Pedro Pinto, líder parlamentar do Chega, considera que o PSD está, cada vez mais, a transmitir uma “sensação” de que “prefere estar colado ao PS” do que fazer parte de um acordo que inclua o partido liderado por André Ventura. Ainda assim, num cenário em que fosse preciso viabilizar um governo social-democrata ou deixar o PS manter-se no poder, não deixa espaço para dúvidas: “Era impossível o Chega dar a mão ao PS.”
Em entrevista nas jornadas parlamentares, em Évora, admite que o partido tem orgulho em estar sozinho à direita (“Não estamos aqui para ser fofinhos”) e promete trabalhar para ultrapassar o PSD, um objetivo já estabelecido por André Ventura. Até lá, aponta ao PSD e à IL, que fizeram “juras de amor um ao outro” e que estão em clima de “namoro”.
Depois da promessa de que o Chega levará a cabo uma “ação firme” enquanto o Presidente do Brasil estiver a discursar no dia 25 de Abril, Pedro Pinto — questionado sobre se as razões se prendem com a corrupção ou com a postura relativamente à guerra na Ucrânia — aponta que a “grande diferença” entre Lula e Bolsonaro é o facto de o atual Presidente ter estado preso.
Esta semana o PSD voltou a apertar o cerco ao Chega relativamente à possibilidade de haver um acordo entre os dois partidos. André Ventura, nas jornadas parlamentares que decorrem aqui em Évora, já disse ter percebido que o Chega não pode contar com ninguém e que tem de caminhar sozinho. Estamos perante uma mudança de narrativa?
Não, estamos perante factos e evidências e o que tem acontecido ultimamente, particularmente na entrevista que Luís Montenegro deu a um canal televisivo, é que não fechou a porta ao Chega, mas deu a sensação de que prefere estar colado ao PS do que um acordo à direita que inclua o Chega. Não nos podemos esquecer que o Chega é a terceira força política, todas as sondagens nos dão valores de 13, 14, 15% e se calhar até mais, portanto temos a nossa força — esta é uma realidade que Luís Montenegro não quer ver, mas vai ter de ver. Não há uma mudança de retórica, continuamos na mesma e se tivermos de continuar tranquilamente sozinhos a fazer o nosso caminho e a lutar pelos portugueses é isso que vamos fazer.
O Chega costuma utilizar o jargão do antigo regime (Deus, Pátria e Família e acrescenta-lhe Trabalho). Está agora “orgulhosamente só” à direita?
Estamos sós à direita com muito orgulho. Para além de Deus, Pátria, Família e Trabalho que acrescentámos porque somos um partido de trabalho…
O que é que vos deixa orgulhosos de estarem à direita sozinhos?
Se não há outro partido de direita que não tenha medo de se assumir de direita séria e que prefira acordos com o PS e com este Governo que tem afundado o país então não podem contar connosco. A direita somos nós. Se a IL não é de esquerda nem de direita e eles próprios dizem isso; se o PSD prefere fazer um acordo com o PS para viabilizar uma solução de governo minoritária, então o Chega está isolado à direita e muito bem.
Quer dizer que se hoje houvesse eleições o Chega não quereria fazer parte de um governo liderado pelo PSD?
O Chega irá sempre a eleições sozinho, estaria fora de questão qualquer tipo de coligação antes das eleições…
… estamos a falar de um acordo pós-eleitoral.
O pós-eleitoral não depende do Chega, depende do PSD, que na última semana, inclusive com as declarações de Luís Montenegro na chegada a Lisboa. Isto quando vinha de uma viagem de comboio. O que é curioso: fez a mesma viagem que o Chega já tinha feito há uns meses. O PSD copia um pouco o que o Chega vai fazendo… Se as declarações são essas e se tenta fugir do Chega para tentar eleitorado do centro-esquerda, então não contem connosco.
André Ventura disse que o Chega anda sempre um “passo à frente do seu tempo”, agora acusa o líder do PSD de estar a copiar o partido. Em que circunstâncias é que o PSD foi atrás do Chega?
A viagem de comboio é um dos exemplos. E quem trouxe o debate da imigração para a cena política foi o Chega e agora parece que o PSD é que fala de imigração como se falasse há muito tempo. O PSD sempre se escondeu dos temas fraturantes da sociedade e agora vem falar de imigração, mas de forma fofinha, e não [diz] como é que se tem de resolver um problema que é real. O PSD não traz soluções. Nós temos uma solução para a imigração, tem de haver contratos de trabalho, precisamos de imigrantes, mas não podem vir todos… É imigração descontrolada por culpa das políticas socialistas e que acabam por ser apoiadas pelo PSD.
Filipe Melo, deputado do Chega, disse no programa Vichyssoise, do Observador, que tinha de haver uma diferenciação por nacionalidade. Afinal, a questão é a nacionalidade ou não haver contratos de trabalho?
Nós defendemos claramente que as pessoas para virem para Portugal têm de ter contratos de trabalho.
Então não interessa qual é que é a nacionalidade.
Não interessa a nacionalidade, interessa é terem contratos de trabalho. Não nos interessa que pessoas venham para Portugal para viver à conta do Estado, interessa que venham trabalhar. Temos é de perceber a questão das quotas, onde é que fazem falta pessoas… defendemos quotas e contratos de trabalho.
Mas a par desses contratos de trabalho, o Chega também disse que há nacionalidades que são mais bem-vindas do que outras. Foi dado o exemplo de que uma pessoa do Paquistão ou do Afeganistão não é igual a um imigrante da Suíça, de Angola ou do Brasil.
Como é óbvio.
Por que é que é óbvio?
O Afeganistão vive há 30 anos em guerra, essas pessoas que vêm para Portugal e tivemos uma prova provada com o que aconteceu no Centro Ismaili…
Que as autoridades dizem que foi um ato isolado.
Isso é o que as autoridades dizem, esperemos que seja um ato isolado. Por acaso o diretor nacional da PSP disse que já estavam à espera disto há muito tempo…
A ideia de que a polícia precisava de estar de prontidão para uma questão do género e não o caso de um imigrante cometer um crime.
Vamos a factos reais. Infelizmente aconteceu e só morreram duas pessoas porque a PSP interveio prontamente, senão estaríamos a falar de cinco ou dez, não sabíamos quantos mortos podia haver naquele dia e se calhar estaríamos a falar de terrorismo ou de um homicídio em série. O que não podemos é dizer que é igual um imigrante vir do Afeganistão ou da Suíça ou do Brasil ou de Angola, que não estão em guerra. Aquelas pessoas do Afeganistão que chegam andaram 30 anos em guerra, vêm com os traumas de guerra e têm de ser acompanhadas de outra maneira e onde o Governo falhou… os outros partidos vieram dizer que somos racistas, mas isto é uma questão de lógica e do que aconteceu. Houve um falhanço do Governo porque essas pessoas têm de ser acompanhadas de outra maneira e ficaram ao abandono.
André Ventura diz que há uma “combinação” entre o Presidente da República e o PSD para afastar o Chega. Acredita que Marcelo não daria posse a um Governo apoiado pelo Chega?
Essa pergunta terá de ser feita a Marcelo Rebelo de Sousa e não ao Chega. Nós achamos que se tivermos votos suficientes, e por isso é que pretendemos ser até ao fim do ano ou no primeiro trimestre de 2023 a segunda força política em Portugal, não há nenhum Presidente da República que nos possa dizer que o Chega não pode governar.
Na semana passada, o líder parlamentar da IL, Rodrigo Saraiva, abriu hipóteses para um “Governo PSD/IL sem maioria absoluta” e Miranda Sarmento, líder parlamentar do PSD, concordou e disse que existe uma “proximidade que não existe com o Chega”. Também há uma combinação entre PSD e IL para afastar o Chega?
É normal porque são ambos partidos fofinhos. Existe um namoro, percebe-se que até no Parlamento já fazem quase juras de amor um ao outro, quase não se atacam. A nossa maneira de fazer política é ir à verdade, à essência das questões. Não estamos aqui para ser fofinhos, estamos aqui para dizer a verdade às pessoas. A IL, se o Governo do PS não tivesse maioria absoluta, seria a primeira a dar a mão ao PS nas últimas eleições, por isso é que não dizem se são de esquerda ou de direita. Agora, esta nova liderança da IL está a fazer uma colagem nesse namoro com o PSD.
O Chega acusa o PSD de preferir ficar nas mãos do PS para ver aprovado um governo minoritário, mas o Chega nunca disse claramente se preferia aprovar um governo minoritário do PSD, para o qual não fosse convidado, ou se dava espaço ao PS para apresentar uma solução. Para ficar esclarecido: nesse cenário qual era a opção do Chega?
Há um cenário que nunca colocamos: era impossível o Chega dar a mão ao PS. Nem se mete em equação. Já corremos com o socialismo dos Açores e no continente nunca iríamos dar a mão ao PS, está completamente fora de questão.
Então, se o PSD apresentar um governo e não convidar o Chega, o partido ou vai votar a favor ou abster-se.
Teríamos de ver como é que será esse orçamento ou esse governo. Há uma coisa que vamos lutar até à última gota de suor, que é para sermos governo de Portugal, ganhar eleições e ficar à frente do PSD. Se ficarmos à frente do PSD essa questão tem de pôr ao PSD e não ao Chega…
Não é o que as sondagens dizem, pelo menos para já.
Um ano depois deste Governo o Chega já subiu sete pontos nas sondagens, o PSD subiu 0,2 ou 0,3. Por aí se vê o crescimento exponencial do Chega e o do PSD. O único partido que está a crescer de verdade é o Chega.
O Chega vai ficar no hemiciclo quando Lula da Silva discursar. O que estão a preparar? Vão vestir frases, já colocaram máscaras, já colocaram cartazes com a cara de Catarina Martins…
O Chega é sempre uma surpresa e no dia 25 de Abril haverá algo. Uma coisa que não fazemos é esconder-nos. Estivemos na conferência de imprensa e a IL que dizia que combate a luta de Lula da Silva ficou em silêncio. Quando se trata de falar das coisas essenciais ficam em silêncio.
A IL já disse que vai estar representada no hemiciclo só com um deputado por uma questão de formalismo.
Obviamente que não vamos anunciar o que vamos fazer. Estão várias coisas em cima da mesa, já houve essa conversa, mas não admitimos que Lula da Silva venha e que se confunda em Portugal o dia da Revolução dos Cravos e da liberdade com a vinda do Presidente brasileiro. Foi uma encenação feita por Marcelo Rebelo de Sousa, quer pelo presidente da Assembleia da República e pelo ministro João Cravinho.
Qual é a principal razão para o Chega ser contra a presença de Lula da Silva: a corrupção ou a posição sobre a guerra na Ucrânia?
Existe uma amizade grande entre Portugal e o Brasil, Lula da Silva ganhou as eleições quer gostemos ou não e reconhecemos isso, agora não podemos misturar a Revolução do 25 de Abril com a vinda do Presidente brasileiro a Portugal.
Por causa da corrupção ou por causa da posição sobre a guerra?
Por variadíssimas razões, por ser o dia da Revolução dos Cravos, por dizer respeito à democracia portuguesa e que não gostaríamos de confundir com nenhum outro país, inclusive o Brasil. Outro, a guerra na Ucrânia, que somos totalmente contra a posição do Presidente brasileiro.
A posição do ex-Presidente brasileiro, que foi convidado pelo Chega para estar num evento organizado pelo partido, é a mesma. As posições do Brasil nesta componente externa são coerentes nos últimos tempos e o próprio Vladimir Putin disse, na altura das eleições, que tinha “boas relações” com os dois…
Nunca em relação ao caso da guerra foi tão declarada [uma opinião do Brasil] como Lula da Silva disse na China. Nunca foi tão declarado. O que está em causa é que Lula da Silva disse [aquilo na China] e Bolsonaro não disse.
Bolsonaro esteve até com Vladimir Putin…
Mas em relação à guerra nunca se ouviu uma expressão idêntica à que usou Lula da Silva. E depois há o fator corrupção, que é fundamental, senão qualquer dia também vamos ter José Sócrates no 25 de Abril a comemorar… temos de ter um bocadinho de decência e de vergonha. Lula da Silva não é bem-vindo a Portugal, vamos dizer isso claramente, vamos fazer talvez uma manifestação que certamente vai ter milhares de pessoas, a comunidade brasileira está muito empenhada e hoje já houve contactos com a comunidade ucraniana que se quer juntar à manifestação devido às declarações de Lula da Silva. Não podem é pedir que o Chega não assista à cerimónia ou não vá à Assembleia, ali é a nossa casa, fomos eleitos deputados com os votos do povo português e Lula da Silva não.
Ainda sobre a corrupção, a Transparência Internacional acusou em janeiro Bolsonaro de criar o “maior esquema de corrupção institucionalizada” de sempre no Brasil. Isso já não afeta o Chega estar ao lado de Bolsonaro em Portugal?
Vai uma grande diferença entre o que diz a Transparência Internacional e a verdade. É um órgão internacional, mas Jair Bolsonaro foi preso? Lula da Silva foi…
Acabou por ser formalmente absolvido.
Temos de saber como é que foi solto, mas foi preso. Jair Bolsonaro não foi preso e há aqui uma grande diferença.
Toda a gente é inocente até prova em contrário.
Mas também sabemos como saiu da prisão, qual foi o tribunal que o tirou da prisão, sabemos das histórias todas.
A questão é que a Transparência Internacional acusou em janeiro Bolsonaro de criar o “maior esquema de corrupção institucionalizada” de sempre no Brasil e é convidado do Chega.
Também tivemos o Parlamento Europeu que disse que a Rússia foi considerada um Estado terrorista, propusemos isso no Parlamento português e o PSD absteve-se e o PS votou contra. Disseram uma coisa no Parlamento Europeu e fizeram outra no nosso país.
Está a fugir ao tema. A corrupção brasileira não é tão má quando se trata de Jair Bolsonaro como quando é Lula da Silva?
Nunca fugimos dos temas. A corrupção é tão má para um como para outro. A questão é: Jair Bolsonaro foi condenado, está em tribunal com vista a ser preso? Não. Se vem a Transparência Internacional daqui, dali ou de acolá… podem vir o que quiserem. A questão é: Bolsonaro foi preso? Não. Lula da Silva foi? Foi.
Está disponível para perder um ou mais deputados da bancada parlamentar para a Europa?
A seu tempo irão saber-se quais serão as listas dos candidatos às eleições Europeias. O Chega tem um bom grupo parlamentar. Além de André Ventura o Chega tem mais 11 deputados que têm feito um trabalho meritório e é normal que as pessoas pensem que dentro do grupo parlamentar sairá alguém para a Europa.
Olhando para os 12 deputados do Chega, algum que lhe salte à vista nas questões da Europa?
Essa questão nunca se pôs, reúno diariamente com o presidente André Ventura e nunca falámos sobre isso.
Será novamente uma decisão de André Ventura?
Sim, que será aprovada ou não pela direção nacional. Mas as pessoas sairão de André Ventura porque é perfeitamente normal.
O Chega tem-se queixado muitas vezes de falta de imparcialidade para definir a atitude de Augusto Santos Silva para com o Chega. Na semana passada voltou a haver um desentendimento, desta vez com Edite Estrela. Com tantos episódios do género, podemos dizer que os deputados do Chega também contribuem para esse clima?
Creio que não, não estavam era habituados a que houvesse oposição séria e a sério naquele Parlamento. Todos diziam o que lhes apetecia e não havia ninguém que fizesse oposição. A nós já nos chamaram de tudo: abutres, racistas, fascistas, xenófobos e nunca ninguém vê nada. A questão é que não existe um critério igual entre Augusto Santos Silva e Edite Estrela e é diferente interromper um orador quando já passou o tempo, acontece com todos os partidos, do que interromper um orador e não se calar e, pior, meter-se e dar opiniões sobre o que o deputado está a dizer.
Edite Estrela é pior do que Augusto Santos Silva?
O papel do presidente da Assembleia da República é tirar a camisola de deputado do PS e liderar a Assembleia da República e Augusto Santos Silva não o tem feito e Edite Estrela, ultimamente, também não o tem feito. Têm sido muito parciais, particularmente em relação ao grupo parlamentar do Chega.
Chamar “senil” a uma vice-presidente da Assembleia da República não é ultrapassar um limite para com um cargo desta dimensão no Parlamento?
Poderá haver, no calor do debate, da mesma maneira que nos chamam… eu sei que os jornalistas estão de frente para a nossa bancada, mas olhem para a bancada do PS e reparem nos nomes que nos chamam, particularmente na ala mais atrás da bancada. E metam-se no nosso lugar. Poderá haver algum exagero de vez em quando em alguma expressão infeliz, sim. Também não somos nenhuns santos, nem estamos aqui a dizer que não houve essa expressão, mas certamente que conteúdo não era literal, tal como quando nos chamam a nós não é literal.
Mas admite que pode ter havido falta de respeito?
Como aconteceu em diversos episódios que houve na democracia portuguesa. Há debates mais calorosos, mais aguerridos, que as pessoas sentem mais no coração e às vezes o coração também fala. Não só do Chega, já tivemos deputados do PSD a bater na mesa e a interromper uma sessão parlamentar e ninguém falou nisso. Ou deputados do PS a interromper deputados do Chega. Por que é que ninguém perguntou a Eurico Brilhante Dias? Porque é que os seus deputados se portam mal ou a Joaquim Miranda Sarmento por que é que interromperam? e perguntam ao Chega.
O impacto é maior no Chega pelas vezes que acontece.
É bom sinal que o impacto seja maior, é sinal que o Chega está a subir…
O comportamento também não é igual.
Olhe que não, olhe que não. Veja o comportamento dos outros partidos, mas o Chega são 12 e estão debaixo dos holofotes, essa é que é a grande diferença.
No passado atribuíam as palavras de Augusto Santos Silva ao facto de estar a preparar uma candidatura a Belém. Tornou-se algo habitual? Qual é a razão para agora se ter expandido a Edite Estrela?
Não é bom para a democracia que se torne uma coisa habitual. Houve o que houve com Augusto Santos Silva no passado e creio que ele próprio percebeu que o comportamento não era o que tinha de tomar…
Mudou de comportamento?
Não sei se mudou, mas percebo que nunca mais houve confronto entre a bancada do Chega e Santos Silva. Alguma coisa teve de mudar e não foi da nossa parte.
Só para esclarecer: acha que deixou de haver confronto entre Augusto Santos Silva e o Chega?
Não é essa a questão, acho que percebeu que confronto que queria fazer connosco não era salutar para a democracia e até para uma possível candidatura presidencial. O caso de Edite Estrela vem de sempre. Quem está a ver não tem os tempos, mas Santos Silva é um presidente que dá muito tempo extra. Vamos imaginar que há um debate e a meio entra Edite Estrela, o partido político que vem a seguir tem menos 30 ou 40 segundos e isso não faz sentido acontecer. É uma dualidade de critérios. Edite Estrela interromper o deputado Pedro Frazão da maneira que interrompeu e dar opinião…
Edite Estrela esteve, na visão do Chega, pior do que Santos Silva?
Está ali para presidir à sessão e não para dar opinião…
Mas foi pior o que fez?
Sim, porque interrompeu um deputado que estava focado num tema. Interrompeu e tem de guardar opinião para ela.