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Tudo começa pela caricatura. O grito de “Ooooordeeerrrr” tornou-se viral nas redes sociais, ajudado pelas gravatas de cores garridas e, à medida que europeus (e não só) assistiam pela primeira vez a debates completos na Câmara dos Comuns, John Bercow tornava-se um meme da internet.
ORDER – John Bercow Remix – Loop'n'Mix https://t.co/A489x6FYLi via @YouTube #johnbercow #Order #orderrrrrr #TheMoment @tagesschau #tagesschau @guardiannews #remix #Brexit pic.twitter.com/LDtPWv0WVD
— Loop'n'Mix (@JH4TC) January 18, 2019
No Reino Unido, o nome também se tornava inesquecível, mas por razões diferentes. Os britânicos já se tinham acostumado ao homem de pequena estatura, expressões solenes e muita garra que tinha decidido abandonar as vestes completas do cargo de presidente da Câmara dos Comuns (speaker), bem como a peruca. Era deputado desde 1997 e estava no cargo de speaker desde 2009. Bercow não era, portanto, uma surpresa.
O Brexit, contudo, atirou-o para o centro do palco — ou deveríamos dizer que foi Bercow que aproveitou o Brexit para se atirar para esse lugar? Os discursos de despedida de Boris Johnson e Jeremy Corbyn no Parlamento, esta semana, ilustram bem como a maioria dos deputados avalia a prestação de Bercow no cargo, consoante a sua visão em relação ao Brexit: “Espalhou por toda a Câmara os seus pensamentos e opiniões, como uma máquina de atirar bolas de ténis, a disparar uma série de vóleis e ases”, disse o primeiro-ministro, com um sorriso que trazia uma ponta de malícia, indo buscar um dos hobbies de Bercow, o ténis. O líder da oposição, porém, optou por um tom deferente, dizendo que Bercow tornou a democracia britânica “mais forte”, “defendendo o Parlamento, numa mensagem que se espalhou internacionalmente sobre o papel da democracia parlamentar”.
As avaliações dividem-se, mas de uma coisa não há dúvidas: nunca houve um speaker igual a John Bercow. Isso mesmo explicaram ao Observador os seus biógrafos: Bobby Friedman, ex-jornalista e autor de Bercow: Rowdy Living in the Tory Party Bobby Friedman (sem edição em português, a tradução possível é Bercow: Uma Vida Desordeira no Partido Tory) e Sebastian Whale, editor da revista do Parlamento britânico The House, que está a preparar uma biografia sobre o speaker para a editora Biteback Publishing.
John Bercow nasceu em Edgaware (norte de Londres), em 1963, numa família judia. Terá sido o pai, taxista, quem mais o influenciou politicamente, numa juventude vista como atípica para a sua época. Foi o próprio quem o disse, numa entrevista ao site Tortoise este ano, lembrando que, “embora fosse judeu”, o seu pai era um homem bastante à direita: “Ele era sobretudo muito contra a dita Nova Commonwealth e a imigração paquistanesa e era um grande admirador de Enoch Powell”, confessou Bercow, referindo-se ao conhecido político conservador fortemente anti-imigração e uma das figuras mais à direita da História dos tories. “Eu também era assim aos 18 anos. Questiono-me até se não estaria a tentar compensar intelectualmente o facto de eu ser tão fisicamente débil, recorrendo a uma ideologia de direita radical. Não sei, posso estar a racionalizar post hoc”, acrescentaria na mesma entrevista, no seu tom floreado habitual. “Eu já era um conservador. Acho que, quando se é muito novo, a sistematização do pensamento, a ideia de que há um visão para tudo, pode ser muito atrativa.”
De um dos jovens mais à direita do Partido Conservador para speaker elogiado pelo líder dos trabalhistas mais à esquerda das últimas décadas, decorreu uma vida cheia. Houve passagem pelos bancos mais escondidos da Câmara, como deputado, mas também pelo destacado governo-sombra. Os embates com os diferentes líderes conservadores (Iain Duncan Smith, Michael Howard e David Cameron) foram frequentes e, já no cargo de presidente dos Comuns, enfrentou acusações de bullying nunca clarificadas. “Odeio quando ele cala alguém de forma mesmo robusta e agressiva”, lamentou-se o deputado Chris Bryant sobre a forma como o speaker se relaciona com os outros. O próprio definia assim o que o irritava, corria o ano de 2011: “Tenho dois tipos de adversários: os snobes e os preconceitusosos. Acho que o preconceito pode ser curado — eu próprio já tive esses pontos de vista. Mas, que eu saiba, não há cura para o snobismo”.
Mas chega de ouvir John Bercow a falar de John Bercow — algo que o próprio parece apreciar fazer. Demos a palavra aos seus biógrafos, que tentaram escrutinar o seu percurso político, a sua vida e o seu caráter para tentar compreender uma das personagens políticas mais marcantes da História moderna do Reino Unido, que sai agora de cena.
Um speaker como nenhum outro
Bobby Friedman
“Nunca existiu um speaker assim. Talvez se recuarmos umas centenas de anos, até à altura em que alguns foram executados, é claro que esses eram polarizadores. Mas, olhando para os tempos modernos, nunca um presidente da Câmara foi tão odiado por um dos lados e tão adorado pelo outro. O seu antecessor, Michael Martin, já foi mais polarizador do que o habitual, mas, mesmo aí, isso não era nada quando comparado com as emoções que John Bercow inspira nas pessoas. Antes dele, em geral, o cargo de speaker não era muito debatido. O speaker sempre foi um árbitro bastante discreto e neutro, e não um jogador em campo.”
Sebastian Whale
“Se é verdade que os presidentes da Câmara dos Comuns sempre foram acusados de parcialidade pelos governos de Westminster, também o é que nenhum foi uma figura tão polarizadora como John Bercow. A eleição de Selwyn Lloyd em 1971 foi controversa, porque ele já tinha sido ministro dos Negócios Estrangeiros e das Finanças em governos conservadores, mas, como [o constitucionalista] Vernon Bogdanor, professor na King’s College, afirma, ele provou ser um speaker imparcial e bem sucedido. Margaret Thatcher também se chateou com o presidente da Câmara Weatherall [1983-1992], dizendo que ele era parcial contra o governo dela, e em muitos círculos Tory havia quem sentisse que o speaker Martin [2000-2009] estava feito com o governo do Labour [de Tony Blair].
Embora as dúvidas sobre imparcialidade dos speakers não sejam algo novo, nunca um presidente da Câmara estava tanto no centro das atenções como Bercow. Muito disto remonta a fevereiro de 2017, quando Bercow disse a estudantes da Universidade de Reading que tinha votado Remain no referendo da UE. Não consigo lembrar-me de nenhum outro exemplo contemporâneo de um speaker que tenha dado a sua visão pessoal num tema tão controverso.”
As críticas
Bobby Friedman
“Não há dúvidas de que ele, por vezes, foi parcial. O cargo de presidente da Câmara dos Comuns não é um cargo que deva ser político. O speaker não deve expressar o seu ponto de vista em matérias políticas e John Bercow deixou totalmente claro como votou no referendo. Isso, por si só, já é um exemplo.
Mas mesmo em termos de procedimentos parlamentares, ele fez a vida negra a Theresa May: quando ela quis voltar a apresentar o seu acordo a votação, Bercow recorreu a um precedente bastante antigo para dizer que ela não podia fazê-lo. Ao mesmo tempo, mexeu várias vezes no procedimento da Standing Order 24 (SO24), como é chamado, para permitir que deputados anti-Brexit tomassem o controlo da agenda do Parlamento [que habitualmente pertence ao governo] e aprovassem legislação para travar o Brexit. Ou seja, por um lado, quando é inconveniente àqueles que querem travar o Brexit, ele baseia-se em precedentes antigos; quando lhe é conveniente, ele quebra a tradição.”
Sebastian Whale
“Há também acusações de bullying que remontam a 2009 e 2011. Ele é acusado de bullying por dois funcionários, Angus Sinclair e Kate Emms — uma acusação que ele nega. As acusações, que foram expostas inicialmente pelo [programa] Newsnight da BBC, ameaçam manchar o seu legado. Uma possível investigação por parte de Kathryn Stone, a comissária parlamentar da supervisão da Câmara dos Comuns, foi bloqueada por deputados no comité de supervisão por uma votação de 3-1, em maio de 2018. Isto significa que não houve nenhuma investigação independente às acusações de bullying.”
Bobby Friedman
“As alegações de bullying dos últimos anos que foram feitas contra John Bercow são sérias, até porque foram feitas por pessoas credíveis. Ele, obviamente, nega-as, mas parece-me que muita gente acha que, tendo em conta estas acusações, é surpreendente que ele ainda esteja no cargo.”
Os elogios
Bobby Friedman
“John Bercow tem muitos fãs por causa da sua posição intervencionista face aos direitos dos backbenchers [deputados sem cargos no governo ou no governo-sombra]. Ele ajudou a opor-se ao poder do governo, do poder executivo, ao permitir que os backbenchers pudessem fazer perguntas urgentes aos ministros e obrigando-os a ir de urgência à Câmara dos Comuns para responder a essas perguntas. Isso é o tipo de coisa que ele faz e que ajudou a revitalizar o papel do speaker.
Houve uma tendência, sobretudo durante o governo de Tony Blair, em que as grandes decisões e anúncios eram feitos fora da Câmara dos Comuns. Habitualmente, Tony Blair ia a algum sítio, como a uma escola, por exemplo, e anunciava ali uma nova medida. John Bercow conseguiu, de facto, fazer da Câmara dos Comuns o palco central da política novamente, e acho que é difícil encontrar alguém que ache que isso é uma coisa má.”
Sebastian Whale
“Não há dúvidas de que John Bercow foi um speaker reformista. Tal como alguns membros do governo sentem quando lá chegam, ele também enfrentou alguma resistência dentro do Parlamento face às suas propostas de reforma, como a introdução de uma creche ou a criação de um centro educativo. Para desgosto dos tradicionalistas na Câmara, ele decidiu não usar as vestes formais, nem a peruca. As sessões nos Comuns passam na televisão desde finais de 1989 e, à medida que o interesse no trabalho dos deputados foi aumentando, nos últimos anos, o papel do presidente da Câmara tornou-se de maior relevo. Ao retirar alguma da formalidade que existia em torno da presidência, e dos funcionários que se sentam à sua frente, Bercow tentou modernizar os Comuns como local de trabalho.”
Bobby Friedman
“Outra coisa boa que penso que ele fez é que conseguiu tornar-se um embaixador efetivo do Parlamento, indo a todo o país para fazer discursos, participar em conferência, etc. Isso é algo que ajuda muito o próprio cargo e que, em geral, foi bem recebido.”
O homem e o seu percurso
Sebastian Whale
“O percurso de Bercow é, sem dúvida, atípico, se olharmos para o percurso mais habitual da esquerda para a direita que muita gente percorre à medida que envelhece. Bercow juntou-se ao Monday Club, um grupo [de pressão política dos conservadores] de direita dura, em 1981, onde foi presidente do Comité de Imigração e Repatriamento. Foi também diretor da Federação dos Estudantes Conservadores e um membro destacado da sua fação mais libertária. Mas, na altura em que foi eleito speaker, em 2009, já estava bastante à esquerda dentro do Partido Conservador — talvez já fosse até Tory só de nome. Isto adensou a trama em torno de Bercow, sobretudo para aqueles que questionam a legitimidade do seu percurso político.”
Bobby Friedman
“Ele tem um passado incrível e o seu percurso político é extraordinário. Estamos a falar de uma pessoa que, quando era jovem, era extremamente à direita — uma pessoa chegou a descrever-mo como “mais à direita do que a Maria Antonieta” — e agora está do outro lado do espectro político. Isso é uma mudança e peras.
Ele tem também uma vida pessoal bastante colorida: a sua mulher [Sally Bercow] chegou a aparecer enrolada num lençol numa fotografia de jornal, no Evening Standard. E participou no reality-show Big Brother. Portanto, isto tem sido uma espécie de novela.
Sobretudo agora, com o Brexit, há uma combinação de fatores que nos levam a prestar-lhe atenção. Mas sempre houve qualquer coisa de diferente em John Bercow, algumas coisas positivas, outras negativas. Não há dúvidas de que ele não é totalmente ‘normal’ e creio que é isso que fascina as pessoas.”
Sebastian Whale
“Há algumas dúvidas sobre até que ponto Sally Bercow, com quem ele casou em 2002, o influenciou [politicamente]. Há quem diga que ela foi a força motriz que o fez mudar de opinião em questões sociais como os direitos LGBT, mas este percurso dele começou ainda antes de eles se terem casado, quando votou a favor de baixar a idade de consentimento em atos sexuais entre pessoas do mesmo sexo para os 16 anos. Embora Sally possa ter tido alguma influência, creio que o papel dela no percurso político de John é exagerado. Ela pode ter-lhe indicado um caminho, mas foi ele que o trilhou. Bercow é um homem que tem visões muito próprias e não é pessoa de ir atrás dos outros.”
Bobby Friedman
“As questões ao primeiro-ministro [debate semanal na Câmara dos Comuns] são um grande ato de teatro político e Bercow assumiu um papel de destaque nesse teatro através das suas intervenções atípicas.
Ele adora ser o centro das atenções. Adora o som da própria voz. Isso é parte da sua motivação psicológica, ele gosta de subir ao palco e agarrar a atenção dos que estão em volta. O Brexit demonstrou ser a oportunidade ideal para o fazer.”
Sebastian Whale
“Devido à sua personalidade, Bercow tornou-se um nome conhecido não apenas no Reino Unido, mas também nos Estados Unidos e na Europa. Isto é uma posição relativamente nova para um speaker, já que normalmente eles são ouvidos, mas não são vistos. E pode dizer-se que Bercow não se afastou desse papel.”
A vida na política antes de ser speaker
Sebastian Whale
“Bercow entrou no Parlamento como um conservador dos tempos de Thatcher e atirou-se ao trabalho. Enquanto foi um backbencher, sempre disse que gostaria de ter um cargo no governo ou no governo-sombra, para depois dizer que gostaria de voltar a ser backbencher quando o obteve. Esteve na equipa de liderança do [governo-sombra de] Iain Duncan Smith e demitiu-se quando o líder indicou disciplina de voto contra o direito de adoção para casais gay. [O líder tory] Michael Howard, com quem Bercow nunca se deu bem, demitiu-o do cargo de ministro-sombra do Desenvolvimento Internacional em setembro de 2004. A sua relação com David Cameron azedou durante a corrida à liderança do partido em 2005, quando Bercow questionou se o partido necessitava de outro líder vindo da velha [escola] de Eton. Ele fala frequentemente de como teve dificuldades em ser um jogador pela equipa e em manter as suas opiniões privadas.”
Bobby Friedman
“Ele sempre adorou discursar na Câmara dos Comuns. As pessoas chamavam-lhe Jack in a Box [brinquedo de criança em que uma figura sai de dentro de uma caixa repentinamente], porque ele estava sempre aos saltos, a tentar fazer mais perguntas do que qualquer outro deputado na Câmara dos Comuns. Era incrivelmente ativo. E quando era um deputado mais novo, nos seus trintas, a Câmara dos Comuns era mesmo a sua vida, todo o seu foco estava ali.
Mas sempre teve dificuldades em lidar com figuras de autoridade e sempre se chateou muito facilmente com outras pessoas. A razão pela qual ia repetidamente parar aos bancos lá de trás da Câmara era porque uma e outra vez se zangava com os líderes do Partido Conservador. A deputada Ann Widdecombe disse em tempos que Michael Howard tinha “algo de sinistro”. Quando Howard se tornou líder dos conservadores, em 2003, John Bercow foi ter com ele e disse-lhe, na cara, que Ann Widdecombe tinha razão. Portanto, várias foram as vezes em que as suas incapacidades nas relações pessoais interferiram no seu percurso político.”
Sebastian Whale
“Ele sempre foi uma figura algo isolada nos bancos dos conservadores e até houve rumores de que ele poderia desertar para o Labour de Gordon Brown. David Cameron e Bercow davam-se tão mal que o governo tentou até retirá-lo do cargo de speaker no último dia de funções do Parlamento de 2015, ao mandatar que a eleição do presidente da Câmara passasse a ser por voto secreto.”
Bobby Friedman
“Já antes isso havia sido notado. Ele era membro do Partido Conservador, mas a razão pela qual foi eleito para speaker assentou no seguinte: sempre existiu uma convenção de que o cargo tem de rodar pelos partidos. Os dois speakers anteriores tinham sido trabalhistas, portanto fazia sentido o Labour votar agora num conservador. Mas eis que o então líder do Partido Conservador detestava John Bercow e, por essa razão, os trabalhistas votaram nele só para melindrar David Cameron.”
Sebastian Whale
“Mas não tenho dúvidas de que os anos de Bercow nos bancos de trás dos Comuns instilaram nele o compromisso para dar mais poder aos Comuns, sobretudo a seguir ao mandato do seu antecessor, Michael Martin. Ao mesmo tempo, também penso que esse período serviu para o encorajar a tentar limitar os excessos executivos e garantir que o governo era escrutinado a sério.”
O futuro de Bercow — e do cargo de presidente da Câmara dos Comuns
Sebastian Whale
“John Bercow será em parte recordado como um speaker muito reformador, que avançou com as mudanças que queria ver feitas de forma por vezes agressiva e sem cedências. A ironia do seu mandato é que o excesso de zelo dos últimos tempos pode levar a que os poderes do speaker comecem a ser mais limitados pela própria Câmara. Se assim for, o poder dos backbenchers também poderá ser enfraquecido. Na verdade, muito depende daquilo que o seu sucessor fizer no cargo. Se tentar imitar o estilo exibicionista de Bercow e o mesmo desejo de ser parte da história política, então o cargo pode ter sido transformado para sempre.”
Bobby Friedman
“Creio que isso depende de quem ganhar a eleição para o cargo de presidente da Câmara. Se for Harriet Harman, que é a candidata da continuidade, o papel continuará a ser muito semelhante àquele que ele representa agora. Se for qualquer um dos outros, será um recuo para a posição que existia antes. Não creio que regressaremos exatamente ao ponto em que estávamos, mas em termos de parcialidade, parece-me que o mais provável é que o próximo speaker seja mais neutro.
Acho que Bercow ficará para a História como o presidente da Câmara dos Comuns mais polarizador dos tempos modernos. Creio que continuarão a ser feitas perguntas sobre as acusações de bullying. Da maneira que a política britânica está neste momento, porém, acho que a maioria das pessoas irá olhar para o legado dele conforme as lentes que têm em relação ao Brexit: para aqueles que querem travá-lo, Bercow é um herói; para aqueles que querem o Brexit, Bercow é um vilão. E acho que é dessas duas formas que ele acabará por ser recordado.”
Sebastian Whale
“Tendo em conta a propensão de Bercow para falar, seria um choque se ele de repente saísse do centro das atenções. Acho que, tendo em conta a sua popularidade internacional, irá gozar de uma carreira lucrativa no circuito de conferências internacional. Também tenho a informação de que tenciona escrever um pouco.”
Bobby Friedman
“Tenho a certeza que ele não vai desaparecer discretamente. Consigo imaginá-lo a tornar-se diretor de uma faculdade em Oxford ou Cambridge. Mas acho que ele irá continuar a querer estar envolvido na política e vê-se a si próprio como um estadista — razão pela qual deverá tentar obter um grande cargo. Quem sabe qual será? Pode ser na NATO ou noutra organização internacional… Até na própria UE, talvez. De qualquer forma, ele irá continuar a ter um papel ativo.”
Sebastian Whale
“Seja qual for o caminho que ele escolher, tenho a certeza que esta não foi a última vez que ouvimos falar de John Bercow.”