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JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Soraia Chaves é Natália Correia: "Fazer esta personagem mudou a minha vida"

Treze anos depois, Soraia Chaves conseguiu descolar-se da sensual Amélia. Esta sexta-feira, chega ao horário nobre da RTP com "3 Mulheres". A atriz interpreta a poetisa Natália Correia.

Há treze anos, Soraia Chaves conquistava um lugar no cinema português. Não foi bom nem mau, foi o seu primeiro. Depois de interpretar Amélia em O Crime do Padre Amaro, tornou-se uma presença intermitente na sétima arte e na televisão. Vem e vai, movida pela necessidade de representar, mas também de se retirar para estudar, viajar ou simplesmente descansar de um mediatismo que a esgota. Agora, voltou e com um papel que vale qualquer regresso. 3 Mulheres, série histórica que se estreia esta sexta-feira, às 22h30, na RTP 1, recorda, por meio da ficção, quem foram Natália Correia (por Soraia Chaves) , Maria Armanda Falcão (por Maria João Bastos) e Snu Abecassis (por Victoria Guerra).

Para o papel que lhe mudou a vida, Soraia, de 36 anos, partiu do zero, com poucos referências da poesia de Natália e sem ideias pré-concebidas sobre quem foi a poetisa, a deputada e a ativista. “Se me querem conhecer, leiam a minha poesia”, terá dito um dia. A atriz seguiu o conselho, aventurou-se nos versos, na sátira e no erotismo e ficou-se pela frescura dos 30 anos de Natália Correia. As semelhanças físicas chamaram a atenção de Fernando Vendrell, o realizador. Percebemos o que viu na atriz no instante em que esta se sentou no Botequim, bar histórico lisboeta, segunda casa de Natália Correia. O olhar e o cigarro não enganam. Soraia é Natália.

Antes do convite para participar na série, que relação tinha com esta personalidade?
Não existia, confesso. O nome era-me muito familiar, tinha as recordações de muita gente que me falava dela, mas estava muito limpa, não tinha nenhuma ideia pré-concebida, por muito superficial que fosse. Tudo o que descobri sobre a Natália foi a partir do momento em que soube que ia interpretá-la. O que foi ótimo para mim. E percebi, à medida que fui encontrando pessoas e falando com elas, que toda a gente tem ideias muito vincadas sobre quem era a Natália — ‘ela era assim, ela era isto, era aquilo…’. Deparei-me, sobretudo, com uma imagem muito marcada da fase em que ela esteve no Parlamento, da presença dela na política, na televisão, já numa fase mais tardia. Senti-me, de certa forma, privilegiada por não ter essa ideia gravada em mim, porque a série passa-se numa fase anterior a essa. Começa em 1964, acaba em 1973. Foi ótimo porque consegui aproximar-me dessa Natália. Acredito que ela se foi transformando, pelo menos fui observando isso. Ela nunca ficou estagnada, de década para década foi-se transformando numa mulher diferente, mantendo, obviamente, as suas características. Tentei ficar concentrada na Natália dos anos 60, nos seus trintas. Sinto que aí era mais leve, ela que sempre foi muito forte e que, onde estava ou quando falava, deixava marcada a sua voz e a sua presença. Mas quis retratá-la nos seus tempos mais luminosos, leves e sonhadores.

Nesse processo de descoberta de quem foi a Natália Correia nessa fase, foi ficando com mais pica para desempenhar o papel?
A princípio, foi sobretudo assustador. Ela tem uma dimensão gigantesca, é enorme e parecia que tinha dentro dela diferentes mulheres. Por isso, foi preciso optar pela dimensão que queria passar. Para passarmos todas era preciso um filme só sobre ela. Acho que houve uma visão dos autores que ficou impressa na série, foi a faceta artística, a da poetisa, não tanto a mulher da política, pelo menos antes da fase em que foi mais ativa na política. Concentrámo-nos na mulher que, num ambiente de cinzentismo e de opressão, conseguia criar um ambiente de liberdade, de sonho, de criatividade. Era uma mulher sem medo, é isso. Ela decide, em conjunto com o editor da Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica, fazer aquele livro, quase como uma afronta. Foi muito corajoso da parte deles, e acho que foi revolucionário. Ela não tinha medo disso, gostava disso, queria isso, achava isso importante.

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Soraia Chaves, no Botequim © João Porfírio/Observador

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Foi a primeira vez que teve de representar uma personalidade histórica tão recente?
Sim e as pessoas ainda têm a tal ideia muito vincada. Mas foquei-me na poesia e na intimidade dela e isso deu-me liberdade. Há um livro muito bonito e muito completo, a Fotobiografia de Natália Correia [de Ana Paula Costa], e que estava esgotado em todo o lado. Esse livro mostrou-me algo que era distante da ideia que tinha dela, uma sensualidade e uma força, tudo ao mesmo tempo. Nesse livro, a autora cita a Natália, que dizia: ‘Se me querem conhecer, leiam a minha poesia’. É o mais íntimo dela. Tentei partir sempre dos escritos dela, onde ela revela muita complexidade, uma ligação ao universo mais sobrenatural e a uma presença na terra que não é só palpável. Há muita ligação com os mitos, com os astros… há algo de mágico. E, naturalmente, da força do feminino, como se o feminino estivesse, de certa forma, numa esfera superior. Como se fosse sagrado.

E porque é que foi escolhida para fazer este papel?
Acho que o Vendrell nos achou fisicamente parecidas. Quando falou comigo pela primeira vez, eu disse: ‘Como assim?’. Tinha uma ideia diferente dela, não estava a perceber como é que ia fazer esta personagem. Quando fui procurar outras imagens, consegui perceber. Ela reunia muito os amigos, as tertúlias em casa dela eram muito conhecidas na altura. Eles passavam noites inteiras a beber champanhe e a dizer poesia. Então, comecei a perceber quais as semelhanças. O projeto demorou algum tempo até ser concretizado, houve diferentes versões da série, foi sendo adiada e, a dada altura, o próprio Vendrell ficou com dúvidas se seria eu a Natália e disse-me que queria fazer uma audição. Já estava há algum tempo a fazer trabalho de pesquisa, a ler a poesia. Aliás, da primeira vez que ele me falou nisto, disse que não. Disse-lhe que não fazia porque não ia ter tempo. Era preciso um trabalho de investigação, de voz, de corpo, um trabalho de construção e nunca ia ter tempo. Portanto, ele foi adiando.

Acha que ficou com a personagem mais forte? A mais forte das três mulheres?
Todas são muito fortes à sua maneira. A Natália, onde está, ganha o espaço, domina o espaço. Ela interrompe as falas dos outros, fala mais alto, tem essa presença. A Snu, por exemplo, é delicada e elegante de uma forma incrível. Ela é muito importante na nossa história recente. Lança a Dom Quixote, uma visão, um conhecimento revolucionário. E a Maria Armanda também. A Natália é que tinha uma forma mais expansiva e, talvez por isso, pareça mais forte.

"De certa forma, fazer esta personagem mudou a minha vida. Já recebi algo dela e sinto-me muito grata por isso. Ao conhecê-la, parece que fiquei mais segura de que posso realmente ser assim, ser como sou, ter essa força. Com a sua forma de estar e o seu despudor, passou-me uma certa coragem."

Encontrou algum ponto comum entre si e esta Natália?
Identifiquei-me com esse lado sonhador, esse lado de viver com uma recusa em pertencer só ao que é terreno e de gostar de viver no sonho, no vai para lá do palpável. É uma forma livre de viver, não é ser inconsequente. É não estar presa a regras.

É um lado seu que está tão desenvolvido como estava o da Natália?
Não, sem comparações. Ela inspirou-me muito. De certa forma, fazer esta personagem mudou a minha vida. Já recebi algo dela e sinto-me muito grata por isso. Ao conhecê-la, parece que fiquei mais segura de que posso realmente ser assim, ser como sou, ter essa força. Com a sua forma de estar e o seu despudor, passou-me uma certa coragem. E também esta tal ligação à poesia. Sendo uma leitora não era uma leitora de poesia. Não é que seja difícil, mas não tinha uma ligação, não entendia a poesia. Antes de passar para a Natália, descobri muitos outros poetas. Aos poucos, durante meses, consegui entender a poesia. O Rui de Luna, o meu professor de voz, foi muito importante nesse processo. Ele é um grande cantor de ópera, muito erudito e tem muito esta ligação à poesia. Durante dois meses, estive a trabalhar com ele diariamente. Recitava poesia, enquanto ele tocava piano.

Soraia Chaves na pele de Natália Correia, na série "3 Mulheres" © Cristóvão Campos

CRISTOVAO@EI

Além daquilo que diz ter mudado em si própria, há algo da Natália Correia que chega a todas as mulheres?
Quem tiver essa sensibilidade, ou essa vontade, vai descobrir isso. Não faria essa generalização, mas sim, acho que quem tiver essa abertura vai chegar aí. Ela era uma mulher muito forte, que respeitava muito as mulheres, e, tendo conhecimento da forma como a mulher foi tratada ao longo da história, ela era uma reacionária, ela não concordava com essa posição que foi imposta à mulher e agia contra isso. Ela falava muito da origem, de como a mulher era tão poderosa como o homem ou mais até. Acreditava que a mulher é o ser que dá a vida, o que tem mais poder. Basicamente, ela tentava recuperar a força, a importância e o respeito que se deve à mulher e que foi camuflado e enclausurado ao longo da história. Isso pode ser inspirador para qualquer pessoa, seja mulher ou seja homem. Qualquer homem poderá também aprender muito com a Natália, ou com alguém como ela. O que ela tenta fazer é devolver uma força que foi retirada injustamente, neste caso, à mulher, porque a história evoluiu nesse sentido.

E é um trabalho que continua a ser pertinente hoje.
Foram muitos séculos. Só agora é que a mulher começa a ganhar uma nova posição na sociedade e, mesmo assim, estamos a falar do mundo ocidental. E, mesmo dentro do mundo ocidental, sabemos como é que as coisas continuam a funcionar. Há muita tradição, as coisas estão muito enraizadas, embora tenham havido mudanças em alguns nichos da sociedade.

Há um filtro que continua a ser imposto à mulher. Sente isso no seu dia-a-dia, no seu trabalho?
Não, sinto-o no geral como acho que qualquer pessoa sente. Não falo disto como uma bandeira. Para mim é importante defender o direito de todos os seres que sejam tratados de forma repressora, seja uma mulher, uma minoria ou alguém que é diferente. A questão da sexualidade, da nacionalidade, a questão da classe — há vários elementos da sociedade que são reprimidos, que são julgados, que são injustamente postos de lado, tratados de forma desigual, humilhante até. Se tivesse uma bandeira seria a do respeito pelo outro, a do respeito pela diferença, em geral. Não gosto de usar a bandeira do feminismo como se as mulheres fossem os únicos elementos da sociedade que sofrem com a diferença. O que não é igual sempre foi alvo de uma repressão.

Estreou-se no ecrã há 13 anos. Tem sido uma carreira de altos e baixos? Sentiu-se mais esquecida em alguns momentos do que noutros?
Desde que comecei que não me falta trabalho. Quando desligo é por opção. Saio quando não quero estar tão ativa, quando preciso de estudar, de viajar, quando preciso de fazer as minhas coisas. Esse ‘esquecida’ não existe, o que existe é a minha necessidade de me afastar, de parar, de fazer coisas em paralelo e, quando chega a altura, de voltar. É assim que tenho gerido a minha carreira. Os estudos foram muito importantes. Comecei com um projeto de enorme sucesso, facilmente poderia ter continuado a trabalhar sem parar. Mas não quis continuar em televisão, até porque era importante ir fazer a formação que não tinha. Fui para Nova Iorque e fui para Madrid, onde passei três anos a fazer essa formação sem estar preocupada com a eventualidade de perder o meu lugar. Nunca me preocupei com isso, preocupo-me com a construção de mim mesma, com o meu caminho e com o meu enriquecimento. Os estudos fizeram parte, as viagens também fazem parte.

"Se tivesse uma bandeira seria a do respeito pelo outro, a do respeito pela diferença, em geral. Não gosto de usar a bandeira do feminismo como se as mulheres fossem os únicos elementos da sociedade que sofrem com a diferença."

Havia também uma confiança e uma certeza de que, ao regressar, teria esse lugar de volta?
Não, há uma confiança naquilo que acredito ser importante para mim. Depois, o que acontecer acontece. Recentemente, estive dois anos parada, afastada da televisão, por opção também. Claro que houve também um receio — ‘Será que as pessoas ainda querem trabalhar comigo?’. Mas, na verdade, estava tranquila, estava à espera do projeto certo. E esse projeto foi precisamente este. As 3 Mulheres trouxeram-me de volta. Achei fascinante e um enorme desafio para mim enquanto atriz e enquanto mulher. Mas sim, sem medos. Ganha-se sempre alguma coisa, mesmo quando se pára.

Parar é uma necessidade cíclica?
É, porque esta profissão é muito intensa. E o mediatismo, estar frente dos holofotes. Não me sinto confortável nesse lugar durante muito tempo. É muita atenção, há muita exposição e é complicado gerir as emoções quando estou constantemente a mostrar-me. Essa exposição torna-me mais frágil porque me sinto constantemente debaixo do olhar dos outros, da crítica e do julgamento. É uma zona um pouco desconfortável.

© João Porfírio/Observador

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Alguma dessa pausas também serviu para se descolar de alguma personagem?
Também aconteceu e foi muito importante para seguir um caminho diferente. No início, associaram-me muito ao O Crime do Padre Amaro e há quem continue a fazê-lo. Existiu, naturalmente, uma ideia de que, enquanto atriz, só conseguia servir aquele tipo de papel, porque o fazia bem. Está tudo certo com isso, mas senti que corria o risco de ficar numa caixa fechada onde só existia aquilo. Isso não quis.

Era injusto?
Percebi que queria mais. E essa era só uma das minhas facetas. Não nego que existe, orgulho-me dela, mas tenho outras, muitas outras. E sabia que, se continuasse a viver desse tipo de personagens, ia ficar muito limitada. Com essa necessidade de expansão vi-me, estrategicamente, obrigada a dizer ‘não’ a alguns papéis. Queria fazer outras coisas. Foi aos poucos e levou algum tempo. Fui conseguindo fazer outras coisas e provar que podia fazer outros papéis. Parar e recusar determinados papéis foi consciente e importante.

Essa relação com o papel também chegou, de alguma forma, ao lado pessoal? As pessoas à sua volta estavam sugestionadas pela personagem Amélia?
Só as pessoas que não me conhecem. Quem me conhece sabe que não sou aquela personagem, sabe que sou outra coisa. É uma faceta de mim que gosto de enaltecer, mas não sou assim no dia-a-dia. Aliás, há pessoas que só conhecem a minha imagem pública e que ficam muito surpreendidas quando me conhecem pessoalmente. Acham-me completamente diferente. Se calhar acreditavam que era mesmo aquilo… Ou então o contrário — pessoas que me conhecem pessoalmente e depois me vêem na ModaLisboa com um vestido do Filipe Faísca ou me ouvem numa entrevista. Sou as duas coisas, só não sou a tempo inteiro, nem uma nem outra.

"No início, associaram-me muito ao O Crime do Padre Amaro e há quem continue a fazê-lo. Existiu, naturalmente, uma ideia de que, enquanto atriz, só conseguia servir aquele tipo de papel, porque o fazia bem. Está tudo certo com isso, mas senti que corria o risco de ficar numa caixa fechada onde só existia aquilo."

Em algum momento o facto de ser uma mulher bonita foi uma desvantagem?
Que me lembre não. A não ser em relação a esse preconceito inicial. Senti isso em entrevistas. Muitas vezes, parecia que o jornalista queria dar ao público aquilo que ele esperava. Senti algum preconceito, como se as pessoas ficassem fechadas na ideia de que era uma mulher que usa o corpo e a imagem. E só viam isso, não viam além disso. Aí senti-me em desvantagem.

Houve algum papel, algum trabalho, que tenha sido especialmente importante no processo de se afastar dessa imagem redutora?
Houve uma fase que começou com o Amor Impossível, do António-Pedro Vasconcelos, onde faço uma personagem que não usa a sua sensualidade, uma mulher madura, desgastada pela vida, infeliz. Talvez tenha sido o primeiro papel em que me afastei um bocado disso. A série Terapia também foi importante nessa fase. E agora, esta 3 Mulheres também vai fazer parte desse grupo. Acho que o Vendrell me escolheu porque viu uma entrevista minha em que digo que quero fazer papéis diferentes. Estou no início de uma nova fase. O que acontece também, e naturalmente, com a idade. Não faria muito sentido continuar a fazer papéis como se tivesse 23, porque não tenho. Fui fazendo o meu caminho, fui acumulando experiências e sou uma pessoa diferente. Tenho outras coisas para emprestar às personagens. E há uma questão que me parece evidente — ou há papéis para miúdas, ou há papéis para mulheres já muito maduras. No meio, há uma espécie de terra de ninguém. Se já não sou a miúda e ainda não sou a mulher, fico ali num limbo. Parece que não há muitos papéis que encaixem. Mas acho que já passei esse espaço e que já faço parte das maduras.

Mas acha que há uma formatação dos papéis a atribuir a umas e a outras? Ou um dia ainda a vamos ver, aos 50, num papel cheio de sensualidade?
Acho que sim. Acho que ser madura não significa… bom, a palavra ‘madura’, começa logo aí… A sensualidade de uma mulher existe sempre, em qualquer fase da vida. Agora, nas histórias que se querem contar, existem os papéis das miúdas e os das mulheres mais velhas. Durante muito tempo, as histórias tiveram quase sempre um homem como ponto central. A mulher foi,  muitas vezes, apresentada como o objeto de desejo ou como a mãe. Havia poucos papéis femininos, a mulher não era o centro da história. Hoje, o espectro é mais alargado, a mulher já é representada de outra forma. E esta série é muito especial nesse sentido também. Porque é uma série de mulheres e elas são o centro da ação.

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