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Três investigadores portugueses coordenam investigação em quarks e bosão de Higgs no CERN

Este artigo tem mais de 5 anos

Entre os nove grupos que procuravam um co-coordenador, três ocuparam os lugares com investigadores portugueses. Bosão de Higgs, quarks top e bottom serão o foco da atenção dos três físicos.

CMS é uma das experiências que deteta colisões de protões no acelerador de partículas
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CMS é uma das experiências que deteta colisões de protões no acelerador de partículas

Maximilien Brice/CERN

CMS é uma das experiências que deteta colisões de protões no acelerador de partículas

Maximilien Brice/CERN

Três investigadores portugueses, entre 3.500 colaboradores, foram nomeados coordenadores de diferentes estudos de física relacionados com o maior acelerador de partículas (LHC) no Organização Europeia de Pesquisa Nuclear (CERN). Ligados à experiência CMS (Compact Muon Solenoid) no LHC (Large Hadron Collider) os investigadores vão ser responsáveis pelo estudo do bosão de Higgs, de quarks top e quarks bottom.

“Há nove grupos de estudos de física em CMS para o quais se estava à procura de uma pessoa para se juntar ao coordenador em funções”, explica André David, nomeado coordenador do estudo do bosão de Higgs. Em cada grupo são nomeados dois coordenadores para desempenharem funções durante dois anos, neste caso entre 2015 e 2017.

O bosão de Higgs é a partícula pela qual todos procuravam. É uma partícula elementar que mostra a existência do campo de Higgs, responsável por dar massa a todas as outras partículas. Esta foi prevista há mais de 50 anos por Peter Higgs, François Englert e Robert Brout de forma independente. A descoberta experimental desta partícula em 2012 foi tão importante que valeu aos dois físicos teóricos ainda vivos, Englert e Higgs, o prémio Nobel da Física em 2013.

Os quarks top e bottom são duas partículas previstas pela teoria fundamental que descreve a interação entre todas as partículas fundamentais – Modelo Padrão -, entre elas as mais conhecidas serão os electrões. Os quarks bottom e antibottom podem resultar, por exemplo, do decaimento do bosão de Higgs.

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Carregue no “i” par saber mais sobre o investigador e o grupo que cada um coordena.

As abundantes colisões entre os protões dos feixes que percorrem a circunferência de 27 quilómetros do LHC podem originar quarks bottom. A utilização de métodos físicos de precisão permite estudá-los e procurar “processos raros ou que não são expectáveis no contexto da teoria vigente”, explica o investigador Nuno Leonardo, responsável desde setembro de 2014 pelo grupo que estudará este tipo de quarks. O objetivo destes estudos é “explicar alguns dos mistérios da física, tais como a natureza da matéria escura e a abundância de matéria sobre antimatéria no universo”.

Dos quarks top conhece-se a importância da interação com o bosão de Higgs, mas tudo o resto ainda é um mistério para os físicos. “Apesar de já ser conhecido desde 1995, há muitas propriedades que só agora começam a ser estudadas com precisão suficiente”, conta Pedro Silva, investigador responsável pelo grupo que estudará esta partícula.

Os coordenadores dos grupos de investigação têm como missão estabelecer a ligação entre investigadores e estudantes que desejem conhecer mais sobre o bosão de Higgs, os físicos teóricos e os outros grupos de física, explica André David, que já coordenou os grupos ECAL DAQ/Trigger (2008-2010) e ECAL Run (2010-2015) relacionados com o funcionamento da experiência.

A experiência de coordenação de grupos de investigação também não é nova para Nuno Leonardo. A trabalhar no CERN desde 2006 já desempenhou “cargos de coordenação dentro da experiência, de grupos de análise de dados e no sistema responsável pela seleção de colisões em tempo real (trigger)”.

A atribuição destes de lugares de coordenação resulta do “reconhecimento do trabalho que desenvolvem, da sua competência e do seu conhecimento nos respectivos sectores, da capacidade de gerir grandes equipas procurando sempre um equilíbrio entre os interesses dos indivíduos nos grupos e os interesses do grupo, e da visão que têm para os objetivos a atingir”, considera André David.

Atualizado: 13 de maio, 22h30

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