Em vésperas de exame, as emoções estão à flor da pele e um mero “boa sorte” pode soar terrível aos ouvidos dos jovens que se preparam para a prova. Principalmente se forem os pais a dizer. Com os nervos e a pressão, aumenta a sensibilidade e, por isso, é melhor ter cuidado redobrado com o que diz ao seu filho, porque o mais provável é que tudo pareça desadequado e o vá irritar.
A BBC fez uma compilação das piores coisas a dizer numa altura destas, incluindo sugestões de leitores que contaram a sua experiência. Aqui ficam elas:
- “Não te preocupes, é só um pedaço de papel, independentemente do que se passar…vamos estar sempre aqui…”. O mais provável é que esta abordagem não funcione – o que não quer dizer que a abordagem oposta funcionaria. Senão vejamos: se a mensagem for “Não te preocupes” é tida como um grito de alerta ao estilo “Relaxa, estás num carro que se dirige a toda a velocidade para um penhasco, mas relaxa”. Mas, por outro lado, se a mensagem for “Isto é muito importante”, então a reação será algo como “Obrigado por me estares a pressionar neste momento”. Tudo parece desadequado.
- “Faz o melhor que possas”. Não. Soa a condescendência com rasgos de desilusão.
- “Pelo menos os exames são muito mais fáceis hoje em dia”. A não ser que queira ser fulminado com o olhar, é melhor não dizer uma coisa destas. Ou parecida.
- “Lembra-te como foi com a tua irmã, também estava nervosa e correu tudo bem”. Falar dos bons exemplos dos irmãos, primos, filhos de casais amigos ou vizinhos não ajuda. Só aumenta a pressão.
- “Como é que consegues estudar com todos esses separadores abertos?”. A diferença geracional hoje me dia talvez se meça pela quantidade de separadores abertos no computador ao mesmo tempo, por isso se calhar o melhor é não se meter neste campo de batalha.