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Entrevista com o mestre Manuel Cargaleiro, pintor, escultor e colecionador de arte, no Museu Cargaleiro. Castelo Branco, 19 de Julho de 2022. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR
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Manuel Cargaleiro fotografado em 2022 na fundação com o seu nome, em Castelo Branco

FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

Manuel Cargaleiro fotografado em 2022 na fundação com o seu nome, em Castelo Branco

FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

Manuel Cargaleiro (1927-2024): o mestre "do que é belo e bom"

Pintor e ceramista, entre Lisboa e Paris, sempre com o propósito de dar a conhecer a arte portuguesa, sobretudo do azulejo. Sonhava que todas as casas pudessem ter uma obra sua. Morreu aos 97 anos.

“Se adormecer amanhã, eu vou ótimo. Penso que não devo nada a ninguém, não me dói nada hoje. Estou cheio de remendos, mas não me dói nada.”

As palavras são de maio de 2023, quando inaugurou mais uma das suas exposições, na ocasião em Vila Nova de Gaia, mas revelam o estado de espírito que Manuel Cargaleiro demonstrava há muito. O ceramista e pintor morreu este domingo, 30 de junho, aos 97 anos, com as contas em ordem.

“Nunca tive medo de morrer. Acho que a morte, a gente adormece. Temos de viver, fugir àquilo que destrói.” Sempre foi esse o mote para a vida e para a obra: deixar de fora o lado negro das coisas e centrar-se no positivo. “Quando me sento no cavalete de manhã, tento exprimir aquilo que sou (…) o mundo está cheio de coisas horrorosas que metem medo, mas não quero transmitir isso, quero transmitir o que é belo e bom”, explicou na visita à exposição Pintar a Luz, Viver a Cor, na Casa Museu Teixeira Lopes – Galerias Diogo de Macedo, em Vila Nova de Gaia.

Repetiu-o vezes sem conta durante quase 100 anos de vida, que dividiu entre Lisboa e Paris, onde se instalou em 1957 — mas também por Castelo Branco, onde está o museu com o seu nome, e pelo Seixal, que conta com a Oficina de Artes Manuel Cargaleiro, projetada por Álvaro Siza Vieira.

Visita à exposição "Pintar a Luz, Viver a Cor", do mestre Manuel Cargaleiro, na Casa-Museu Teixeira Lopes/Galerias Diogo de Macedo, em Vila Nova de Gaia, 18 de abril de 2023. JOSÉ COELHO/LUSA

“A minha mãe apoiou-me sempre muito. O meu pai tinha medo do meu futuro. O sonho dele era ter um filho veterinário e outro agrónomo”

A história do “mestre”, como ficou inscrito nos livros e na memória, começou a 16 de março de 1927, em Chão das Servas (concelho de Vila Velha de Rodão, distrito de Castelo Branco), onde nasceu. Porém, foi na Sobreda da Caparica que viveu a partir dos dois anos, numa quinta comprada pela família. O pai, Manuel, era gestor agrícola, e a mãe, Ermelinda, completava os dias a fazer mantas de retalhos coloridas com formas geométricas.

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“O meu pai tinha uma produção que começou pequena, mas depois ficou bastante grande, de hortaliças e legumes. Fornecia todos os dias a Escola Naval do Alfeite e outras instituições. Tinha uma influência agrícola muito grande no Monte da Caparica”, contou ao Expresso no início de 2023.

Morreu o pintor e ceramista Manuel Cargaleiro. Tinha 97 anos

Quando começou a frequentar a escola primária no Monte da Caparica, uma das suas tarefas era ir buscar o correio ao posto, que ficava ao lado da escola, para levar para a quinta. Na mesma zona estava também uma olaria. “Eu achava que o homem, o oleiro, pegava numa bola de argila, punha na roda e fazia aquilo [faz gestos com as mãos a imitar o formato de uma jarra], para mim era como um milagre”, recordou numa conversa com o público e com os jornalistas quando visitou uma das suas exposições em 2023.  O oleiro dava-lhe bolas de barro que Manuel Cargaleiro levava para a quinta para brincar. “Nunca parei. Aos 13, 14 anos ainda brincava com aquilo”, contou numa entrevista à Fundação Calouste Gulbenkian.

Fez as primeiras experiências com a modelação de barro nessa olaria de José Trindade, mas para a família aquilo não passava de uma brincadeira. Inscreveu-se na Faculdade de Ciências de Lisboa, mas percebeu rapidamente que o caminho não era por ali. Porém, sentiu que não tinha grande alternativa. “O meu pai tinha uns amigos que achavam que os artistas eram todos uns desgraçados. Tive de concorrer para ciências, entrei para a Escola Politécnica”, recordou ao Observador em 2022.

Às escondidas experimentou a Escola de Belas Artes, decisão que só comunicou à família tempos depois. “Cheguei a casa e disse: ‘Já não estou na Faculdade de Ciências, entrei para a Escola de Belas Artes.' Para mim era a vitória. E ele [o pai] disse-me: ‘Pois é, mas agora já não te dou dinheiro para estudares’”.

Às escondidas experimentou a Escola de Belas Artes, decisão que só comunicou à família tempos depois. “Cheguei a casa e disse: ‘Já não estou na Faculdade de Ciências, entrei para a Escola de Belas Artes.’ Para mim era a vitória. E ele [o pai] disse-me: ‘Pois é, mas agora já não te dou dinheiro para estudares’”, recordou ao Expresso.

No dia seguinte começou a pesquisar anúncios no Diário de Notícias e concorreu para uma vaga na Caixa Geral de Depósitos. Com o chefe da secretaria foi honesto. “Os meus projetos são estar aqui o mínimo de tempo possível. Eu quero é ir-me embora para a Escola de Belas Artes, que é aqui ao lado.”  Contra todas as expetativas, não só ficou, como tinha autorização para sair quando quisesse para ir às aulas. Dos 1800 escudos que ganhava, guardava 900 no banco — tudo para deixar de trabalhar lá o mais depressa possível.

“A minha mãe apoiou-me sempre muito. O meu pai tinha medo do meu futuro. O sonho dele era ter um filho veterinário e outro agrónomo”, contou à Agência Lusa em 2023. Ainda assim, reconheceu, “viveram o suficiente para ver que eu não me enganei e que realizei algo em que eles tiveram muito orgulho. Isso foi a melhor recompensa que eu tive em relação ao meu trabalho e à minha família”. Além de saber produzir cerâmica desde miúdo, ficou fascinado com a pintura de azulejos por ser uma tradição portuguesa “manifestada com exuberância”, mas com grandes artistas quase sempre anónimos.

Entrevista com o mestre Manuel Cargaleiro, pintor, escultor e colecionador de arte, no Museu Cargaleiro. Castelo Branco, 19 de Julho de 2022. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR Entrevista com o mestre Manuel Cargaleiro, pintor, escultor e colecionador de arte, no Museu Cargaleiro. Castelo Branco, 19 de Julho de 2022. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR Entrevista com o mestre Manuel Cargaleiro, pintor, escultor e colecionador de arte, no Museu Cargaleiro. Castelo Branco, 19 de Julho de 2022. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR Entrevista com o mestre Manuel Cargaleiro, pintor, escultor e colecionador de arte, no Museu Cargaleiro. Castelo Branco, 19 de Julho de 2022. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

No museu instalado na Fundação Cargaleiro, em Castelo Branco, é possível descobrir (ou revisitar) a obra do artista multifacetado

FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

O nome Manuel Cargaleiro saiu do anonimato em 1949 quando, pela primeira vez, expôs as suas obras na Primeira Exposição Anual de Cerâmica, na Sala de Exposições do Secretariado Nacional da Informação. Cultura Popular e Turismo (SNI), no Palácio Foz, em Lisboa. Três anos depois inaugurou a primeira exposição em nome próprio, na Sala de Exposições do SNI. Passou mais um ano até à primeira mostra de pintura, na Galeria de Março, em Lisboa.

Nessa altura deixou a CGD para começar a dar aulas de cerâmica na Escola de Artes Decorativas António Arroio. A contratação foi quase insólita e aconteceu quando o pintor Lino António, diretor da escola, levou à exposição o ministro da educação, Francisco Leite Pinto.

“Depois fui chamado ao gabinete do ministro, que me queria contratar como professor. ‘Mas, senhor ministro, não tenho nada. Fiz o segundo ano da Faculdade de Ciências e tenho a frequência das Belas Artes.’ E ele garantiu-me que me ia nomear professor efetivo de pintura cerâmica da António Arroio. Nessa altura, saí da Caixa e durante seis ou sete anos passei a dar aulas”, contou ao Observador. Aos alunos, gostava de pregar partidas. “Quando ia de sobretudo, tirava uma mão de gesso de uma estante e quando as minhas alunas chegavam cumprimentava-as com a mão de gesso. Elas davam gritos.”

Foi nessa altura também que conheceu o casal de pintores Arpad Szenes e Maria Helena Vieira da Silva. Quando viram as suas obras na exposição coletiva da Galeria de Março, deixaram-lhe um bilhete: estava convidado para um almoço. Nasceu aí uma amizade que viria a prolongar-se com a mudança de Cargaleiro para Paris anos mais tarde, em 1957, onde os dois outros artistas também moravam. Mas, primeiro, houve um desvio por Gien.

Fez uma pausa, ou aquilo a que chamou “interregno da meditação”. Começou a estudar, regressou aos azulejos e, de repente, sentiu de novo felicidade a pintar — mas de forma diferente, desligando-se do que tinha ficado para trás. “Ser popular é apenas ser compreendido”, dizia. Era isso que pretendia, apesar de não almejar ser famoso.

“Uma senhora, que era a Maria José Mendonça, foi chamada para diretora do serviço de Belas Artes da Gulbenkian. (…) Chamou-me e disse-me assim: ‘Vamos começar a dar bolsas de estudo para o estrangeiro. Não quer uma bolsa da Gulbenkian?’ E eu não fiz mais nada, fui para França, para a Faïencerie de Gien”, recordou em 2022 à Fundação Calouste Gulbenkian. Foi aí que fez um estágio orientado por Roger Bernard. Os fins de semana, ia passá-los a Paris, onde alugou um apartamento. Acabou por instalar-se na capital francesa porque começou “a vender umas coisinhas”.

O galerista Albert Loeb arranjou-lhe um apartamento, deu-lhe as chaves, pô-lo em nome de Cargaleiro e os dois fizeram um acordo: o artista iria pagando com o tempo. Morava a poucas portas de Pablo Picasso, na Rue des Grands Augustins. Um dia cruzou-se com ele no talho, mas não teve coragem de lhe falar. “Diria o quê? Que gostava muito da pintura dele, que ele era um génio? Tudo seria pouco”, reconheceu ao Observador.

Manuel Cargaleiro: “Trabalhei tanto… Deve haver poucos pintores que tenham trabalhado tanto. Há um, o Picasso”

Sempre quis deixar claro que não emigrou à procura de seguir a última moda do estrangeiro. Quis, sim, continuar a pensar na cultura, arquitetura e música portuguesas — numa altura em que Portugal vivia em ditadura— e os seus trabalhos sempre se alimentaram disso. Portugal, para ele, tinha uma cor: “azul”. Os seus quadros sempre se alimentaram disso, cor, e o arquiteto Álvaro Siza Vieira chegou a pedir-lhe para escolher a cor dos azulejos do Pavilhão de Portugal na Expo 98 por ser um “um excelente pesquisador da cor na cerâmica”.

Nos anos 50, estreou-se numa exposição coletiva internacional de cerâmica, o I Festival International de Céramique, em Cannes, França; recebeu uma bolsa do governo italiano; estudou em Roma e Florença; Nas décadas seguintes apresentou os seus trabalhos em países como Brasil, Japão, Alemanha ou Venezuela. Em 1982 deixou de pintar. “Aconteceu-me chegar um dia ao ‘atelier’, pegar nos pincéis e, no momento em que me preparava para pintar, perceber que já não havia nada para dizer daquela maneira.”

Em criança, no Monte da Caparica; e como artista de corpo inteiro e adulto, em Paris, nos anos 60

Fez uma pausa, ou aquilo a que chamou “interregno da meditação”. Começou a estudar, regressou aos azulejos e, de repente, sentiu de novo felicidade a pintar — mas de forma diferente, desligando-se do que tinha ficado para trás. “Ser popular é apenas ser compreendido”, dizia. Era isso que pretendia, apesar de não almejar ser famoso. “Eu vivi para transmitir aos outros aquilo que é positivo”, dizia em maio do ano passado. Aquilo que não sabia explicar, atribuía a Deus, sempre foi católico. “O que é que eu pretendo com a minha pintura? É vertical, horizontal. É ali, é aquilo. É na frente, mas gosto também que haja segredos por trás. Tenho a mania dos segredos, tenho a mania dos símbolos”, explicou ao Expresso.

Em 1984, uma escola secundária do Seixal passou a ter o seu nome e a incluir um painel de azulejos de Manuel Cargaleiro. Anos mais tarde, quando voltou a passar por lá para falar com os alunos, não fazia ideia que um deles o admirava profundamente. Esse aluno era Alexandre Farto, ou Vhils, e muitas décadas depois os dois artistas acabariam por se cruzar. Juntos criaram A Mensagem, em 2023, uma obra de madeira esculpida e pintada à mão, mas sobretudo uma ligação que ia muito além da profissional, apesar dos cerca de 60 anos de diferença.

“Eu tenho quase 100 anos e ele [Vhils] tem 30 e tal. O Alexandre e eu fomos os dois escravos da nossa obsessão. O ser escravo de uma obsessão é terrível porque custa, cansa. (…) Ele sente o drama da época de hoje mas põe isso de uma maneira positiva”, explicou Manuel Cargaleiro ao Jornal do Fundão. A forma de ver a vida e a arte dos dois era parecida. “Sempre procurei ser sincero. Quando pinto, pinto realmente aquilo que sinto, aquilo que necessito transmitir aos outros. Não quero transmitir horrores. […] Quero transmitir para si algo de positivo e de bom”, disse Cargaleiro em Vila Nova de Gaia, em 2023.

Recebeu a Medalha Grand Vermeil, atribuída pela Câmara de Paris. “Fiquei contente, mas aquilo não é para mim, é para a cerâmica de Portugal. É Portugal”, garantiu em 2022.

A partir dos anos 90, os seus trabalhos multiplicaram-se em padrões aglomerados e cores intensas. A estação de metro do Rato, em Lisboa, tem a sua obra, mas também em Paris, França, a assinatura Cargaleiro está na estação de metro dos Campos Elísios — Clemenceau. Foi aí que, em 2019, foram acrescentados — à obra que já lá existia desde 1995 — mais 20 metros de azulejos.

Anos antes, em 1983, quando começava a estar espalhado pelo mundo, deixava uma garantia ao Jornal de Letras: “Não tenho medo que a minha pintura se banalize. Tomara eu que em todas as casas que entrasse pudesse ver uma obra minha na parede”. Quando não estava a trabalhar, nadava — dizia que era o segredo para a cabeça continuar a funcionar. “Era o meu desporto e fez-me muito bem, sobretudo mentalmente. Acho que teve uma influência enorme. Foi isso e fixar muito a pintura dos outros, nos museus, a história da arte. Esse exercício cansa, mas faz bem.”

Além de pintor, também era colecionador e comprava inúmeras obras de outros artistas. “Ainda me lembro de estar na Escola de Belas Artes quando dei à Lourdes Castro 500 escudos por um desenho dela. Disse-lhe: ‘Sabes o que é isto? É a primeira obra para o meu museu, que um dia hei-de ter”, recordou à Fundação Calouste Gulbenkian.

E tem mesmo. O Museu Manuel Cargaleiro nasceu de uma parceria entre a fundação com o nome do artista e a Câmara Municipal de Castelo Brancoconta com mais de dez mil peças. “Tudo o que compro e guardo tem um sentido didático, transmitir aos outros. O prazer que tenho ao descobrir aquilo, quero que haja alguém a tê-lo também”, explicou.

Entrevista com o mestre Manuel Cargaleiro, pintor, escultor e colecionador de arte, no Museu Cargaleiro. Castelo Branco, 19 de Julho de 2022. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

“Não tenho medo que a minha pintura se banalize. Tomara eu que em todas as casas que entrasse pudesse ver uma obra minha na parede”, disse ao Jornal de Letras em 1983

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Ao longo da carreira recebeu inúmeros prémios e homenagens: Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique (2017), Medalha de Mérito Cultural (2019), Grã-Cruz da Ordem de Camões (2023), além do Museo Artistico Industriale di Ceramica Manuel Cargaleiro, inaugurado em Itália em 2004. Também Marcelo Rebelo de Sousa e a ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, se manifestaram após a notícia da morte de Manuel Cargaleiro, distinguindo o “legado essencial para a arte portuguesa”. Recebeu a Medalha Grand Vermeil, atribuída pela Câmara de Paris. “Fiquei contente, mas aquilo não é para mim, é para a cerâmica de Portugal. É Portugal”, garantiu em 2022 no espaço Primeira Pessoa, da RTP.

Em entrevista ao Observador, em 2022, confessou não ser muito fã de tecnologias: nada de computador e telemóvel só para chamadas. “Nem sei mandar mensagens. Também não me faz falta.” A sua alegria continuava a estar nos pincéis. “Ainda me pedem, mas já não faço obras de grandes dimensões. Continuo a pintar todos os dias”, explicou um ano mais tarde numa conversa com a Agência Lusa concedida na casa de Lisboa.

“Estou muito agarrado a Portugal. Podem dizer-me tudo, mas o meu cantinho é aqui”, afirmou na Primeira Pessoa, em 2022. Foi no cantinho de Lisboa que morreu este domingo, 30 de junho, “tranquilo e rodeado pelos seus”, avançou a companheira de quase 40 anos, Isabel Brito da Mana, à Agência Lusa.

 
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