O Estado norte-americano da Califórnia está em alerta depois de um surto de sarampo se ter propagado a partir dos parques temáticos da Disneyland em Anaheim, Califórnia. Segundo um comunicado divulgado esta semana pelo departamento de saúde pública, foram registados perto de 60 casos desde finais de dezembro, sendo que pelo menos 42 tiveram uma exposição inicial ao vírus naquele parque de diversões. A fácil e rápida propagação do vírus está a reacender o debate sobre o facto de muitos norte-americanos escolherem não se vacinar contra o sarampo.

Os casos confirmados incluem pelo menos cinco funcionários da Disneyland, assim como várias pessoas que visitaram o parque entre dezembro e janeiro deste ano. Mas de acordo com o Washington Post, propagou-se rapidamente para outras zonas da Califórnia e até mesmo para outros Estados, como o Utah, Washington, Colorado, Oregon e México.

A maior concentração do vírus, no entanto, regista-se na Califórnia, mais precisamente no condado de Orange (Orange County). Um condado que, segundo a imprensa norte-americana, tem estado no centro de um movimento organizado no país contra a vacinação que se baseia numa teoria “infundada” de que a vacina está de alguma forma ligada a casos de autismo. Esta crença tem colhido, de resto, adeptos em larga escala, com as sondagens recentes a indicarem que um em cada três norte-americanos acredita na teoria.

Certo é que o sarampo é uma doença altamente contagiosa, cuja propagação se faz através de gotículas respiratórias. Ou seja, basta frequentar o mesmo espaço para ficar infetado. Isto se, claro, não estiver vacinado. Segundo o departamento de saúde pública, a vacinação é a melhor forma de evitar o sarampo, tendo uma percentagem de eficácia na ordem dos 99%.

Perante o surto, que está a ser visto como o primeiro nos EUA desde 2000, o departamento de saúde pública da Califórnia está a recomendar a qualquer pessoa com sintomas semelhantes (começa com febre, tosse, olhos vermelhos, e evolui para uma erupção no rosto e no resto do corpo) a não frequentar locais de elevada concentração de pessoas, como parques de diversões ou aeroportos.

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