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ESTELA SILVA/LUSA

ESTELA SILVA/LUSA

Diário do Porto. Sondagens não se entendem: Moreira tem maioria ou... empata com Pizarro

Na sondagem da Católica, Moreira e Pizarro surgem empatados: 34% contra 33%, respetivamente. Numa outra sondagem, da Aximage, Moreira (39,9%) elege sete vereadores e consegue a maioria.

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A manhã arrancou com uma reunião de família (no sentido mais lato). Os candidatos à Câmara Municipal do Porto participaram no debate promovido pela TSJ/JN, na sala Dona Maria, no edifício da autarquia, antes de rumarem às respetivas campanhas.

Logo depois do almoço, Rui Moreira juntou os apoiantes na sua sede de campanha para depois percorrerem as ruas da baixa do Porto. A meio da tarde, Manuel Pizarro (PS) também andou pelo centro histórico da cidade a distribuir material de campanha e a cumprir o habitual “contacto com a população”. Outro nome para a mesma ação: às 18h, Álvaro Almeida (PSD) esteve numa “arruada” perto da Escola Fontes Pereira de Melo (perto do estádio do Bessa). Se não combinaram, parece. É que Ilda Figueiredo (candidata da CDU) estabeleceu “contacto com a população em Ramalde”, na zona das Campinas. João Teixeira Lopes começou mais cedo. Assim que o debate terminou, partiu para um almoço com responsáveis da Cooperativa Árvore e Cooperativa dos Pedreiros.

A campanha eleitoral no Porto ontem foi assim:

Diário do Porto. Rui Rio: “Outros temas se podem resolver” depois das autárquicas

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Debate Porto: quem quer casar com Rui Moreira? Ou será com Pizarro?

A frase: “Não tenho estados de alma sobre sondagens”, disse Rui Moreira, numa altura em que nenhuma sondagem lhe dá a maioria absoluta desejada.

A promessa: “Não haverá nenhum problema de governabilidade se for eleito presidente da Câmara”, garantiu Manuel Pizarro.

O que correu bem: Foi um debate onde os candidatos e os jornalistas conseguiram manter alguma organização. De uma forma ou de outra, conseguiram expor as suas ideias para a cidade.

O que correu mal: A estratégia de Manuel Pizarro em assumir-se como o único capaz de governar o Porto com as restantes forças políticas. Não que a estratégia seja errada, mas a forma com o socialista foi procurando concordar com cada um dos candidatos pareceu artificial.

O debate entre seis dos nove candidatos à Câmara Municipal do Porto, organizado pela TSF e pelo Jornal de Notícias, acabou por ficar naturalmente marcado pelos resultados das duas mais recentes sondagens divulgadas esta sexta-feira: uma (Aximage) coloca Rui Moreira perto da maioria absoluta; outra (Católica) dá um empate técnico entre Manuel Pizarro e Moreira. Em comum, as duas têm dois aspetos: um possível resultado desastroso para o PSD e a tendência de crescimento da CDU e do Bloco de Esquerda — que mantém fundadas esperanças de eleger um vereador pela primeira vez no Porto.

Não tenho estados de alma sobre sondagens”, começou por dizer Rui Moreira. “Se tivesse, há quatro anos não teria concorrido”, sustentou o autarca, lembrando que em 2013, a poucos dias das eleições, havia sondagens que davam a vitória a Luís Filipe Menezes.

Desafiado a esclarecer se vai ou não mudar a forma como tem feito campanha — muito discreta, até ao momento, Rui Moreira foi taxativo: “Não. As campanhas não são feitas para as sondagens. Não valorizo nada estas sondagens. A grande sondagem é feita nas urnas”.

Manuel Pizarro, por sua vez, não escondeu a satisfação com os estudos de opinião divulgados esta sexta-feira. “Quem manda no Porto são os portuenses. É o reconhecimento da falta que o PS faz à governação do Porto”, sublinhou o socialista, lembrando, mesmo assim, que as sondagens são o que são: sondagens.

Álvaro Almeida, candidato independente que corre na lista do PSD, acabou por reconhecer que o resultado, a verificar-se, fica “abaixo das expectativas”. O economista queixou-se da falta de atenção mediática, garantiu que todas as pessoas já o conhecem na rua e recordou que as duas sondagens foram feitas num determinado momentum político que já não corresponde ao que está a ser a campanha eleitoral. “Há uma mudança na rua”, garantiu o social-democrata.

Contas feitas, se Rui Moreira falhar a maioria absoluta terá um problema em mãos: o autarca já garantiu que não se coligará com Álvaro Almeida, que por sua vez já disse que nunca se aliaria a Moreira. Pizarro assegurou o mesmo: não aceitará funções executivas se perder as eleições. E o mesmo serve para Ilda Figueiredo e João Texeira Lopes — o bloquista chegou mesmo a dizer que “com Rui Moreira jamais”.

Ou seja, a traduzirem-se estas sondagens, Rui Moreira estará sempre condenado a governar de acordo pontual em acordo pontual, um cenário que já tem sido discutido ao longo de toda a campanha eleitoral. O que a sondagem da Católica trouxe foi outro fator completamente diferente: e se for Manuel Pizarro a ganhar as eleições, casará com quem? Aí, as coisas tornam-se mais interessantes.

Rui Moreira já garantiu que não será vereador se perder as eleições, logo está excluído à partida. Álvaro Almeida não será o parceiro de coligação mais óbvio, pelas diferenças de posição que tem em relação ao socialista. Restam Ilda Figueiredo e João Teixeira Lopes, que já demonstraram várias vezes que não gostam da ideia de importar a “geringonça” nacional para o Porto.

Neste debate, não foi diferente: apesar de ter sido pouco clara em relação ao futuro da governabilidade do Porto, mesmo desafiada várias vezes para o fazer, a candidata comunista acabou por assegurar que a CDU “não fará coligações como fez o PS”, para logo depois acrescentar que os comunistas se consideram “responsáveis” e “assumem as responsabilidades”. Coligações, não. Acordos pontuais, depende, parece dizer Ilda Figueiredo.

João Teixeira Lopes, por sua vez, colocou a pressão do lado de Pizarro, um “cata-vento” dono de um “comportamento errático“, incapaz de esclarecer se está ou não disposto a juntar trapinhos novamente com Rui Moreira. Mau início de namoro para ambos.

Ainda assim, o bloquista garantiu que o partido “está disponível para assumir o que for necessário” desde que seja para proteger “os interesses do Porto e dos portuenses”, tal como faz o Bloco de Esquerda no Parlamento.

Se no plano nacional a convivência entre bloquistas e comunistas não é fácil, no Porto não seria muito diferente, atendendo à troca subtil de galhardetes entre João Teixeira Lopes e Ilda Figueiredo. Sempre que o bloquista discorria sobre os méritos do Bloco na governação — chegou mesmo a dizer “o que seria o país se não fosse o Bloco de Esquerda” –, a comunista respondia: “O Bloco de Esquerda não está sozinho“. “Os meus adversários são outros”, rematava Teixeira Lopes.

Manuel Pizarro ia assistindo de camarote, com uma estratégia evidente: assumir-se como o único candidato capaz de congregar forças para governar o Porto. “Não haverá nenhum problema de governabilidade se for eleito presidente da Câmara. Tenho uma enorme capacidade de diálogo”, foi repetindo, aqui e ali, ao longo do debate.

Uma estratégia tão evidente que Manuel Pizarro conseguiu expressar concordância com pelo menos uma proposta de cada candidato. Ou de acompanhar cada intervenção de Bebiana Cunha, candidata do PAN, com um “muito bem, muito bem“. Até Álvaro Almeida ficou constrangido quando o socialista o interrompeu para dizer que gostava muito de uma das suas ideias para a cidade.

E essa é a apenas uma das faces da estratégia de Manuel Pizarro. A outra passa por associar a sua candidatura aos méritos do Governo socialista e com isso tentar mimetizar no Porto um tendência de crescimento do PS a nível nacional. Foi isso que foi tentando fazer ao longo do debate TSF/JN, elogiando várias vezes o atual Executivo, à medida que, a espaços, questionava a herança do governo anterior. Cereja no topo do bolo para o socialista, ainda conseguiu cumprir o exercício de associar Rui Moreira ao CDS. “Rui Moreira tenta fazer esconder os partidos que o apoiam“, atirou o socialista.

A pouco mais de uma semana para as eleições autárquicas, os dados estão lançados na corrida ao Porto. O superfavorito Rui Moreira tem agora a sombra do antigo aliado Manuel Pizarro. À esquerda, a disputa entre Bloco e CDU pode trazer surpresas. Álvaro Almeida e o PSD estão numa corrida contra o tempo para provar que as sondagens estão erradas.

Moreira na frente, Moreira e Pizarro empatados. Há sondagens para (quase) todos os gostos

Duas sondagens deram à estampa esta sexta-feira. Mas os resultados de uma e outra são bem diferentes. No Jornal de Notícias, por exemplo, a sondagem realizada pela Universidade Católica para o diário prevê um empate técnico entre Rui Moreira, atual presidente da Câmara e candidato independente, e Manuel Pizarro, ex-vereador executivo de Moreira e candidato do Partido Socialista.

É certo que Rui Moreira tem ligeira vantagem (34% contra os 33% de Pizarro) nas intenções de voto, mas sendo a margem de erro da sondagem de 2,8%, é impossível atribuir a vitória a qualquer dos candidatos. Assim, e não havendo maioria à vista, é cada vez mais evidente a necessidade de chegar a acordos pós-eleitorais para governar o município.

Quanto ao restantes candidatos à Câmara Municipal do Porto, o coligação PSD/PPM, que tem em Álvaro Almeida o seu candidato, consegue 13% nesta sondagem — bem menos do que os 21% alcançados por Luís Filipe Menezes nas eleições de 2013. A CDU repete o desempenho nas últimas autárquicas e pode aspirar à eleição de Ilda Figueiredo como vereadora: a sondagem da Católica atribuiu 8% à candidata comunista. Surpresa nesta sondagem é o Bloco de Esquerda, que quase duplica (chega agora aos 6%) a anterior votação e pode também eleger o candidato João Teixeira Lopes como vereador.

A outra sondagem do dia, do Correio da Manhã e da Aximage, não só não dá empate técnico no Porto como atribuiu a Rui Moreira a maioria absoluta. Há quatro anos o independente conquistou a autarquia com 39,25%. E esta sondagem até lhe atribuiu uma percentagem ligeiramente superior: 39,9%. Assim sendo, Moreira elegeria sete vereadores (mais um do que nas anteriores eleições) e, portanto, um executivo maioritário.

Nesta sondagem, e ao contrário da do Jornal de Notícias, Pizarro desce nas intenções de voto em relação às autárquicas passadas. Antes conseguira 22,7%; agora obtém 20,8%.

Numa coisa as duas sondagens estão de acordo: a coligação PSD/PPM (coligação “Porto Autêntico”) e Álvaro Almeida estão a “desaparecer” nas intenções de voto. Se em 2013 os sociais-democratas obtiveram 21%, nesta sondagem da Aximage a intenção de vota dos portuenses não ultrapassa os 13%.

Ilda Figueiredo da CDU (8,9%) e João Teixeira Lopes do Bloco de Esquerda (5,3) estão em crescendo na sondagem encomendada pelo Correio da Manhã face aos resultados alcançados nas últimas autárquicas e podem ambos ser eleitos vereadores.

Na sondagem da Aimage foram ouvidas 600 pessoas (339 das quais são mulheres) com telefone fixo ou móvel. As entrevistas foram realizadas entre os dias 16 e 19 de setembro e apresenta uma margem de erro de 4%.

Na sondagem da CESOP-Universidade Católica Portuguesa para o Jornal de Notícias foram ouvidas 1239 pessoas (57% de mulheres), recenseados e residentes e cinco freguesias do concelho do Porto, entre os dias 16 e 17 de setembro. A margem de erro é de 2,8%.

Manuel Pizarro acusa Rui Moreira de não levar as eleições a sério

A frase: “Quem não apresenta programa eleitoral, não está a tratar do assunto das eleições com a seriedade que o assunto merece.”

A (outra frase): “Rui Moreira não pode fingir que paira à margem dos partidos quando a sua candidatura está massivamente invadida pelo CDS”

O que correu bem: A incursão pela zona da Sé do Porto, super bastião rosa, foi um passeio para Manuel Pizarro, que não se cansou de beijar, abraçar e distribuir apertos de mão.

O candidato do PS à Câmara Municipal do Porto considera que quem falta aos debates das instituições ou da Comunicação Social e não apresenta programa não está a tratar das eleições com “seriedade”.

“Sem nenhuma manifestação de intolerância, é fácil de ver que a atitude de quem não vai aos debates das instituições, quem falta a uma parte dos debates na Comunicação Social, quem não apresenta programa eleitoral, não está a tratar do assunto das eleições com a seriedade que o assunto merece”, disse Manuel Pizarro, referindo-se ao adversário independente e atual presidente da câmara, Rui Moreira, apesar de não citar o seu nome.

Numa ação de rua, na Sé do Porto, onde os populares iam gritando “a Sé vai votar e o Pizarro vai ganhar” enquanto agitavam bandeiras, o socialista lembrou que não há vencedores antecipados, sublinhando nunca se ter resignado à ideia de que era derrotado antecipado.

“Nesta campanha nós levamos as eleições a sério, respeitamos os eleitores, cumprimos os compromissos que tínhamos assumido, fazendo uma grande lista para os órgãos autárquicos, nomeadamente para a câmara, e apresentamos um programa sério, coerente e participado, situações que justificarão uma decisão favorável para o PS”, considerou.

Voltando a deixar recados a Rui Moreira, atual presidente da câmara, o candidato do PS pressionou o independente a deixar de “fingir que paira à margem dos partidos quando a sua candidatura está massivamente invadida pelo CDS”.

Já sobre a divulgação de sondagens que dão empate técnico entre Manuel Pizarro e Rui Moreira, o socialista recordou que a sondagem que conta é a do dia 1 de outubro, reforçando, contudo, “ser sempre melhor ter uma sondagem favorável do que desfavorável”.

Os dois homens que deviam estar a lutar por uma maioria absoluta depois de quatro anos juntos na câmara, entraram nesta campanha eleitoral como adversários, circunstância que se tem agravado à medida que a campanha se aproxima da reta final. Agora é a valer e os dois vão mandando recados todos os dias, com mais ou menos acidez á mistura.

Pizarro, que começou a corrida condenado a procurar um segundo lugar que lhe permitisse de alguma forma lavar a honra, apareceu esta sexta-feira empatado numa sondagem com Rui Moreira. O socialista entra assim na semana final a fazer pressão para passar o independente. Enquanto não se conhecerem os verdadeiros resultados, até parece que a melhor coisa que podia ter acontecido a Pizarro foi o divórcio com o antigo aliado. Moreira está livre de partidos como desejava — o CDS é discreto — mas a tarefa tornou-se aparentemente mais difícil.

Pizarro contra Moreira. O combate dos antigos aliados

Com Agência Lusa

Rui Moreira responde a Pizarro: “Nunca escondia apoio do CDS”

A frase: “Não escondo nada. Nunca escondi, nem há quatro anos, nem agora. O CDS apoia a minha candidatura.”

A (outra) frase: “O CDS há quatro anos apoiou-nos, não nos condicionou, tratou-nos muito bem e estamos muito agradecidos.”

O que correu mal: A sondagem da Universidade trouxe um cenário pouco brilhante para a candidatura de Rui Moreira, embora o autarca se tenha esforçado por desvalorizar os números. Além disso, o incómodo em explicar por que razão não se ia encontrar com Assunção Cristas no Porto foi evidente.

O candidato independente à Câmara do Porto, Rui Moreira, garante não estar a esconder o apoio do CDS-PP à sua recandidatura, mas deixou claro que não vai encontrar-se com a líder do partido, que está na cidade.

“Não escondo nada. Nunca escondi, nem há quatro anos, nem agora. O CDS apoia a minha candidatura. Quando Pizarro [candidato do PS, que, até maio, manteve um acordo pós-eleitoral com o independente] queria estar nesta candidatura nunca levantou problema pelo facto de o CDS também a apoiar”, disse Moreira aos jornalistas numa ação de rua na Baixa.

A líder do CDS esteve no Porto, mas Moreira negou qualquer encontro com Assunção Cristas, nem sequer “de forma privada”, destacando que, há quatro anos, o partido “não condicionou” a candidatura, percebendo que é “independente”.

“Tenho muito orgulho numa coisa: o CDS há quatro anos apoiou-nos, não nos condicionou, tratou-nos muito bem e estamos muito agradecidos. O CDS percebeu nessa altura que esta é uma candidatura independente e apoiou-nos”, afirmou o autarca.

Questionado sobre se não seria natural haver um encontro com a líder do partido que o apoia, Moreira notou que “não vai ter nenhum encontro” com Cristas, da mesma forma que não está previsto que a “centrista” participe em qualquer ação da campanha do independente.

“Soube, há pouco, que [a líder do CDS] estaria num jantar que decorre no Porto com o Presidente da República, ao qual não vou. Não me vou encontrar de forma privada, porque já disse qual vai ser a minha agenda hoje”, disse.

Com Agência Lusa

Álvaro Almeida quer penalizar pesados que utilizam VCI para atravessar o Porto

A frase: “Nas duas últimas semanas, temos sentido um grande entusiasmo pela nossa candidatura.”

O que correu mal: As (duas) sondagens divulgadas na sexta-feira não dizem isso. O PSD arrisca-se a ter um dos piores resultados na história da cidade.

A promessa: “Penalizar a utilização da VCI por veículos pesados que atravessam a cidade”

O candidato do PSD/PPM à Câmara do Porto, Álvaro Almeida, quer “penalizar a utilização da VCI por veículos pesados que atravessam” a cidade sem recorrer a vias alternativas, criticando “quem ignorou o problema até um mês das eleições”.

Álvaro Almeida falava aos jornalistas na zona da Boavista, perto de escolas e perante filas de trânsito que provocavam várias buzinadelas, tendo vincado que alerta para as questões do trânsito “há seis meses”, mas foi criticado por “quem estava no poder e não fez nada em quatro anos”.

“Agora já todos reconhecem que o trânsito no Porto é um problema. Infelizmente, quem esteve no poder durante quatro anos, Rui Moreira e Manuel Pizarro, ignoraram o problema até um mês das eleições. Nesta zona há todos os dias problemas de trânsito. Este é um problema sério, para o qual não há soluções milagrosas, mas que exige que se vá fazendo pequenas coisas”, disse o cabeça de lista da coligação “Porto Autêntico”.

O candidato apoiado por PSD/PPM propõe 15 minutos gratuitos nos parquímetros para residentes, bem como alterar alguns sentidos de trânsitos que, disse, “prejudicam a circulação no centro da cidade”.

“Queremos privilegiar a circulação dentro da cidade e penalizar a circulação através da cidade. Queremos penalizar a utilização da VCI [Via de Cintura Interna] por veículos pesados que atravessam o Porto. Não são aqueles que se dirigem ao Porto mas os que atravessam o Porto vindos de norte e vão para sul ou vindos do sul para chegar ao norte”, descreveu.

A cerca de uma semana das eleições, Álvaro Almeida mostrou-se ainda “otimista” pela “muito boa receção das pessoas”. “Nas duas últimas semanas, temos sentido um grande entusiasmo pela nossa candidatura. Nas ruas sentimo-nos muito bem”, conclui.

Com Agência Lusa

Ilda Figueiredo. “Pizarro só mandou pintar um outro bairro”

A promessa: A criação de uma “política transversal” de melhoria das condições de vida da população dos bairros sociais

A frase: “Pizarro só mandou pintar um ou outro bairro”

A (outra) frase: “Em geral, a ‘política do P.A.’ ou não saiu do papel, ou a obra não saiu do início”

A candidata da CDU à Câmara do Porto, Ilda Figueiredo, defendeu a criação de uma “política transversal” de melhoria das condições de vida da população dos bairros sociais, construindo assim um “Porto solidário”.

Numa visita a pé a um bairro de Ramalde, a cabeça de lista da CDU voltou a abordar o tema da reabilitação social e habitacional, criticando essa política no atual executivo de Rui Moreira, e alegando que, juntamente com Manuel Pizarro, deixou muito por fazer neste mandato.

“Sendo que Pizarro teve esse pelouro [da Habitação e Ação Social], mandou pintar um ou outro bairro, mas ainda assim esqueceu-se dos arranjos externos. Dos equipamentos sociais coletivos, como por exemplo de apoio ao desporto. Isso nunca teve nas suas preocupações, e em vários casos [esses equipamentos] estão numa degradação total, ou não existem, tal como aqui”, afirmou.

Mais à frente, a ex-eurodeputada visitou uma obra num centro de saúde, lançada há 15 anos pelo atual candidato pelo Partido Socialista à autarquia [Manuel Pizarro], quando era secretário de Estado da Saúde, mas que ficou inacabada e ao abandono, situando-se em frente a uma escola básica do 1.º ciclo.

Ilda Figueiredo acusou ainda Manuel Pizarro de ter usado a construção desse Centro de Saúde como ‘bandeira’ na última candidatura, repetindo essa promessa nesta campanha.

“Manuel Pizarro retomou a promessa que tinha feito [quando era secretário de Estado], para terminar o centro de saúde neste mandato. É mais uma das muitas obras da cidade que foram objeto daquela ‘política do P.A.’, a política do anúncio. Anunciou a obra, nós até julgamos que ela foi feita, mas agora temos de andar a mostrar os resultados da política do anúncio. Em geral, a ‘política do P.A.’ ou não saiu do papel, ou a obra não saiu do início”, denunciou.

Com Agência Lusa

João Teixeira Lopes. “Câmara não fez nada para controlar especulação imobiliária”

A frase: “Câmara não fez nada para controlar especulação imobiliária.”

A queixa: “Autarquia vendeu imenso património, no valor superior a 50 milhões de euros.”

O candidato do Bloco de Esquerda à Câmara do Porto considera que a Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU) da Baixa Portuense, com capitais da Câmara do Porto e do Estado, se tem comportado como uma “máquina de fazer dinheiro” em vez de controlar especulação imobiliária.

“Se nós queremos travar a especulação imobiliária, temos de ter casas no mercado a lutar contra esse mesmo mercado, com rendas controladas. Para isso, a Câmara [do Porto] tem que exercer o direito de preferência, coisa que não fez durante estes quatro anos. Vendeu imenso património, no valor superior a 50 milhões de euros, e coloca este instrumento, que seria a SRU, como uma espécie de máquina de fazer dinheiro e não uma máquina de controlar o jogo da especulação e o jogo do mercado”, declarou aos jornalistas o cabeça de lista do Bloco, João Teixeira Lopes.

Numa ação de campanha junto à Estação de São Bento, o Bloco denunciou exemplos de património camarário vendido para especulação imobiliária, designadamente na rua da Ponte Nova, no número 52, junto da Ribeira, onde o prédio, de rés-do-chão com três andares, está para venda por “521 mil euros”.

Com Agência Lusa

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