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Diário do Porto. Um tabu no PSD, os ciclistas do PS e o cata-vento de Moreira

Paulo Rangel esteve ao lado de Álvaro Almeida, no Porto, e recusou-se a falar sobre o impacto das autárquicas na liderança do PSD. Mas falou do "cata-vento" Azeredo Lopes. Assim como Rui Moreira.

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O candidato do PSD ao Porto, Álvaro Almeida, continua a apostar nos contactos de rua para tentar ganhar notoriedade, acompanhado de figuras do partido. Desta vez, com Paulo Rangel. Manuel Pizarro, do PS fez mais uma ação de bicicleta em pelotão com toda a sua equipa. Rui Moreira, que na noite de sábado apresentou o seu programa com recados para Lisboa e para o PS, foi ao INATEL, a uma escola e participaria numa concentração de motards na Avenida dos Aliados, se entretanto não tivesse começado a chover torrencialmente. Ilda Figueiredo, da CDU foi à Urbanização das Condominhas e a Serralves, enquanto João Teixeira Lopes visitou o fórum popular “Abrir o Abrigo”.

O dia de ontem no Porto foi assim:

Diário do Porto. Rui Moreira: “No dia 1, vamos ganhar! E não recebemos telefonemas de Lisboa”

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PSD. Paulo Rangel e Pedro Duarte mantêm tabu em relação ao futuro de Passos

A frase: “Como é que é possível que a todos sítios que eu vou me façam a mesma pergunta?”, disparou Paulo Rangel, quando questionado sobre o futuro da liderança do PSD. Entre os barões do PSD a ordem parece ser uma: esperar pelo dia das eleições. Só Rio arriscou ir ligeiramente mais longe e assumir que os resultados eleitorais terão, de facto, impacto.

O que correu bem: Álvaro Almeida. O candidato do PSD parece ter encontrado uma brecha na candidatura de Manuel Pizarro e parece disposto a explorá-la: o socialista bem pode tentar convencer os eleitores do Porto de que só foi responsável pelos aspetos positivos do último mandato, mas Álvaro Almeida insiste (e bem) em recordar que Pizarro assinou de cruz todas as decisões tomadas.

O que correu mal: Onde estão as pessoas? As ações de campanha em feiras são sempre um dos momentos mais aguardados durante as corridas eleitorais porque permitem testar a capacidade de adaptação dos candidatos. Isto, se houver gente para interagir. Não foi o caso. Esta feira estava vazia, vazia.

Como é que é possível que a todos sítios que eu vou me façam a mesma pergunta?“, desabafava um exasperado Paulo Rangel. Acabara de chegar junto de Álvaro Almeida, para uma ação de campanha do candidato do PSD à Câmara do Porto na Feira da Pasteleira, no exato momento em que o ex-quadro do FMI rejeitava responder a qualquer pergunta sobre a liderança do partido. Confrontado com as declarações de Rui Rio sobre o impacto das autárquicas no futuro do partido, o eurodeputado social-democrata, um dos nomes recorrentemente apontados para a liderança do PSD, desesperava: “Já fiz 500 declarações sobre os candidatos e nunca passou uma [na comunicação social]. O que nós temos de dizer aqui é que Álvaro Almeida é um excelente candidato à Câmara do Porto, que põe a cidade outra vez a pensar nos portuenses em primeiro lugar”.

Paulo Rangel mantinha assim o tabu em relação às implicações políticas de um eventual mau resultado do PSD nas eleições autárquicas de 2017. Não seria por falta de insistência, ainda assim. Num momento em que discorria sobre “as expectativas de o PSD se afirmar no Porto com a tradição que tem na cidade” e sobre a necessidade de recuperar o eleitorado fiel que perdeu nas últimas eleições, a pergunta impunha-se: e se essa expectativa não for cumprida? “Ouça, não vou responder a essa pergunta“, descartava o eurodeputado. Sobre o futuro do partido, nem mais uma palavra.

Posição diferente não teve Pedro Duarte, ex-líder da JSD e possível apoiante de Rui Rio numa eventual disputa pela liderança do PSD contra Pedro Passos Coelho. “Para mim o futuro do PSD neste momento é o dia 1 de outubro e espero que o PSD tenha um excelente resultado na cidade e no país. O meu horizonte vai até aí, nada mais do que isso. Não tenho mais nada a acrescentar”, resumia o social-democrata.

Azeredo Lopes apoia Pizarro? “Para quem diz não ser cata-vento, a declaração é contraditória”

Paulo Rangel acabaria por apontar baterias a Rui Moreira e a Azeredo Lopes, ministro da Defesa e ex-chefe de gabinete do autarca portuense que agora apoia Manuel Pizarro. “Para quem diz não ser cata-vento, a declaração é contraditória. O direito a mudar de opinião existe. É compreensível que, se é ministro do Governo, apoie um candidato do Governo”, disparou o eurodeputado social-democrata.

O tema já tinha sido, aliás, levantado por Álvaro Almeida. Desafiado a comentar o apoio surpreendente do antigo aliado de Moreira a Manuel Pizarro, o candidato do PSD ao Porto apontou uma de duas hipóteses: “Ou Rui Moreira fez algo muito mau para o senhor mudar de ideias ou são os dois [Pizarro e Moreira] exatamente iguais”.

Estava encontrado o filão que o social-democrata quer explorar nesta segunda semana de campanha autárquica: corresponsabilizar Rui Moreira e Manuel Pizarro pelos últimos quatro anos de governação e afirmar-se como a única verdadeira alternativa aos dois. “Votar num ou noutro é a mesma coisa. São ambos responsáveis pela mesma política. O que só demonstra que só há uma alternativa: a candidatura do Porto Autêntico”, defendeu o economista.

Quanto ao programa eleitoral de Rui Moreira, apresentado na noite de sábado, Álvaro Almeida foi ácido na resposta: “Não vi. Mas imagino que seja o mesmo de 2013, porque entretanto não fez nada. Não é difícil visitar zonas onde Rui Moreira não fez nada, porque é basicamente o Porto todo”.

O candidato do PSD apontou ainda para a diferente natureza da candidatura de Rui Moreira em relação a 2013. “Acho que é revelador que, em 2013, tínhamos um movimento de cidadãos alargado, com pessoas de vários quadrantes. Esse movimento está esvaziado. Está apenas com as pessoas do presidente da Câmara e que dependem da Câmara. A maior parte dos que apoiavam Moreira deixaram de apoiar, a começar pelo ministro da Defesa”, notou Álvaro Almeida.

Nota curiosa: num momento em que a comitiva de Álvaro Almeida se preparava para deixar a Feira da Pasteleira em direção ao bairro com o mesmo nome, a equipa da candidata de Rui Moreira à junta de freguesia de Massarelos entrou pela feira adentro, cruzando-se com os homens do candidato do PSD. Mas não houve sinistros a registar. Álvaro Almeida seguiu em frente depois de uma breve conversa com a candidata e já não foi a tempo de ouvir o feirante a anunciar uma promoção supimpa: “Na compra de uma camisola, leva um dióspiro!!!”. Fica para a próxima.

Rui Moreira sobre apoio de Azeredo Lopes a Pizarro: “Só faz falta quem está connosco”

A frase: “[O apoio de Azeredo Lopes] não faz falta nenhuma”, assegurou Rui Moreira

A promessa: Novos equipamentos desportivos em Campanhã e Paranhos

O que correu mal: A chuva que se abateu sobre a cidade do Porto obrigou a cancelar a ação de rua na Avenida dos Aliados junto à concentração de motards ali presente. Trocaram-se breves cumprimentos e ficou a foto de família para mais tarde recordar.

Aliados que se tornam adversários, opositores que viram apoiantes de primeira linha, soldados fiéis que saltam para o outro lado da trincheira. Em maio, Rui Moreira rompe com Manuel Pizarro para correr a solo. Em julho, Luís Artur Pereira, ex-líder da bancada municipal do PSD no Porto, rompe com o PSD para se juntar a Moreira. Agora, Azeredo Lopes, ministro da Defesa e ex-chefe de gabinete do presidente da Câmara do Porto, rompe com Moreira para se aliar a Pizarro. Assim vai, divertida, a corrida eleitoral à Câmara Municipal do Porto.

O surpreendente apoio de Azeredo Lopes a Pizarro, anunciado no sábado, acabou por tornar-se um dos temas da campanha eleitoral do Porto. Este domingo, durante a visita ao renovado campo do Inatel, um dos símbolos do programa de requalificação dos espaços desportivos do atual executivo, Rui Moreira recusou comentar o caso: “Sobre isso preferia não falar“.

No entanto, desafiado a esclarecer se a falta de apoio de Azeredo Lopes será ou não sentido, Rui Moreira foi cáustico: “[O apoio de Azeredo Lopes] não faz falta nenhuma. A nós só faz falta quem está connosco e quem for votar no dia 1 de outubro”, respondeu, ácido, o presidente da Câmara do Porto.

Mas a história tem contornos ainda mais coloridos. Na noite de sábado, durante apresentação do programa eleitoral de Rui Moreira no Teatro Rivoli, a equipa do candidato transmitiu um vídeo inédito dos bastidores da noite eleitoral de 2013, onde surgia, com natural destaque, Azeredo Lopes, então um dos homens do inner circle de Moreira. Na plateia, carregadas de simpatizantes do movimento independente, chegaram ouviram-se tímidas vaias. Este domingo, quando o tema se tornou tema de conversa com Rui Moreira, houve quem brincasse com o sucedido: “Não somos um movimento estalinista,, não apagámos ninguém da fotografia“.

Talvez tenha razão Paulo Rangel, que este domingo, a propósito do apoio de vários elementos antes eleitos nas listas do PSD a Rui Moreira, teve esta tirada curiosa: “Pelos vistos há muitos cata-ventos. Deixemo-los voar”.

Sobre o motivo da visita propriamente dito, Rui Moreira lembrou que, entre 2013 e 2016, o número de utilizadores de equipamentos desportivos municipais subiu de 300 mil para 400 mil por ano. “Temos o projeto pronto para replicar este campo, também com bancadas e balneários, num investimento de cerca de um milhão de euros“, acrescentou o autarca.

Mesmo assumindo que a oferta desportiva da cidade ainda é muito baixa, Rui Moreira assumiu como objetivos para o próximo mandato a construção de um novo campo em Paranhos e outro em Campanhã. “Em Paranhos, precisamos seguramente de um novo campo. Temos vindo a tratar do campo do Outeiro, a negociar com os proprietários privados, para ficarmos com o equipamento. Além disso, com o fim do campo Ruy Navega, ter um novo numa rua paralela à rua Pinto Bessa, em Campanhã”.

Rui Moreira tinha ainda prevista uma ação de campanha na Avenida dos Aliados, junto à concentração de motards ali presente, mas a chuva que se fez sentir na cidade do Porto alterou os planos do candidato. Ficou a foto de família.

PS. Manuel Pizarro a “pedalar para a vitória”

A frase: “Como veem a maior parte dos que me acompanham estão vestidos de vermelho. Tolero muito bem as diferenças e gosto muito que haja diversidade”, disse Pizarro.

O que correu bem: O socialista continua apostado em fazer uma campanha criativa, com vários momentos de descontração. Este domingo andou novamente de bicicleta, desta vez acompanhado pelo ministro do Ambiente, João Matos Fernandes.

O que correu mal: As referências de Manuel Pizarro aos méritos do Governo socialista. A colagem ao mandato de António Costa tem o objetivo claro de capitalizar o crescimento do PS a nível nacional também no Porto. O socialista tem apostado nessa estratégia — de tal forma, que já se tornou demasiado evidente.

O que (também) correu mal: O silêncio de Azeredo Lopes. O ministro da Defesa apareceu na campanha do Porto para declarar apoio a Pizarro, cortando com o seu antigo aliado, Rui Moreira. Este domingo, voltou a estar ao lado do socialista. Mas não respondeu a qualquer pergunta da comunicação social. Isto numa altura em que o assalto aos paióis de Tancos dominam a agenda política e mediática. De Azeredo Lopes, só silêncio.

O candidato socialista à Câmara do Porto considera que a cultura deve “impregnar todas as políticas públicas municipais”, mas considerou que “o essencial não é propalar esses objetivos é definir como é que isso vai ser feito”.

“Eu já fui claro nessa matéria. A estratégia será dinamizar e agregar o conjunto das extraordinárias instituições que a cidade tem, as grandes e as mais pequenas, e ter uma vereação da Cultura e um vereador da Cultura”, afirmou.

Manuel Pizarro comentava aos jornalistas o manifesto eleitoral apresentado sábado à noite pelo candidato independente Rui Moreira, apoiado pelo CDS e MPT, que disse que a Cultura vai continuar a ser o “vértice principal” da sua política.

No início de um passeio de bicicleta, que partiu do Jardim do Passeio Alegre até a Ribeira, o candidato socialista disse “pedalar para a vitória”, mas que no final vestiria “a camisola azul e branca”, admitindo, contudo, que haja outras preferências.

“Como veem a maior parte dos que me acompanham estão vestidos de vermelho. Tolero muito bem as diferenças e gosto muito que haja diversidade”, sublinhou Pizarro, que dirigiu uma bicicleta de dois lugares, sendo acompanhado pelo seu mandatário Matos Fernandes, ministro do Ambiente.

Questionado sobre quem convidaria mais para o acompanhar na sua bicicleta, o candidato do PS respondeu: “Na bicicleta que eu quero pedalar para a Câmara cabe o Porto todo”.

Manuel Pizarro disse ainda acreditar que os portuenses vão “reconhecer a qualidade da proposta política que o PS apresenta para a cidade, referindo a lista, o programa e a atitude de respeito pelos cidadãos”.

O candidato destacou ainda a atitude do Governo em relação ao Porto, referindo que “foi este o Governo que entregou a coleção Miró à cidade, que devolveu as Águas do Douro e Paiva ao Porto e que municipalizou a STCP, em vez de ter privatizado como queria o anterior Governo”.

“Também foi este Governo que decidiu a expansão do metro, que avançou com a reabilitação do Liceu Alexandre Herculano e que resolveu o problema da ponte do Infante. É um Governo com uma atitude diferente em relação ao Porto e eu acho que os cidadãos do Porto verão isso com clareza no dia das eleições”, frisou.

A apoiar Manuel Pizarro nesta iniciativa de campanha esteve também o ministro da Defesa Nacional, Manuel Azeredo Lopes, que se escusou a prestar declarações aos jornalistas.

Com Agência Lusa

CDU. Ilda Figueiredo exige mais investimento no desporto popular

A frase: “Rui Moreira teve uma gestão de costas voltadas para a maioria da população”, acusou Ilda Figueiredo.

A queixa: “A falta de apoio ao movimento associativo e ao desporto popular é hoje uma pobreza da cidade do Porto.”

A (outra) queixa: “Não se esquecem de aumentar as rendas, mas esqueceram-se do apoio às condições de habitabilidade da população.”

A candidata da CDU à Câmara do Porto acusou Rui Moreira de ter uma “gestão de costas voltadas para a maioria da população” da cidade, desprezando áreas como o desporto popular e o associativismo.

“Estas são grandes carências da cidade do Porto, que denotam uma gestão de costas voltadas para a maioria da população. Limitam-se a construir a habitação e, depois, de vez em quando, a dar uma pintadela nos blocos e acham que isso é apoiar a habitação social. Não se esquecem de aumentar as rendas, quando já não precisavam de o fazer porque a legislação já tinha sido alterada e até permitia que se baixassem as rendas, mas o apoio às condições de habitabilidade da população, isso esqueceram-se”, afirmou Ilda Figueiredo durante uma visita à Urbanização das Condominhas, em Lordelo do Ouro.

Para a cabeça de lista da CDU à Câmara do Porto, a solução passa pela criação de dois novos pelouros – do desporto e do associativismo – que promovam “a construção de espaços e equipamentos em diferentes zonas da cidade, designadamente nos grandes bairros e zonas residenciais”, e permitam um “diálogo direto” entre os responsáveis do município e as associações da cidade.

“Sejam ringues ou pavilhões gimnodesportivos, é preciso construir equipamentos que permitam, com o apoio de equipas de animadores desportivos e até com parcerias com clubes, estabelecer uma atividade regular do desporto para todos em toda a cidade”, sustentou Ilda Figueiredo.

Quanto ao associativismo, a CDU entende que a criação de um pelouro específico – “como já existiu em tempos” – permitiria às associações “não terem que andar a fazer a via sacra das empresas municipais e dos pequenos poderes que proliferam na Câmara do Porto, em que depois ninguém decide coisa nenhuma e as carências são mais que muitas”.

A provar que “a falta de apoio ao movimento associativo e ao desporto popular é hoje uma pobreza da cidade do Porto”, a candidata apontou “os próprios números dos valores usados” nestas áreas, que “falam por si”: “São dos mais baixos de sempre na Câmara do Porto e, em geral, nem sequer correspondem à utilização das próprias verbas que a Câmara recebe das rendas pagas pelos munícipes que vivem nos bairros sociais”, sustentou.

Com Agência Lusa

BE. Teixeira Lopes alerta para a “polarização altamente artificial” entre Moreira e Pizarro

A frase: “Se tivesse havido voto útil nas últimas eleições legislativas não havia geringonça.”

A queixa: “A Câmara não só quer vender o antigo Abrigo dos Pequeninos, como depois vai pagar aos privados a quem vender, uma renda mensal de sete mil euros.”

O que correu bem: Mais uma vez, João Teixeira Lopes percebeu bem a necessidade de contrariar a polarização da corrida eleitoral. Se a campanha se transformar num duelo entre Moreira e Pizarro, serão os partidos das franjas a perder eleitorado.

O que correu mal: A colagem aos méritos do Bloco de Esquerda a nível nacional. É certo que a estratégia é inteligente, mas, tal como acontece no caso de Manuel Pizarro, está a tornar-se demasiado evidente. A campanha eleitoral trava-se no Porto.

O candidato do Bloco de Esquerda à Câmara do Porto manifestou-se contra o apelo ao voto útil nas eleições de 1 de outubro na autarquia portuense alegando que se “tivesse havido voto útil nas últimas eleições legislativas não havia geringonça, não havia a força que o Bloco de Esquerda hoje tem e que permitiu puxar pela redistribuição de rendimentos, aumento das pensões, devolução de salários e reversão das privatizações”.

À entrada para a última semana de campanha, João Teixeira Lopes afirmou que, até final, irá assistir-se a uma “polarização altamente artificial” com “muitos media e os candidatos Manuel Pizarro e Rui Moreira numa tentativa de distinção artificial pois eles, no essencial, têm os mesmos programas”.

Afirmando-se com “muita confiança” justificou-o por “uma receção dos eleitores à mensagem muito mais expressiva, entusiasmada e atenta”, num cenário assente no que se “passa a nível nacional e a forma como as pessoas reconhecem no BE uma força política capaz de estabelecer compromissos, consensos e, no concreto, mudar-lhes a vida”.

A candidatura do Bloco de Esquerda à Câmara do Porto reuniu-se no antigo Abrigos dos Pequeninos, para denunciar um “equipamento municipal abandonado” que a autarquia quer “vender para depois pagar uma renda mensal de sete mil euros” aos novos proprietários.

João Teixeira Lopes revelou que o equipamento construído durante o Estado Novo e que “durante muito tempo serviu como local de institucionalização de menores está desde há um ano à venda por 1,5 milhões de euros”.

“A câmara não só quer vender o edifício como depois vai pagar aos privados a quem vender, uma renda mensal de sete mil euros. O que é um absurdo”, acusou o cabeça de lista bloquista.

Considerando tratar-se de “um equipamento com imensas potencialidades, que poderia ser um centro de dia, creche ou casa da criança”, afirmou que a opção de venda contraria o que o Bloco de Esquerda quer para a cidade.

“Reunimos aqui em assembleia popular para conversar, estimular as pessoas a apresentarem propostas e dizer que equipamentos de proximidade como este têm de ser recuperados numa cidade que tem tão poucos equipamentos, espaços a céu aberto e onde não há creches públicas”, relatou.

Com Agência Lusa

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