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O que é a cloud?

Comecemos por explicar a origem do termo cloud: alguns especialistas afirmam que terá sido John McCarthy, a quem se atribui também o conceito de Inteligência Artificial, o primeiro a usar a palavra em 1961. Outros consideram que a noção surgiu nos trabalhos de Joseph Carl Robnett Licklider, um dos criadores da ARPANET que deu origem à Internet dos nossos dias.

Mas também há quem recorde o velho costume de desenhar uma nuvem (cloud) nos fluxogramas quando queríamos representar o acesso remoto através da internet, daí surgindo a ideia de Cloud Computing. Em qualquer dos casos, o conceito previa que todas as pessoas pudessem estar interconectadas para aceder a dados e programas a partir de qualquer lugar. Em termos académicos, a cloud é um sistema distribuído, habitualmente composto por duas partes:

  • Front end – inclui redes locais, navegadores e aplicações web;
  • Back end – suporta a arquitetura front end e inclui o hardware e o armazenamento que se encontra num servidor remoto;
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O que é um sistema distribuído?

Na prática, um sistema distribuído é um conjunto de computadores em locais diferentes, a trabalhar em colaboração de modo redundante. Quer dizer que a falha de uma máquina não inviabiliza o sistema. De modo simplista, a cloud é o recurso que entrega serviços de computação – incluindo servidores, bases de dados, rede, software, analítica e business intelligence – pela internet, traduzindo-se em rapidez, flexibilidade e redução de custos operacionais.

Os dados (documentos, imagens, vídeos e aplicações de software) são armazenados na cloud em vez de num disco rígido num computador ou na memória interna do smartphone ou do tablet. Quando usa o computador ou o smartphone, em casa ou no trabalho, pode ter a certeza de que já usou alguma forma de computação na cloud. Seja quando acede a uma aplicação de email como o Microsoft Outlook, quando partilha ficheiros através de OneDrive ou sempre que está a ver uma série em streaming na Netflix*.

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Quais as vantagens da cloud?

Uma das vantagens é a redução de custos operacionais que resulta da flexibilidade com que é possível implementar a infraestrutura, dimensionando-a consoante as necessidades do negócio. Os serviços podem ser implementados ou removidos a qualquer momento, sem necessidade de intervenção do fornecedor e sem contratos a longo prazo.

É mais eficiente em comparação com os sistemas de TI locais, habitualmente designados pela expressão on-premises – que significa “nas instalações” da empresa. A elevada disponibilidade é garantida por múltiplos datacenters, em várias localizações, o que permite a implementação de soluções altamente disponíveis com mínimas ou nenhumas alterações na arquitetura aplicacional. A Microsoft distingue-se por ter o maior global reach face a outros cloud providers, com mais de 200 datacenters em 34 países espalhados pelo mundo, garantindo disponibilidade 99,999% das vezes, o que equivale a um tempo de falha, ou downtime, de menos de 5 minutos por ano, sendo que a média de mais de 600 empresas num estudo da IDC revela um downtime dos seus datacenters de entre 40 a 55 horas por ano.

Além do tempo de resposta, ganha em agilidade porque é mais fácil capacitar os diferentes utilizadores de acordo com os recursos disponibilizados na cloud. A escalabilidade é outra vantagem crítica que a torna muito rentável. Uma vez que é adaptável em função dos diferentes requisitos de negócio, é possível dimensionar a capacidade, aumentando-a ou reduzindo-a, conforme as flutuações do mercado, os picos e quedas no tráfego.

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A cloud é para qualquer tipo de negócio ou empresa?

Sim, a cloud democratizou o acesso a inovação ao colocar as empresas (pequenas e grandes) ao mesmo nível, permitindo o acesso aos mesmos recursos de TI, enquanto que antigamente um Data Center e esta escala de capacidade instantânea estava só ao acesso de grandes empresas ou até mesmo multi-nacionais. Com cloud, as pequenas e médias empresas conseguem ter acesso às mesmas tecnologias utilizadas pelas maiores empresas, sem a necessidade de investir em hardware e software ou de contratar especialistas para implementar e manter estas soluções. A adoção de serviços na cloud liberta as empresas da maioria dos custos de aquisição, instalação, configuração e gestão que são habituais quando temos uma infraestrutura local.

Uma empresa de qualquer dimensão ou setor pode começar a usar aplicações de software corporativo em poucos minutos, em vez de semanas ou meses, como acontece numa instalação tradicional on-premises que exige um maior tempo de resposta e mais recursos humanos e financeiros. As equipas de IT podem assim manter o foco no negócio, abdicando da gestão e controlo da infraestrutura. Para além disso, garantem que estão sempre na vanguarda da tecnologia, com acesso a inovação (Inteligência Artificial, Machine Learning, etc.) que de outra forma não teriam.

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Porque é que as empresas devem migrar para a cloud?

O racional que sustenta os modelos de serviços na cloud é o de garantir que as empresas evitem aquele erro muito conhecido nos ambientes de TI tradicionais: o investimento em tecnologia que rapidamente se torna obsoleta e a criação de silos de informação que não comunicam entre si. É por isso que a integração e uma abordagem holística são fundamentais.

A Axians garante a experiência e o melhor know-how para ajudar os clientes no processo de adoção do modelo de cloud mais adequado às necessidades e objetivos do negócio.

Este apoio é efectuado através da implementação da sua Cloud Adoption Framework (CAF), agnóstica a qualquer plataforma Cloud e constituída por 4 pilares basilares: Discovery, Strategy, Implementation e Management.

Nos dois primeiros pilares, Discovery e Strategy é avaliada a maturidade dos ambientes on-prem e equipas técnicas e definido o roadmap de adoção de cloud de acordo com a informação obtida e o objectivo definido.

Os dois últimos pilares refletem o processo de migração, de implementação dos recursos na nova plataforma de Cloud e a recorrência. Criar uma VM ou um serviço na Cloud não significa que já adotámos Cloud.

É necessário olhar para a organização, o negócio, aplicações, infraestrutura e criar processos e metodologias, é aqui que a CAF é diferenciadora.

A CAF é todo um processo continuo de partilha de conhecimento e experiência onde são aplicadas metodologias ágeis como Devops com mecanismos de automação e standardização no aprovisionamento de recursos em qualquer ambiente.

Iniciar o processo com uma metodologia testada, de acordo com as melhores práticas, acelera o processo de migração e evita problemas a médio e longo prazo.

Da fase de consultoria à execução, a atuação das equipas de TI envolvidas no processo de migração devem simplificar o processo de avaliação e adesão à nova tecnologia. Ao mesmo tempo, devem capacitar as organizações com o mais completo conjunto de soluções que permitam a melhor configuração de acordo com as especificações do negócio.

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A minha empresa está pronta para migrar para a cloud?

Em primeiro lugar, a decisão implica a mudança para um novo mindset que valoriza as capacidades proporcionadas pela cloud, como a flexibilidade, a escalabilidade, a alta disponibilidade e a agilidade operacional, impossíveis numa arquitetura on-premises. Depois é preciso assegurar que o técnico ou a equipa de IT da sua empresa têm as competências suficientes para implementar aplicações na cloud. A migração para a cloud exige preparação e conhecimentos técnicos para desenhar a solução mais adequada a cada caso. Por exemplo, é fundamental definir o modelo a adoptar, entre híbrido (mantém aplicações on-premises e na cloud) ou apenas na cloud.

Existem aplicações que, por não serem suportadas no funcionamento em cloud devido a questões técnicas ou de compliance, obrigam as empresas a dispor de uma infraestrutura local, ainda que pequena.  Neste sentido, o modelo híbrido revela-se como a melhor aposta tal como no caso de empresas que já investiram numa infraestrutura própria e têm de a rentabilizar. Recomenda-se avaliar as alternativas e os requisitos de computação e a capacidade de armazenamento à luz da flexibilidade que caracteriza o funcionamento na cloud. Na dúvida, o modelo “cloud first” prevê que o cenário da migração deve ser avaliado desde logo em ambiente cloud e, no caso de surgir algum obstáculo, que a aplicação em causa seja então implementada localmente.

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Quais são os benefícios na prática?

A cloud é um elemento-chave na transformação digital, com muitas vantagens em comparação com os modelos de TI tradicionais, a destacar a velocidade de inovação. A adoção de serviços na cloud permite reduzir drasticamente o tempo de colocação no mercado, permitindo que as organizações criem e ofereçam novos serviços e experiências em alguns dias e não em semanas ou meses, como no passado. A cloud oferece a flexibilidade que permite alterar as tecnologias ou os serviços de acordo com as necessidades do negócio. O modelo pay as you go contribui para atenuar as barreiras à entrada no negócio e permite o uso de tecnologias de última geração por empresas que, à partida, não teriam capacidade para suportar um grande investimento inicial.

Para além disso, existe um efeito muito positivo na migração de serviços para a cloud: a segurança da informação e a conformidade ficam entregues a empresas especializadas, com competências críticas dedicadas que não seriam tão acessíveis a um vasto número de pequenos negócios.

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Quais são os obstáculos mais comuns que ainda impedem muitas empresas de adoptar serviços na cloud?

Se é verdade que alguns estudos indicam que 92% das organizações já usam recursos na nuvem, na prática isso não significa que tenham migrado para a nova realidade. Continuam a existir preocupações legítimas nas empresas quanto à segurança da informação e acerca da privacidade e proteção de dados, compromissos que a Microsoft assumiu como parte da sua missão com investimentos anunciados na ordem dos 20 mil milhões de dólares nos próximos 5 anos.

No entanto, a maioria das empresas está gradualmente a iniciar projetos de migração para a cloud ou a transferir serviços e processos de trabalho específicos. A transformação digital está a acontecer a um ritmo constante e a expectativa é de que, nos próximos anos, a maioria dos novos projetos de TI vai ser implementada por defeito em ambiente cloud.

A migração de sistemas nem sempre é fácil, mas mais cedo ou mais tarde, a maioria das empresas precisa de repensar as suas estratégias de TI e modelos de governação. Para quem estiver a pensar fazer uma renovação dos sistemas informáticos na empresa, a opção de migrar já para os mais recentes ambientes na cloud é muito racional.

Serviços como os Managed Cloud Services da Axians refletidos nos 4 pilares da CAF permitem às empresas uma adoção e gestão de plataforma e recursos cloud sem a necessidade de crescimento imediato das equipas de TI e de capacitação apressada das mesmas e permitindo um peace of mind durante toda a jornada de adoção de Cloud.

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A migração para a cloud é inevitável?

Organizações que queiram manter-se competitivas, irão fazê-lo nalgum grau. Já não é uma questão de migrar ou não, mas sim escolher o formato que mais se adequa à realidade da empresa. Empresas que ainda não dispõem de serviços na cloud registam menor crescimento e são mais facilmente ultrapassadas pela concorrência. Em 2022, o fosso entre as empresas que já operam na cloud e as que ainda estão limitadas a arquiteturas pesadas e exclusivamente on-premises deve continuar a aumentar.

As empresas devem ser mais rápidas a explorar as novas tecnologias e metodologias de desenvolvimento, usando-as para atrair clientes e criar vantagens competitivas. Esta rapidez na resposta ao mercado resulta da implementação de tecnologia e de fazer investimentos acertados em termos de serviços na nuvem, seja plataforma, infraestrutura e aplicações. As empresas que não acompanharem este ritmo correm sério risco de ficar definitivamente para trás. Estudos recentes indicam que cerca de 80% de todas as aplicações empresariais devem migrar para a cloud até 2025.