O empresário Miguel Pais do Amaral considera que a solução para o Diário Económico deveria passar pelo envolvimento de um grande grupo de media. E critica a gestão do jornal. “É preciso fazer muita asneira para destruir um líder”.

Em declarações à agência Lusa, Miguel Pais do Amaral – que foi “fundador do Diário Económico enquanto jornal diário” – lembrou que o Diário Económico era um “jornal líder”, pelo que tem “muita pena” pelo facto de o título deixar de ser editado em papel. O Diário Económico publicou na sexta-feira a sua última edição do jornal em papel, mantendo-se apenas no ‘online’ e na televisão.

“Sempre defendi, enquanto investidor nos media, que era muito importante que houvesse um conjunto de ativos” integrados num grupo. “O Diário Económico, só por si, fica numa situação limitada”, afirmou Pais do Amaral, fundador da Media Capital, empresa que no passado deteve o Diário Económico.

O título foi comprado em 2008 pelo grupo Ongoing, de Nuno Vasconcellos. A S.T. & S.F. – Sociedade de Publicações, dona do jornal, ‘site’ e canal de televisão do Diário Económico entrou com um pedido de insolvência, tendo sido já nomeado um administrador judicial provisório, de acordo com anúncio hoje publicado.

“Para administrador judicial provisório” é nomeada Maria Paula Ribeiro Mattamouros Resende, ficando “o devedor impedido de praticar atos de especial relevo” sem que tenha a autorização para tal da parte do administrador judicial.

Qualquer credor tem agora 20 dias contados a partir de hoje – data da publicação do anúncio no portal Citius – para reclamar créditos, devendo as reclamações ser remetidas ao administrador provisório, que, no prazo de cinco dias, elabora uma lista provisória de créditos.

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