Um porta-voz da TAP defendeu nesta terça-feira que os incidentes com aviões da empresa que têm sido noticiados nos últimos dias são produto de uma atenção excessiva da comunicação social, já que o nível de problemas técnicos se mantém normal. “O que se passa é um excesso de atenção mediática aos problemas que têm acontecido na TAP”, afirmou André Soares à Lusa, sublinhando que a situação relativa aos problemas técnicos é a normal.
“Quanto a isso nada de excecional se passa exceto a atenção que a comunicação social está a dedicar a estes episódios”, disse. Nos últimos cinco dias, a TAP registou pelo menos quatro incidentes com aviões devido a problemas técnicos.
Na sexta-feira, um problema no sistema hidráulico de um avião obrigou um voo de Lisboa para Angola a regressar ao aeroporto da Portela uma hora depois de ter descolado, e, dois dias depois, um outro voo que partiu do Brasil com destino a Lisboa teve de aterrar por precaução no Sal, em Cabo Verde, devido a um sinal de aviso do sistema indicador de fumos na cabina.
Na segunda-feira, o terceiro incidente levou a TAP a cancelar uma ligação Milão/Porto e nesta terça-feira o voo Porto/Bruxelas foi atrasado por causa de um problema no radar de identificação do avião. “Aviões são máquinas e as máquinas, apesar de terem uma manutenção altamente rigorosa e cumprindo todas as regras internacionais e nacionais e indo além dessas regras e também daquelas que são impostas pelo fabricante, têm avarias”, explicou o porta-voz da companhia aérea.
“Isto passa-se com todas as companhias aéreas, em todo o mundo, e existem centenas de casos destes diariamente com todas as companhias. A TAP não é obviamente exceção”, sublinhou.
Garantindo que a TAP tem “uma cultura de segurança absolutamente enraizada” e que a empresa “continua no ‘ranking’ das 10 companhias mais seguras do mundo”, André Soares considerou que agir por precaução é uma prova dessa cultura de segurança. “O episódio que fez com que um avião da TAP aterrasse no Sal [Cabo Verde] por precaução foi exatamente isso – precaução – e isto não significa que a TAP é menos segura. Pelo contrário”, defendeu.