A suspeita de que dois casos de Legionella alegadamente detetados em Angola e no Perú pudessem estar relacionados com o surto com origem em Vila Franca de Xira não se confirmou. No comunicado em que faz o balanço das últimas 24 horas, que se tornou habitual nos últimos dias, a Direção-Geral da Saúde (DGS) refere que “após contra-análise” não se confirmaram os dois casos inicialmente reportados do estrangeiro. Ontem (quarta-feira) a própria DGS tinha informado que “tudo indica que a existência de casos no estrangeiro (…) também esteja ligada a este surto”.

Relativamente a outro caso suspeito também não se verificou a associação a Vila Franca de Xira, “um dos casos ontem reportados no Algarve não tem ligação epidemiológica com o atual surto”, pode ler-se no comunicado da DGS.

Tal como era esperado pelas autoridades, o número de novos infetados pela bactéria da Legionella desceu hoje. Houve nove novos casos registados, o que faz subir o número total para 311.

A DGS revela que o número de mortes até ao momento é de sete, existindo uma outra em investigação.

A bactéria Legionella foi detetada na sexta-feira da semana passada 7 de novembro) no concelho de Vila Franca de Xira e todos os casos têm ligação epidemiológica com o surto deste concelho. No sábado, o Ministério da Saúde anunciou um plano de contingência para lidar com o surto e iniciou-se um inquérito epidemiológico.

A Doença do Legionário transmite-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.  

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