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O presidente da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, visitou durante o fim de semana de 22 e 23 de Julho, o distruito de Setúbal na 15ª Rota Liberal organizada pelo partido. Setúbal, Almada e Seixal 22 e 23 de Julho de 2023 TOMÁS SILVA/OBSERVADOR
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Rui Rocha esteve na rota liberal em Setúbal

TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

Rui Rocha esteve na rota liberal em Setúbal

TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

A melga socialista, o Ruizinho dos mercados e o autógrafo. Rui Rocha em campanha pelo país atrás da notoriedade

Em seis meses, Rui Rocha já esteve em 16 dos 18 distritos, na Madeira e nos Açores. Este fim de semana marcou presença na rota liberal em Setúbal e o Observador acompanhou a comitiva da IL.

“Quer um autógrafo aqui no saco? Alguém me arranje uma caneta.” Pede licença a uma das mesas cheias na esplanada do café Capote, bem no centro da Costa da Caparica, e assina “Rui Rocha” quase ao jeito de estrela. É o primeiro e último pedido do género durante o fim de semana que passou no distrito de Setúbal, ainda que Victor Louro, o autor do pedido, tenha outras ambições para o futuro da Iniciativa Liberal e sonhe com uma coligação pré-eleitoral do PSD com a IL.

Reformado, há 12 anos a viver na Costa da Caparica, confessa que não “suporta” António Costa e está “tão desagradado” com o estado das coisas que confessa ter votado no Chega (“Acho que é maluco, mas diz umas verdades”), ainda que preferisse mesmo uma solução dentro da direita moderada. “Gosto muito de o ouvir na Assembleia da República”, diz enquanto dirige o olhar para Rui Rocha, que se multiplica em cumprimentos a quem passa na Rua dos Pescadores na manhã de domingo. “Deviam unir-se antes das eleições, votava neles de certeza.”

Se é verdade que o contexto político nacional marca as conversas entre os membros da comitiva durante grande parte do fim de semana, também é claro que uma coligação pré-eleitoral é há muito um assunto encerrado no núcleo duro dos liberais — a teoria de procurar ir sempre sozinho a votos faz parte do ADN do partido e um recente estudo académico da Universidade Católica dá força à tese: há pouca atratividade de coligações à direita com PSD, IL e até CDS.

O presidente da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, visitou durante o fim de semana de 22 e 23 de Julho, o distriito de Setúbal na 15.ª Rota Liberal organizada pelo partido. Setúbal, Almada e Seixal 22 e 23 de Julho de 2023 TOMÁS SILVA/OBSERVADOR O presidente da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, visitou durante o fim de semana de 22 e 23 de Julho, o distruito de Setúbal na 15ª Rota Liberal organizada pelo partido. Setúbal, Almada e Seixal 22 e 23 de Julho de 2023 TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

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O sonho de Victor Louro, de uma aliança entre PSD e IL, até pode nunca tornar-se realidade no futuro, mas o caminho é longo e cheio de desafios. Rui Rocha, a estrear-se no fato de líder do partido, fez-se à estrada para medir o pulso ao país e trabalhar para ser uma alternativa à direita. Em quase seis meses, foi a praticamente todos os distritos através das rotas liberais — que nos tempos de João Cotrim Figueiredo serviam essencialmente para fazer crescer a IL em zonas não urbanas (as grandes cidades são os bastiões dos liberais) e que agora servem para o atual presidente se dar a conhecer ao país, criar laços com os núcleos e correr atrás da notoriedade que uma ascensão exponencial não lhe permitiu alcançar antes de chegar à liderança.

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Foram dois dias que mais pareciam de campanha eleitoral, em que o presidente da IL andou a ensaiar todos os papéis que lhe estão reservados em futuros roteiros de carne assada — que é como quem diz corrida às urnas. Rui Rocha esteve em mercados, fez arruadas, visitou empresas, ouviu especialistas, foi à feira, bebeu poncha e “vinho liberal” (azul), jogou à bola em pleno areal e marcou presença em almoços e sunsets entre Setúbal, Almada e Seixal. Até andou de barco, onde acabou, como manda a tradição, ao leme e ao som de Xutos & Pontapés.

Adeus, Paulinho das feiras. Olá, Ruizinho dos mercados

“Posso entrar aí para dentro?” O pedido é feito pela voz de Rui Rocha para obter autorização para entrar na banca de Joana (basta um nome, não pergunta por mais; até porque no partido todos se tratam assim e por tu — e, já agora, “doutor não é nome nem apelido”, chega a responder a um jornalista). Está na banca das Ostras de Setúbal, ouve atentamente a explicação sobre o facto de ser uma espécie natural da região (“Quando vê esta forma de barco é porque são daqui”) e aceita o desafio: se conseguir abrir uma sem se cortar é oferta da casa.

Valeu a ostra, o recurso ao slogan de sempre e a piada de ocasião: “É mais fácil comer uma ostra do que derrotar o bipartidarismo em Portugal.” A ostra já está, o outro objetivo será bem mais desafiante. Uma após outra, percorre as bancas ao lado da anfitriã Lourdes Lança, do núcleo de Setúbal, acompanhado por uma comitiva que vai fazendo conversa em cada pausa. Entra na banca do peixe de Maria Júlia e Carlos do Carmo, casados há 50 anos, que reconhecem o presidente liberal da televisão (“Gostamos de ver os debates à hora de almoço”) e falam em tempos como nunca viram, “pior do que na altura da troika”.

Em boa verdade, são mais os desabafos do que as críticas propriamente ditas ao Governo (“São muitos visitantes assim como vocês, mas pouca gente compra”; “está muito difícil”; “vende-se pouco”; “façam barulho que isto não está nada fácil”). Um a um, Rui Rocha vai também vendendo o seu peixe: não é um Paulinho das Feiras (como chegou a ser conhecido Paulo Portas), ainda que esteja a tentar transformar-se num Ruizinho dos Mercados — oferece beijinhos, dá abraços, faz elogios e promete trabalhar para “pôr mais dinheiro no bolso” das pessoas.

Promete não falhar promessas, mesmo que não sejam eleitorais. Passou na banca de Maria Fernanda, arrancou gargalhadas por causa de uma curgete gigante, recebeu queixas de que a população jovem não vai ao mercado nem sabe que ali há preços mais competitivos do que nos supermercados e disse que voltava no fim do passeio para comprar o legume. À saída do mercado, já com toda a comitiva na rua, regressou à banca. Quis pagar (“Vai-me desgraçar a minha carreira política se não me deixar pagar”), foi-lhe recusado e lá trouxe a curgete, já depois de uma imitação de Fernando Mendes para acertar o preço certo.

O presidente da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, visitou durante o fim de semana de 22 e 23 de Julho, o distruito de Setúbal na 15ª Rota Liberal organizada pelo partido. Setúbal, Almada e Seixal 22 e 23 de Julho de 2023 TOMÁS SILVA/OBSERVADOR O presidente da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, visitou durante o fim de semana de 22 e 23 de Julho, o distruito de Setúbal na 15ª Rota Liberal organizada pelo partido. Setúbal, Almada e Seixal 22 e 23 de Julho de 2023 TOMÁS SILVA/OBSERVADOR O presidente da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, visitou durante o fim de semana de 22 e 23 de Julho, o distruito de Setúbal na 15ª Rota Liberal organizada pelo partido. Setúbal, Almada e Seixal 22 e 23 de Julho de 2023 TOMÁS SILVA/OBSERVADOR O presidente da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, visitou durante o fim de semana de 22 e 23 de Julho, o distruito de Setúbal na 15ª Rota Liberal organizada pelo partido. Setúbal, Almada e Seixal 22 e 23 de Julho de 2023 TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

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Pelo caminho, com o pequeno grupo que o seguiu quando decidiu ir buscar o legume, parou para beber uma poncha da Madeira. Está com saudades do arquipélago, das “ponchas às 10 da manhã” e está a preparar-se para o que aí vem: o primeiro desafio eleitoral enquanto presidente do partido. A IL esteve na Madeira num dos eventos das rotas liberais, regressou para as jornadas parlamentares e tem como objetivo eleger pela primeira vez para o parlamento regional. A missão não é fácil e Rui Rocha brinda em nome do desejo: “À saúde da equipa da Madeira. Só conseguimos eleger se resistirmos à poncha.”

No dia seguinte, no mercado da Costa da Caparica, a disputa entre duas feirantes não desorienta o líder liberal. “Há tanto tempo que não me agarrava a um jovem tão bom”, atira Gracinda enquanto se agarra a Rui Rocha e se agita com “ciúmes” quando minutos depois o liberal espalha o charme numa banca ao lado. Rocha tem braços para todas, faz-se à foto de grupo, chama o fotógrafo e quem está por perto completa o trabalho com a oferta de sacos e chapéus. Sucedem-se os elogios: do bem conservada à mulher tão bonita, não perde uma oportunidade para deixar a marca.

Muitos não sabem quem acabaram de cumprimentar: “Não sei quem é, mas é muito simpático”, atira Gracinda que está ali há 25 anos e que não tem por hábito “ver por ali políticos sem ser em altura de campanha”. Disseram-lhe que era liberal e “diz no saco”. “Mas lá simpático é mesmo muito.” Poucas são as vezes em que Rui Rocha se apresenta (quase só quando questionado por curiosos). Está mais preocupado em conhecer quem tem à frente e deixa esse trabalho para a comitiva. Às vezes é feito, outras nem tanto, e, em diversas circunstâncias, os populares que ficam para trás quando a caravana de t-shirts azuis, chapéus de palha e bandeiras avança sabem pouco mais do que minutos antes — nada ou quase nada sobre o partido e sobre Rui Rocha.

Uma coisa é certa: até quem acompanha Rui Rocha não esconde a surpresa com a performance do presidente liberal. “Todos gostam dele, faz sucesso”, comentam dois membros da comitiva. “Tem jeito para isto”, atira outro. O presidente liberal chegou ao cargo um ano depois de ser eleito deputado pela IL, altura em que era um ilustre desconhecido na política portuguesa, e luta agora contra a pouca notoriedade. A receita passa por estar praticamente todos os dias na rua, seja em eventos partidários, seja como cara do partido  nas mais diversas ocasiões — desde centros de saúde a transportes público –, tentando arrastar as televisões para o efeito.

O presidente da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, visitou durante o fim de semana de 22 e 23 de Julho, o distruito de Setúbal na 15ª Rota Liberal organizada pelo partido. Setúbal, Almada e Seixal 22 e 23 de Julho de 2023 TOMÁS SILVA/OBSERVADOR O presidente da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, visitou durante o fim de semana de 22 e 23 de Julho, o distruito de Setúbal na 15ª Rota Liberal organizada pelo partido. Setúbal, Almada e Seixal 22 e 23 de Julho de 2023 TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

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A “melga socialista” que picou Rui Rocha

Os quilómetros palmilhados no fim de semana foram muitos, algumas vezes mais em modo turístico do que necessariamente para dar a conhecer o partido — onde a distribuição de merchandising ou fica para o carro vassoura ou nem chega a existir —, mas Rui Rocha está ali também para conhecer o país, os núcleos e o partido que conquistou em pouco tempo. Os cicerones vão-se revezando de núcleo para núcleo, há gente que se junta, há membros da Comissão Executiva que vão fazendo companhia ao presidente da IL e também à deputada eleita por Setúbal, Joana Cordeiro.

A visita à Feira de Santiago — onde até se cruza com o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, António Mendonça Mendes, (“Estás na minha terra”, disse-lhe o governante numa interação curtíssima) — saiu cara ao presidente da IL. Foi picado por um mosquito e, no dia seguinte, a mão inchada valeu-lhe mesmo uma passagem pela farmácia — como em tempos de (quase) campanha tudo é motivo para conquistar votos, até uma fotografia com a farmacêutica tirou. Além disso, a mão inchada valeu-lhe mais um soundbite: “Foi uma melga socialista que provocou reação alérgica ao liberal“.

Do “centrão a dormir” ao presidente-jogador

Omnipresente esteve também António Costa, o grande responsável pelo estado em que está o país. Rui Rocha reúne-se com os donos de uma empresa algarvia de barcos elétricos que se mudou para Setúbal e percebe que não há mão de obra (muito menos especializada), que estão “desesperados” à procura de casa para alojar os trabalhadores que chegam à região e ouviu que o mecanismo de incentivo financeiro Fundo Azul está há meses para pagar um valor “retido no Ministério das Finanças” — o Estado “tira a capacidade de investimento”, reage Rocha, que rapidamente acerta com a deputada Joana Cordeiro a necessidade de se chamar o gestor do fundo ao Parlamento.

Pelo caminho, ouve o empresário da Quinta do Alcube, João Serra, a queixar-se que a “burocracia dentro de burocracia” está constantemente a atrasar processos, que tem pedidos há cinco anos que não avançam e aproveita o mote para se atirar à ministra da Agricultura, um dos alvos do Governo mais criticados da IL.

Mas é na Feira de Santiago que distribui cumprimentos às associações da região (“Os árbitros são sempre atacados, é como os políticos”, brinca), que ouve queixas, que se aproxima das pessoas com quem fala através da partilha de experiências pessoais (“Os meus filhos também fazem voluntariado na Refood”) e que é informado que os pedidos de apoio alimentar estão a “aumentar”, que “subiram na pandemia e não mais baixaram, e que há cada vez mais famílias precisam do apoio para terem uma refeição.

Ainda antes de um brinde com “vinho liberal”, quando chega às barraquinhas que a Câmara de Setúbal disponibiliza para os partidos traça o diagnóstico do país: “O centrão está sempre a dormir”. Apenas Chega, IL e PCP têm bancas abertas (o presidente liberal fez questão de entrar na dos comunistas para cumprimentar, mas não se dirigiu à única pessoa que estava no local do Chega). Todas as outras se encontram fechadas e vão abrindo nas horas seguintes. À saída, ainda passa pela do PS e orgulha-se das palavras de Paulo Lopes, deputado municipal socialista em Setúbal: “Dão-me cabo da cabeça vocês. Mas até conseguimos fazer umas coisas engraçadas para o município.” “Estamos cá para isso”, remata um membro da comitiva.

O presidente da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, visitou durante o fim de semana de 22 e 23 de Julho, o distruito de Setúbal na 15ª Rota Liberal organizada pelo partido. Setúbal, Almada e Seixal 22 e 23 de Julho de 2023 TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

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Num almoço apenas com membros — antes de depositar uma coroa de flores em homenagem aos 190 anos da vitória liberal na batalha da Cova da Piedade, em Almada —, Rui Rocha não dedicou nem uma palavra às questões internas. O foco é apenas um e pode ler-se de várias formas: PS, Governo ou António Costa (“Resisti a uma insolação, mas não aos mosquitos socialistas”). Começa por lembrar os tempos em que uma maioria absoluta fazia prever uma legistatura longa e um “desafio para as oposições” e a forma como a agulha mudou de forma “surpreendente” com “enorme instabilidade política na governação, saídas sucessivas de governantes, casos, casinhos e cravinhos”.

“Tivemos o que é muito pouco expectável: uma total instabilidade” e uma mudança no paradigma: falava-se de “estagnação”, hoje fala-se de “negação”. Da degradação das instituições aos serviços públicos, da situação “muito grave” na saúde ao problema da educação (“Não temos um elevador social, temos um monta cargas lento e que faz muito barulho”), Rui Rocha falou de “turbulência”, de “problemas estruturais” e de uma gestão do PS que “não foi surpreendente”. Perante tudo isto e a resposta dos liberais, atira: “IL foi sucessivas vezes o partido campeão da oposição pelo escrutínio.”

Rui Rocha ambiciona que a IL “continue a afirmar-se como o partido que quer o sucesso dos portugueses” contra um “país socialista que põe em causa do sucesso do país”. “Não basta criticar, queremos soluções liberais e um país liberal. É o tempo da afirmação liberal.” De olhos postos no futuro, Rui Rocha continua a percorrer o país em busca da tal notoriedade que (ainda) lhe vai escapando. E vai valendo tudo menos arrancar olhos. Na Costa da Caparica, antes de se juntar ao almoço que o núcleo local preparou, descalçou os ténis, fez equipas e juntou-se a dois jovens espanhóis que ali estavam. Deixou marcar, marcou e ganhou o jogo. Com ou sem o apoio do PSD, com ou sem picadas socialistas, Rui Rocha, depois de superar o embate interno, promete ir a jogo com tudo.

O presidente da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, visitou durante o fim de semana de 22 e 23 de Julho, o distruito de Setúbal na 15ª Rota Liberal organizada pelo partido. Setúbal, Almada e Seixal 22 e 23 de Julho de 2023 TOMÁS SILVA/OBSERVADOR O presidente da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, visitou durante o fim de semana de 22 e 23 de Julho, o distruito de Setúbal na 15ª Rota Liberal organizada pelo partido. Setúbal, Almada e Seixal 22 e 23 de Julho de 2023 TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

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