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© Ana Martingo/Observador

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Violência, mensagens obscenas e áudios desconfortáveis. Como Johnny Depp e Amber Heard se enfrentam em tribunal

AVISO

Este artigo contém linguagem e descrições que podem ferir a sensibilidade dos leitores

Insultos vulgares, discussões gravadas e escutadas em tribunal, e um julgamento transmitido em direto. Dos EUA para o mundo, Depp e Heard protagonizam um espetáculo de difamação.

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As chamadas de agentes e produtores deixaram de chegar para Johnny Depp à medida que as alegações de violência doméstica feitas por Amber Heard ganhavam “força em todo o mundo”. No processo de difamação que opõe o ex-casal, a estrela dos filmes “Piratas das Caraíbas”, entre tantos outros, argumenta que a carreira de muitos anos sofreu um duro impacto na sequência das acusações da também atriz. Em tribunal, num processo que arrancou a 11 de abril e que está desde então a ser transmitido em direto, um e outro enfrentam o escrutínio da opinião pública à medida que a relação conturbada de ambos é mediaticamente exposta e fica a nu. E há muito que analisar: um dedo decepado, uma casa destruída e discussões violentas verbal e fisicamente.

De bad boy de Hollywood ao rasto de violência. O que será de Johnny Depp?

É esperado que o julgamento no tribunal em Fairfax, no estado norte americano da Virgínia, dure seis semanas. É também esperado que fique para a história de Hollywood como um momento negro. Johnny Depp, de 58 anos, testemunhou durante quatro dias (o último foi esta segunda-feira, 25 de abril), período durante o qual respondeu às perguntas da sua equipa legal, mas também às do advogado da ex-mulher. Sentado no banco dos réus, Depp ouviu e comentou gravações que mostram uma relação violenta de parte a parte — se por um lado o ator é acusado de apagar um cigarro no corpo de Heard, por outro, ela admite ter dado uma “chapada” ao ex-marido no decorrer de uma discussão. Ainda não é certo quando será a vez de a atriz ser ouvida.

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Quando Johnny Depp conheceu Amber Heard

Johnny Depp e Amber Heard, ele com 58 anos e ela com 36 acabados de fazer, conheceram-se no set do filme “O Diário a Rum”, em 2009, onde o ator interpreta o jornalista Paul Kemp que aceita uma proposta de trabalho em Porto Rico. A história trazida para o grande ecrã resultou de uma adaptação do livro com o mesmo nome de Hunter S. Thompson, que na vida real era amigo de Depp. No mesmo filme, que chegou ao grande público em 2011, Heard é Chenault — apesar de estar noiva de outro homem, é o interesse amoroso da personagem principal.

No banco das testemunhas, tendo em conta o presente caso em tribunal, Depp chegou a descrever como se sentiu numa cena em que beija a personagem de Heard no chuveiro. “Aquele momento foi, foi, parecia algo, parecia algo que eu não deveria estar a sentir. Acho que algo naquele beijo no chuveiro era real.” Na altura, ambos estavam comprometidos com outras pessoas. A relação mais duradoura do ator haveria, assim, de chegar ao fim em 2012, com Depp a deixar para trás um namoro de 14 anos com Vanessa Paradis que resultou em dois filhos, Lily Rose e John “Jack” Christopher Depp III, de 22 e 20 anos, respetivamente. Em junho desse ano o agente de Depp anunciava a “separação amigável” e pedia “privacidade”.

"Aquele momento foi, foi, parecia algo, parecia algo que eu não deveria estar a sentir. Acho que algo naquele beijo no chuveiro era real."
Johnny Depp em tribunal, sobre uma cena em que contracena com Amber Heard

Desconhece-se o intervalo de tempo entre uma relação moribunda e outra em início de ciclo, mas nos primeiros dias de 2014 a revista norte-americana People confirmava o noivado entre Depp e Heard, com uma fonte próxima a garantir que a atriz se dava bem com os filhos do ex-casal e que estava “entusiasmada” por passar o “resto da vida” com o colega de profissão, o mesmo que agora nega todas as acusações de violência doméstica num caso que vai ganhando contornos ultra mediáticos.

Os dois atores casaram em fevereiro de 2015: depois de legalmente darem o nó em Los Angeles, na casa de Depp, o casal protagonizou uma cerimónia íntima na ilha privada da estrela de “Eduardo Mãos de Tesoura”. Ainda que as duas celebrações — que aconteceram na mesma semana, com poucos dias de diferença — pintem o retrato de um casal apaixonado, testemunhos dados em tribunal mostram que os problemas eram anteriores aos votos de matrimónio. Pouco tempo depois, em maio de 2016, Heard obteve uma ordem de restrição temporária contra o então marido, acusando-o de abuso sob a influência de álcool e drogas, algo que Depp negou. O divórcio aconteceu fora do tribunal e a público veio a informação de que Heard doaria os 7 milhões de euros do acordo a instituições de caridade — também sobre isso seria lançada a sombra da dúvida, com Depp a acusá-la de mentir.

À data do divórcio, os atores emitiram um comunicado conjunto, onde admitiam que a relação era “intensamente apaixonada e por vezes volátil”, mas “sempre ligada por amor”. “Nenhuma das partes fez falsas acusações por ganho financeiro. Nunca houve qualquer tentativa de dano físico ou emocional”, lia-se ainda.

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Amber Heard e a então namorada, Tasya van Ree, em 2011

Brian To/FilmMagic

Segundo o USA Today, Amber Heard chegou a ser detida em 2009 no Aeroporto Internacional de Seattle-Tacoma, no estado de Washington, na sequência de uma discussão com a então namorada, a artista e fotógrafa Tasya van Ree — Heard terá agarrado e golpeado o braço de van Ree. Após uma multa por agressão, a polícia recebeu em 2011 um pedido para excluir as informações sobre o caso. Em comunicado, van Re afirmou que Heard foi acusada “injustamente” e que o incidente ganhou contornos desproporcionais.

Esta não é a primeira vez que o ex-casal vai a tribunal

Apesar do processo de divórcio ter resultado num acordo entre ambas as partes, foi um artigo de 2018 publicado no tabloide The Sun, onde Depp foi intitulado de “espancador de mulheres”, que definiu o reencontro do ex-casal, agora num contexto mais litigioso — Amber Heard foi chamada a testemunhar pelo jornal britânico.

Em novembro de 2020, o tribunal emitiu uma sentença desfavorável ao ator que havia processado a News Group Newspapers, empresa detentora do título, por difamação. Sem sucesso, a equipa jurídica de Depp trouxe a lume novos dados em março do ano seguinte, na tentativa de que o Tribunal de Recurso, em Londres, reabrisse o caso, de forma a rever a sentença. Em causa estava a alegada mentira de Amber Heard, quando afirmou que doaria os sete milhões do acordo de divórcio a duas instituições de caridade. Ainda que a defesa do ator afirmasse ter novas evidências de que as doações nunca tinham sido feitas — ou pelo menos, não dos valores prometidos — os juízes acabaram por rejeitar o pedido de recurso, reafirmando que o julgamento foi “pleno e justo” e dizendo ser improvável que o juiz da primeira instância desse importância às novas considerações da acusação sobre o carácter da atriz.

Comunicado publicado em novembro de 2020, no rescaldo da decisão do tribunal britânico, na conta de Instagram do ator

Johnny Depp nunca enfrentou uma acusação formal pelo crime de violência doméstica. Ainda assim, no caso que o opôs ao tabloide, o juiz considerou que 12 os 14 alegados incidentes invocados pela News Group Newspapers ocorreram de facto. A sentença teve efeitos imediatos, com o ator a ser afastado do elenco de “Monstros Fantásticos 3”, sendo substituído por Mads Mikkelsen, e da saga “Piratas das Caraíbas”.

O artigo de opinião na origem do atual processo de difamação

O regresso do ex-casal à barra do tribunal acontece após a publicação em 2018 de um artigo de opinião no The Washington Post escrito por Amber Heard, onde a própria admite ter sido vítima de violência doméstica, embora sem nunca mencionar o nome da estrela da saga cinematográfica “Piratas das Caraíbas”. Nele, a atriz assume-se uma “figura pública a representar a violência doméstica”.

No entanto, para Benjamin Chew, advogado do ator de 58 anos, era óbvio que Heard se estaria a referir a Depp — em resposta, o ator acusou-a de difamação, argumentando que o artigo lhe custara trabalho lucrativo na área da representação, e pediu uma indemnização no valor de 50 milhões de dólares. A atriz nunca negou estar a falar do ex-marido no polémico artigo de opinião, defendendo que apenas escreveu a verdade ao abrigo da Primeira Emenda da Constituição dos EUA, que visa a liberdade de expressão. Heard, que não foi bem sucedida na tentativa de ver o caso arquivado, acabou por responder com uma contra-acusação, exigindo uma indemnização no valor de 100 milhões de dólares.

No tribunal no estado norte-americano da Virgínia, onde o mediático caso acontece, o júri de sete pessoas também vai considerar a contra-acusação de Heard. A equipa legal da atriz defende que Depp a difamou quando o seu ex-advogado, Adam Waldam, declarou ao tabloide The Daily Mail que as alegações de abuso doméstico eram uma farsa. De acordo com o processo de Heard, Depp “autorizou e conspirou” com Waldman, que estava a agir a pedido do ator no sentido de “tentar destruir e difamar” a atriz.

Do dedo decepado às mensagens obscenas, quais as acusações feitas por Johnny Depp e Amber Heard?

As acusações de violência na relação são feitas tanto por ela, como por ele, e muitas delas já foram ouvidas no caso do The Sun. Sob juramento no tribunal em Fairfax na Virgínia, ao longo de quatro sessões de julgamento, Johnny Depp descreveu o turbulento casamento com Amber Heard, dizendo que os episódios podiam começar “com uma chapada” ou “um empurrão”, com a atriz a “lançar um comando de televisão” à cabeça do marido ou ainda um “copo de vinho” à cara deste. “Parecia puro ódio por mim”, disse o ator sobre a ex-mulher, alegando que esta “não podia estar errada” e que usava os filhos contra ele, chamando-o de “pai terrível”, de acordo com a Sky News.

Por seu turno, Heard acusa Depp em documentos legais de agredi-la repetidamente durante todo o relacionamento, desde chapadas a pontapés, a arrastá-la pelos cabelos e a agarrá-la pela garganta. Segundo o The New York Times, Heard chegou a temer pela própria vida.

"Ela tem necessidade de conflito, ela tem necessidade de violência. Surge do nada."
Johnny Depp em tribunal

Apesar das descrições bastantes visuais, o ator tem mantido, nos EUA e em solo britânico, que a ex-mulher era, de facto, a pessoa violenta na relação e não ele, dizendo ainda que ela usava “linguagem humilhante” que escalava para violência física — em tribunal negou alguma vez ter batido em Heard ou em qualquer outra mulher. “Ela tem necessidade de conflito, ela tem necessidade de violência. Surge do nada”, afirmou. Já Heard, segundo documentos legais, nega ter atingido o ex-marido, à exceção de situações que exigiram legítima defesa ou para garantir a segurança da irmã.

Além do testemunho de Depp na primeira pessoa, em tribunal foram ouvidos trechos de discussões gravadas. Entre os áudios escutados está uma situação em que Depp confronta Heard sobre o facto de esta ter batido com uma porta na cabeça do ator na noite anterior, com a atriz a dar a seguinte resposta: “Porque é que estás obcecado com o facto de eu não me conseguir lembrar da forma como tu te lembras?”. Noutro áudio é possível ouvir Amber Heard a admitir que agrediu fisicamente o ator: “Eu não te dei um murro. (…) Dei-te uma chapada, não te estava a dar um murro. (…) Eu não sei qual foi o movimento real da minha mão. Tu estás bem. Eu não te magoei, eu não te dei um murro”. Questionado sobre as gravações, Depp comentou que as mesmas refletiam a “necessidade de uma discussão”.

Johnny Depp & Amber Heard Defamation Trial Continues

Johnny Depp no exterior do tribunal de Fairfaix, no estado norte-americano da Virgínia

Paul Morigi/Getty Images

O incidente de 2015, referente ao dedo cortado de Johnny Depp, também foi assunto em tribunal. O episódio aconteceu na Austrália no decorrer das filmagens do quinto filme da saga “Piratas das Caraíbas”. Perante o júri, Depp relatou a sua versão dos eventos, contando que Heard estava zangada após um encontro com um advogado a propósito de um potencial acordo pós-nupcial e atirou duas garrafas de vodka na direção do agora ex-marido, com uma delas a acertar no dedo — Depp diz que o dedo sangrou “como o Vesúvio”. A experiência, segundo o testemunho, fez com que sofresse um “colapso nervoso”, com o ator a usar o dedo ensanguentado para escrever na parede mensagens alusivas às “mentiras” que Heard lhe contou. “A ponta do meu dedo foi cortada e eu estava a olhar diretamente para o meu osso que estava a sair”, testemunhou. Falou mesmo em ferida “grotesca”.

As palavras da atriz dão conta de um cenário bastante diferente, de acordo com documentos legais onde se refere que o ator ficou violento durante uma discussão sobre o uso de drogas — segundo esta versão, Depp agarrou Heard pelo pescoço e pela clavícula, atirando-a depois contra uma bancada; depois atingiu-a com as costas da mão e atirou um telefone contra a parede, ferido o seu dedo. De regresso a Los Angeles, Heard afirmou ter o “lábio rasgado, o nariz inchado e cortes por todo o corpo”.

O depoimento de Ben King, que geria a casa onde o casal ficou na Austrália aquando do episódio do dedo decepado, oferece mais detalhes sobre o que realmente terá acontecido. Ao tribunal, explicou como, após a discussão dos atores, encontrou vidro partido, pingos de sangue, um bar danificado e um mesa de ping-pong desmoronada. Contou também como encontrou a ponta do dedo de Depp num “pedaço de papel amarfanhado”. King, mordomo que trabalhou na residência de Depp em Londres e também na casa na Austrália, testemunhou como já antes tinha assistido e ouvido muitas discussões entre o ex-casal, as quais tendiam a seguir um padrão: eventualmente Depp acabava por abandonar a divisão e Heard seguia atrás.

King foi chamado à casa na Austrália depois do episódio do dedo e recorda-se de encontrar Amber Heard a soluçar — uma parte da escada de mármore estava quebrada, o tapete manchado com sangue e as paredes riscadas. No piso de baixo notava-se o cheiro a álcool e eram visíveis latas espalhadas junto ao bar. Depois de encontrada a ponta do dedo, colocou-a num saco de plástico e remeteu-a para o hospital, onde o dedo do ator foi cirurgicamente reparado. Os estragos na casa alugada foram avaliados em 50 mil dólares após a estadia do casal em março de 2015, segundo King.

"Diz ao mundo, Johnny, diz-lhes, Johnny Depp, eu, Johnny Depp, um homem, também sou vítima de violência doméstica. Vê quantas pessoas acreditam ou apoiam-te."
Amber Heard, numa gravação ouvida em tribunal

Em tribunal, Johnny Depp foi ainda confrontado com várias mensagens de texto onde se referiu a Heard através de insultos vulgares. Às mensagens apresentadas como prova pelo advogado de Heard, o ator disse que costuma usar o humor para lidar com “situações difíceis ou desagradáveis”.

Durante o contra-interrogatório, o advogado de Heard leu e-mails e mensagens de texto que Depp enviou para Heard, amigos, familiares e associados. Em 2015, escreveu a um ex-segurança como ele e a então mulher estavam “mais felizes do que nunca”, que tudo o que tinha de fazer “era mandar o monstro embora”. Depp explicou que a atriz usava a palavra “mostro” para o descrever quando considerava que o ator estava sob o efeito de drogas ou álcool, ainda que, segundo a estrela, a sua perceção não fosse sempre correta. Noutras mensagens de texto, desta vez de 2013 e enviadas para o ator Paul Bettany, Depp faz comentários sobre afogar e queimar Heard e depois ter sexo com o seu cadáver. Confrontado, Depp comentou que não estava orgulhoso de “nenhuma linguagem que usou com raiva”.

Johnny Depp And Amber Heard Civil Trial Enters Third Week

Amber Heard à saída do tribunal, no dia 25 de abril

Paul Morigi/Getty Images)

No dia em que concluiu o seu testemunho, a 25 de abril, Johnny Depp contou como no final do casamento se sentia “destruído”. Em tribunal, foi questionado por Ben Rottenborn, advogado de Heard, sobre se a ex-mulher era a única pessoa preocupada com o seu problema de alcoolismo. “Se alguém tinha um problema com a minha bebida, em qualquer momento da minha vida, era eu. A única pessoa de quem abusei na vida sou eu mesmo”, respondeu.

O júri teve ainda oportunidade de ouvir a gravação de mais uma discussão do casal, onde Heard alegadamente pressiona o ator a apresentar-se como “vítima de violência doméstica”, sugerindo que ninguém acreditará nele, segundo a Marca. “Diz ao mundo, Johnny, diz-lhes, Johnny Depp, eu, Johnny Depp, um homem, também sou vítima de violência doméstica”, ouve-se Heard dizer. “Vê quantas pessoas acreditam ou apoiam-te.” Em resposta, tal como contado em tribunal, Depp garante que “sim”, é uma vítima de violência doméstica.

A defesa do ator interrogou também uma psicóloga clínica, Shannon Curry, que alegou no respetivo depoimento que Amber Heard “demonstra sintomas psicológicos” associados ao transtorno de personalidade borderline e ao transtorno de personalidade histriónica. Curry baseou a sua avaliação em materiais fornecidos pelos advogados de Depp, mas também em duas entrevistas com Heard.

De referir que na passada segunda-feira, numa outra gravação escutada em tribunal, Amber Heard dá a entender que Depp apagou um cigarro no seu corpo: “Vai apagar a merda dos teus cigarros noutra pessoa (…) As tuas ações têm consequências!”. O ator, por seu turno, negou a alegação e falou num momento de “grosseiro exagero”.

Quem são as estrelas chamadas a testemunhar?

De acordo com o The New York Times, os advogados de Amber Heard divulgaram uma extensa lista de potenciais testemunhas, onde se inclui o magnata Elon Musk e o ator James Franco. A atriz trocou mensagens com Musk sobre o seu casamento atribulado, as quais foram usadas como prova no caso que opôs o ex-marido ao jornal britânico The Sun. No mesmo julgamento afirmou ainda que Franco testemunhou a existência de hematomas no seu rosto, na sequência de uma alegada discussão.

Apesar de tanto Musk como Franco estarem na referida lista, o The New York Post divulgou entretanto que nenhum dos dois vai testemunhar em tribunal.

"Não consigo entender estas acusações. Ele nunca, nunca foi violento comigo. Ele nunca, nunca foi abusivo comigo. Ele nunca foi violento ou abusivo com ninguém que eu tenha visto."
Winona Ryder, atriz

Aquando do processo contra o The Sun tanto Winona Ryder como Vanessa Paradis prestaram apoio ao ator de 58 anos. Ainda que não tenha sido chamada a tribunal, no depoimento fornecido Ryder, que ficou noiva de Depp na década de 90, disse estar “chocada, confusa e chateada” com as alegações feitas contra o ex-namorado, considerando o namoro um dos relacionamentos mais significativos da sua vida. Admitindo que “não estava lá” durante o casamento de Depp com Amber, diz que a ideia de que “ele é uma pessoa incrivelmente violenta” é a coisa “mais distante” do homem que conheceu e amou. “Não consigo entender estas acusações. Ele nunca, nunca foi violento comigo. Ele nunca, nunca foi abusivo comigo. Ele nunca foi violento ou abusivo com ninguém que eu tenha visto.”

Testemunho semelhante foi o de Vanessa Paradis: “Isto não é nada parecido com o verdadeiro Johnny que conheci e, pela minha experiência pessoal de muitos anos, posso dizer que ele nunca foi violento ou abusivo comigo”. Descrevendo o que considera serem “declarações ultrajantes”, diz que as mesmas “causaram danos” à carreira do ator porque “as pessoas continuam a acreditar nestes factos falsos”.

Questionado em tribunal sobre o que perdeu na sequência das acusações, Depp foi perentório: “Nada mais do que tudo”. O ator argumentou como as alegações de Heard rapidamente se espalharam pelo globo e como estas afetaram a sua carreira e reputação, mostrando o ator como “uma ameaça bêbeda e movida a cocaína que batia em mulheres”. Independentemente do resultado, diz, Johnny Depp vai carregar as alegações para o resto da vida.

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