Há uma velha piada de salão que conta a história de duas amigas que cortam animadamente na casaca de uma terceira amiga. “Come-se sempre tão mal em casa dela”, queixa-se uma. “Aliás, a única coisa boa de jantar lá em casa é que é sempre pouco”, acrescenta a outra. E riem ambas muito, as cabras. O mesmo não se pode dizer, infelizmente, da nova “casa” de Cristina Ferreira. Come-se muito e ainda por cima é imenso.
Nada mais, nada menos do que sete horas, espalhadas, com uns intervalos, entre as dez da manhã e as oito da noite. O programa chama-se, muito a propósito, O Dia de Cristina. Muito a propósito por durar um dia, e muito a propósito por, pelo menos na sua estreia, não ter outro tema. Mas, pergunta o leitor, é possível estar das dez da manhã até às oito da noite a falar de Cristina Ferreira? Sim. É. O resultado é igual a estar das dez da manhã às oito da noite a mascar a mesma pastilha Gorila. Mas é possível. Vamos lá então falar mais um pouco de Cristina Ferreira.
O Dia de Cristina não começa com Cristina, mas com Mariza, a fadista.
Num cenário futurista, em roxos, brancos e prateados — que rasga com a habitual casa de sofás, tapetes e plantas de plástico dos programas da manhã, e nos leva para dentro de uma nave espacial — Mariza canta “Melhor de Mim”. É impossível não reparar que a fadista, depois da debacle do anúncio da NOS, canta com o microfone quase sempre lhe tapando a boca. Há um plano geral da plateia onde, como pede esta época de pandemia, estão meia dúzia de gatos pingados. É uma expressão idiomática que significa “poucas pessoas”, não se trata, de facto, de felinos. O que é bom, pois imagina-se que alguns dos gatos fugiriam com as notas mais altas de Mariza. Atenção que isto não é uma crítica à voz da versão feminina de Abel Xavier, mas sim à extrema sensibilidade auditiva dos gatos.
A meio da música, eis que aparece a rainha do dia, Cristina, descendo a longa escadaria do cenário. Vem simples. Um vestido encarnado, curto, sem mangas, que lhe assenta bem. E isso é o mais importante nos vestidos: que a gente se consiga assentar bem. Brinco. De cabelo ondulado que lhe fica melhor à frente que atrás, Cristina traz ao peito um colar de grandes diamantes falsos, que, a serem verdadeiros, custariam mais que a indemnização que a SIC pediu à apresentadora. Vem cantando a música de Mariza, chegando estrategicamente ao palco na altura em que a letra diz “Sei que o melhor de mim ainda está para vir”. É o que lhe desejo.
Cristina abre, claro, com o seu famoso grito: BOM DIA! Coitados dos gatos.
A conversa entre a apresentadora e a Amália das barracas inaugura o tema principal da manhã: Cristina. No caso, a mudança de Cristina da SIC para a TVI. É preciso perder para depois se ganhar, concluem. Mas Cristina não falou apenas de Cristina. Falou também da importância de Mariza na vida de Cristina. Contou que, nos momentos mais decisivos da sua vida, sempre que entrava no carro estava a tocar na telefonia esta música, o Melhor de Mim. Qualquer outra pessoa teria consultado uma bruxa, ou um mecânico, mas não Cristina, que vê na coincidência um sinal. Fiquei à espera que dissesse: “E imagina que entrei agora no estúdio para começar o meu programa e estavas tu aqui a cantar isso!”. Como não aconteceu, suponho que, desta vez, estivesse tudo combinado.
Na manga do seu vestido sem mangas, Cristina traz uma surpresa para Mariza.
Parece que, nos confins da Holanda, há um casal — o Tiago e a Iris, ele português e ela holandesa — que ganhou um concurso de talentos com uma música justamente da nossa Severa Moderna. Iris, que não fala uma palavra de português, canta um fado de Mariza. De facto, bastante no tom da Rainha dos Gritos. E Iris também terá uma surpresa: terminar a música em dueto com o seu ídolo. No final, caem nos braços uma da outra, no primeiro Alerta Covid da manhã.
Durante a conversa que se segue, Mariza fala imenso em inglês com Iris, perante o pânico de Cristina, que sabe bem que metade do seu público mal arranha o português, quanto mais o estrangeiro.
Há um certo tom amargo nas minhas palavras, concedo. Mas experimentem estar sete horas a ver o mesmo programa de televisão e depois conversamos.
E é assim que Cristina aposta na diferença com o típico programa da manhã, espetando logo duas músicas para abrir.
Voltemos então, por breves instantes, ao cenário da nave espacial. Para além dos dois palcos, um à esquerda e outro à direita, temos ao meio um bombom. Literalmente. Uma espécie de bomboca embrulhada em papel de alumínio. Não se diria pelo amarrotado do papel, mas Cristina garante que foi tudo caríssimo, do melhor que se faz por cá e até, arrisca, internacionalmente. Eu de cenários não percebo nada, por isso, tomo as suas palavras por boas. De facto, tem um vago ar de casa de jogador de futebol muito, muito rico. Explica Ferreira que o cenário representa o futuro. O seu futuro. E é sempre bom ter um bombom no futuro. Ainda que, como já se sabe, o bombom é uma coisa que fica um segundo na boca e uma vida inteira nas ancas.
E é de dentro do bombom, que afinal é um palco giratório, que aparece a primeira convidada fixa de Cristina, Joana Barrios. A atriz traz, perdoem a aliteração, um dos seus looks menos óbvios com que fica sempre lindamente. E fica ainda mais lindamente na cozinha futurista que estava escondida atrás do bombom. As duas trocam algumas pleasantries, como se diz em inglês, que nos diz o dicionário serem uma série de elogios inconsequentes que fazem parte de uma conversa de circunstância. Brinco. Bem antes pelo contrário. Confessam o amor e a admiração mútuos e dizem urbi et orbi que estarão na vida uma da outra para sempre. Atenção que isto não foi dito em tom de ameaça, mas de carinho sincero. Segue-se um vídeo bastante divertido de apresentação de Joana Barrios, como se preciso fosse.
Posto isto, que não é pouco, a atriz traz três, agora foi mesmo só pela aliteração, ingredientes principais de um bolo. É que, lembremo-nos, é para mostrar os seus dotes de cozinheira que ali está. O bolo, de amêndoa com curd de limão, não chegará a ser feito, mas o que conta é a intenção. E, em boa verdade, quem é a pessoa que não sabe fazer um bolo de amêndoa com curd de limão? Não é preciso explicar tudo! Essa moda do facilitismo, em que nas rubricas de culinária se tem de mostrar como é que as coisas são feitas é uma modernice para a qual não há pachorra. Bravo, Joana!
Depois da conversa, um pouco atrapalhada de início, mas faz parte, Joana é mandada de volta para o bombom, que roda, levando a cozinha e trazendo uma espécie de sala de espera de veterinário, com uma alcatifa e dois maples desirmanados (que já soubemos antes serem caríssimos, se se lembram). Cristina hesita em pôr o pé antes que o palco pare de rodar, qual pessoa que já partiu a cremalheira nuns carrinhos de choque de uma feira.
Temos assim o segundo convidado, o Padre Rui, o padre abençoado pelo diabo, segundo Cristina. Fico a perceber que o padre é figura conhecida, mas confesso que destes padres assim desta nova geração não conheço nenhum. Falam mais um pouco de Cristina. O padre parece gostar bastante da apresentadora, que faz duas ou três piadas sobre um dia desencaminhar o homem. Ele aguenta-se bem à bronca e ainda lhe trouxe um presente. Como sabe, explica, que Cristina é uma pessoa muito ligada à família (o que, nestes programas em geral é sempre tratado como se fosse uma coisa muito incomum) Rui trouxe-lhe uma Sagrada Família, embrulhada e com um laçarote. E muito bem embrulhada, diga-se. Para além do papel habitual, não fosse a coisa partir-se, traz ainda uma generosa camada de papel às bolinhas. Daquele que é ótimo rebentar. E é uma imagem bonita, a Sagrada Família em cima de uma mesinha da nave espacial. Roda o palco, vai-se o padre, volta Joana. Cristina queixa-se de que, durante a conversa, só ouvia a atriz raspar limões. Aliás, esta é uma marca de Cristina ao longo de todo o programa, trazer para nossas casas os pequenos detalhes dos bastidores.
Por exemplo, durante as conversas, Cristina vai sempre falando com os técnicos, que aparecem na imagem, o que creio que agora é moda. O principal deles, claro, é Ben, o assistente de realização tornado apresentador, que já acompanhava Cristina no programa anterior. Ficamos a saber, de resto, que Ben fará parte da nova equipa do programa de fim de semana da TVI, que se chama Viva Portugal, ou uma variação deste tema. Entre outras notas positivas para Ben, é impossível não reparar que foi a única pessoa durante estas sete horas que usou máscara e que manteve o distanciamento aconselhado pela DGS. Com a quantidade de pessoas que se abraçou, se a coisa der para o torto, poderemos sempre contar com O Dia do Ben.
Seguimos com o desfile da nova equipa escolhida por aquela que é também a diretora de conteúdos de entretenimento da estação. Descendo a escadaria, entra Cláudio Ramos, que cai nos braços de Cristina, no nosso segundo Alerta Covid. Ramos vem discreto, com um fato escuro e cabelo rapado rente. É disso que falam durante breves instantes, da roupa e do cabelo. Cláudio abraça então Joana, no terceiro Alerta Covid.
A conversa que se segue é interessante e divertida, mas apenas para os três intervenientes. Brinco. Gostei por exemplo da referência de Cláudio ao Sermão de São Sebastião aos Peixes, ou do momento em que estraga a música de Mariza, cantando-a. Deus queira que o resto do programa seja sempre assim, pensei. Porém, não.
A segunda parte abre com mais convidados, jovens atores da novela da casa, Amar Demais. “O futuro da ficção em Portugal”, vaticina Cristina. E vaticina bem, posto que o seu futuro está agora nas suas mãos, não é? A conversa é um bocado maçadora, há uns quantos depoimentos de amigos dos atores, e ainda uma tentativa cómica quando outro ator, João Nicolau, entra no estúdio em personagem. No futuro, no sonhado por Cristina e no sonhado por mim, haverá hipótese de andar para a frente com a box. Como, por enquanto, não há, assisti a toda a conversa.
Depois, Joana Barrios é despachada de vez e, palco rodado, Cristina e Cláudio sentam-se na salinha, cujas paredes estão agora forradas de fotografias dos dois. Por falar em paredes, não pude deixar de reparar que, junto ao rodapé, há uma tomada elétrica. Isto é que é ter bons mestres de obras. No meu quarto, na parede da cama, só tenho uma, quando toda a gente sabe que as mesinhas de cabeceira são duas.
Durante a conversa entre Cristina e Cláudio, senti-me como uma criança que ouvisse os pais discutirem o seu divórcio. Ou seja, senti que não devia nem queria estar a ouvir aquela conversa. Parece que é público que os dois não se falavam há bastante tempo, desde a saída de Cristina, depois da saída de Cláudio e depois da nova saída da Cristina. Ou qualquer coisa do género. Creio não exagerar se disser que, apesar de todo o espavento que fazem a esse respeito, estas trocas de canais só são um grande acontecimento para os próprios. Para o resto das pessoas, é só carregar num botão e lá estão eles outra vez. Nem sequer é preciso fazer grande zapping. Mas posso estar enganado. E o tom da conversa “não se fala de outra coisa há meses” parece-me deslocado, mais para mais, numa altura em que SÓ se fala de outra coisa.
Confesso que foi a parte mais penosa do programa. Admito que fosse um tema interessantíssimo para o público, mas eu só vi duas pessoas a congratularem-se mutuamente pela maravilha que são, pelo talento que possuem, pelo quanto merecem estar onde estão e pelo maravilhoso caminho que esperam fazer juntas. Isto fica sinceramente bonito numa sala de casa, mas resulta embaraçoso para quem está a ver, sobretudo para quem achava que a televisão era feita para os espectadores. Consultei três amigos que percebem imenso de daytime television, para saber se era só impressão minha. Uma, garantiu-me que são estas tricas que as pessoas gostam de ver. Outras duas partilharam da minha vergonha alheia. E a coisa piorou quando estiveram a falar do futuro de Cláudio na TVI. Foram cinco longos minutos em que falaram, sem falar, de uma coisa de que não podiam falar. Teria acabado tudo com um linguado entre os dois, não fora isso, ainda assim, uma imprudência médica.
Estou a brincar! Adorei a conversa e foi o momento alto do programa!
Para desenjoar, ou não, tivemos depois uma história de vida de pessoas banais. Um amor de verão que correu mal e que se reencontrou vinte anos depois. Cantas bem, mas não me alegras, que percebi a mensagem escondida de Cristina: “voltar onde se foi feliz”.
Pausa para a venda habitual de banha da cobra em comprimidos, e vamos então a mais calhandrice, agora com a Crónica Criminal, que acho que não se chama assim, mas é para perceberem. São quatro pessoas, dois homens e duas mulheres, prontos para a faca na liga. Como é habitual nestes espaços, temos diretos de porta de cadeia e tudo. Todos comentam para dizer que está mal, que não há direito. Os primeiros casos são uma grávida vítima de violência e uma história de prostituição de adolescentes. Todos dão as suas sentenças. Uma das mulheres diz que as adolescentes foram porque quiseram. Bonito. Dão-se mais conselhos e opiniões, quase sempre deste calibre.
Depois, a história de uma jovem que é filmada a ter sexo com dois rapazes dentro de um comboio da linha da Azambuja. Achei que o painel ia comentar: “Quem nunca?”. Mas não. Pelos vistos, é o fim dos tempos. Bom, e se calhar é mesmo.
Para terminar, antes do almoço, mais um crime, um assassinato num condomínio de luxo. Em frente à porta de casa da vítima, o repórter diz que ainda não se sabe nada, que a polícia nada adiantou. O que é ótimo para se poder comentar o assunto. Falam animadamente do submundo do jogo, da prostituição, do álcool. Ou seja, basicamente, estiveram a falar da minha quarentena.
Brinco.
E lá se despede Cristina, que o dia é dela, mas tem uma pausa para as notícias. Não vai sem antes anunciar o prémio de hoje, naquilo dos números de valor acrescentado. 150 mil euros. Leitor, peço que volte atrás e que leia esse número com um grito de Cristina Ferreira, com as sílabas muito bem separadinhas, para ser mais realista. Obrigado.
Por curiosidade, espreitei o que estaria a SIC a oferecer para tentar fazer sombra à aguardada estreia de O Dia de Cristina. Num programa que se não se chamava Túnel do Tempo, podia muito bem chamar-se, João Baião, Diana Chaves e Júlia Pinheiro estiveram à conversa com, pelo menos e que eu apanhasse, Bárbara Guimarães, Simone de Oliveira e Marco Paulo. Faltou Amália, mas essa, como sabemos, já está mesmo morta.
Brinco, novamente.
Começa a segunda parte do Dia. Agora de cabelo apanhado e smoking encarnado, é preciso dizer que o tom da tarde foi menos egocêntrico. Não se falou tanto de Cristina, mas mais do que é que os convidados acham de Cristina.
Pelo sofá, vão desfilando mais nomes da nova equipa de Cristina-diretora. O primeiro é Rúben Rua. Falam de Cristina, mas também um pouco de Rúben. Apresentam então Helena Coelho, influencer de Viseu. Ou melhor: influencer, de Viseu. Falam mais um pouco de si, de como merecem estar ali, ficando mais uma vez sem se perceber se saberiam que estavam a aparecer na televisão.
Novo momento musical, a cargo de Mikael Carreira, a cantar com um rapaz cujo nome não apanhei, mas que a influencer de Viseu disse ser parecido com o seu marido. No final da música, Cristina Ferreira, em mais um Alerta Covid, abraça e dança com Carreira.
Depois de mais umas trocas de galhardetes, vamos então falar de outra coisa: uma reportagem bastante comovente sobre a vida nas instituições (no caso de acolhimento de crianças com deficiências) em tempos de pandemia. Toda a gente chorou, até eu. E não foi de me terem secado as lentes de contacto de ver tanta televisão, que secaram. É que a história era mesmo bonita.
Bonito foi também o momento em que um coro de gospel cantou os parabéns a Iva Domingues, que está também de volta à TVI. Bom, e não só a Iva, uma vez que a filha, que está a estudar na América, também faz anos neste dia. As duas não se veem, por causa da pandemia, desde janeiro. Houve uma surpresa: a filha apareceu por videochamada para dar um beijo à mãe. Apesar dos problemas técnicos, foi bonito. Falaram pouco e Iva disse que a seguir ao programa voltava a ligar à filha. Que chatice! As coisas mais interessantes são sempre fora do ar!
Há um filme americano, “Super Size Me”, em que um tipo se alimenta exclusivamente de McDonald’s durante um mês. Era assim que me sentia ao fim destas horas todas. Mas não desisti. E ainda bem. Pois tive a ocasião de ouvir uma conversa sobre sexo. E de todas as formas e feitios. Por trás, pela frente, de lado, de esguelha, a dois, a três, ao diabo a quatro. Um assunto que ainda é tabu, diz Cristina, e de que é preciso falar com desassombro. Tem toda a razão. E só isto já valeu ver o programa até ao final. Não há nada que me apetecesse mais do que ver a Cristina Ferreira e a atriz Julie Sergeant a falar de sexo. O meu tom pode parecer irónico, mas é mesmo verdade. Cada um com as suas pancadas.
Para fechar com chave de ouro, a grande e aguardada entrevista a Jorge Jesus, que também entrou ao som da mesma música de Mariza que, afinal, parece que é o hino privado de todas as pessoas bem sucedidas. Se a sua vida, leitor, é uma merda, é questão de começar a cantarolar isto no duche. Eu vou começar já amanhã.
Jesus gaba a modernidade do estúdio, que lhe lembra os balneários do Flamengo. A conversa foi divertida, sobretudo porque tinha um relógio em contagem decrescente para o programa acabar. Brinco, repito pela décima vez.
Quase no finalzinho, Cristina e Ben entregam os 150 mil euros (já sabem como se lê) a uma senhora chamada Cristina Vieira, o nome próprio dela e o apelido dele, coincidência que bastante os arrepiou. Não é para menos.
Lembro as palavras do ator francês Sacha Guitry que disse que,quando se ouve Mozart, o silêncio que se segue ainda é Mozart. Neste caso, fica a pairar no ar a frase com que Cristina fechou o seu programa: “O dia da Cristina é quando e como a Cristina quiser”.
É possível que Cristina tenha querido que este dia tenha sido quase só sobre Cristina por ter sido o dia primeiro. Visto de fora, parece-me um erro se não for assim.
É que a ascensão de Cristina Ferreira é um fenómeno incrível, só possível a uma pessoa incrível. Mas alguém que lhe lembre que, nesse mundo por vezes cruel do entretenimento, só se é tão incrível quanto a última coisa incrível que se fez.