O secretário-geral das Nações Unidas considerou, em Dublin, que a UE deve ajudar mais os migrantes no Mediterrâneo, quando Bruxelas aguarda “luz verde” da ONU para lançar uma operação militar naval na zona.

A Europa “pode fornecer mais ajuda”, declarou Ban Ki-moon, numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro irlandês, Enda Kenny, em que pediu o reforço das operações de socorro no Mediterrâneo.

“Pedi aos dirigentes europeus uma solução para este problema mais completa e coletiva”, acrescentou, sublinhando que quaisquer medidas devem também atacar “as raízes” do problema nos países de origem.

“Primeiro, devemos fazer mais para salvar vidas”, repetiu o secretário-geral da ONU.

Na semana passada, a UE aprovou o lançamento de uma operação militar naval (EU NAVFOR MED) para combater os traficantes que organizam as viagens dos migrantes dos dois lados do Mediterrâneo.

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Esta missão, que vai destacar navios de guerra e aviões de vigilância europeus ao largo da Líbia, requer o acordo prévio das Nações Unidas.

A Comissão Europeia anunciou um plano de ação para a imigração, que prevê quotas obrigatórias para garantir uma distribuição justa dos refugiados e, em caso de crise, uma transferência dos requerentes de asilo entre Estados-membros da UE.

Alguns países, como o Reino Unido, França e Espanha, recusaram este plano.

De acordo com a Organização Internacional das Migrações (OIM), mais de 34.500 migrantes chegaram a Itália desde o início do ano e cerca de 1.770 morreram ou desapareceram no mar, ou seja, mais de metade dos 3.300 mortos registados em 2014.