As ações da Samsung afundaram esta segunda-feira depois de o gigante da eletrónica sul-coreano ter advertido os clientes em todo o mundo para pararem de usar o seu ‘smartphone’ Galaxy Note 7 devido a casos de baterias que explodiram.
A Samsung Electronics — o maior fabricante de ‘smartphones’ — anunciou no dia 2 a retirada do seu novo produto depois de detetadas anomalias nas baterias que levaram mesmo a que explodissem durante o carregamento dos aparelhos.
Desde então, companhias aéreas em todo o mundo proibiram os passageiros de usarem estes ‘smartphones’ nos voos.
Com o crescente receio de que as baterias se incendeiem, com mais casos reportados na semana passada, a Samsung elevou o seu alerta, dizendo aos utilizadores do Note 7 em todo o mundo para desligarem de imediato o ‘smartphone’.
As ações da firma — a maior da Coreia do Sul em termos de valor — afundavam hoje 7,11% na bolsa de Seul ao final da manhã, para 1,46 milhões de won (1.168 euros).
“Toda a situação em torno da Samsung está a tornar-se mais séria e complicada à medida que mais autoridades nacionais em todo o mundo advertem os seus cidadãos para pararem de utilizar o Note 7“, observou Hwang Min-Sung, analista na Samsung Securities.
As repercussões da retirada do mercado — que envolve 2,5 milhões de aparelhos vendidos até ao momento em dez países — pode reduzir o lucro da firma no final do ano em mais de um bilião de won (800,5 mil milhões de euros), alertou o mesmo responsável.
A retirada é a primeira envolvendo o ‘smartphone’ de bandeira da Samsung e desferiu um golpe na reputação da empresa.
A Samsung lançou o Note 7 mais cedo do que esperado — antes do lançamento do iPhone 7, no dia 07.
O Galaxy Note7 é um dispositivo topo de gama, resistente à água e com ‘scanner’ de íris ocular, que está a ser comercializado mundialmente desde 19 de agosto.
O lançamento em Portugal, que estava previsto para a semana passada, foi adiado.