ajudam ao conhecimento da vida e obra do escritor.

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“O nosso compromisso é, com a regularidade possível, dinamizar a vida e a obra de Nemésio tendo como palco central esta casa”, prometeu a autarca.

A casa-museu, aberta desde 2007, fica na rua de São Paulo, na freguesia de Santa Cruz, na Praia da Vitória, na Ilha Terceira, nos Açores. Ali se expõem pertencentes do autor, bem como vídeos de várias entrevistas.

Vitorino Nemésio (1901-1978) foi poeta, romancista e professor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. A sua obra maior é Mau Tempo no Canal (Bertrand, 1944), considerado pela crítica literária um dos maiores romances portugueses do século XX.