Uma imagem de Elon Musk com um chapéu preto em que se lê a frase “Make Apartheid Great Again” (“Tornem o Apartheid grande de novo”, numa tradução livre para português) está a circular na internet com a descrição que o multimilionário tem “problemas com a diversidade”. O slogan é inspirado no original mote de campanha de Donald Trump (“Make America Great Again” ou “Tornem a América grande de novo”, em língua portuguesa) e surge associado ao homem que é dono de empresas como a Tesla, X (antigo Twitter), OpenAI ou Space X, entre outras.

Ainda que Musk seja conhecido por várias declarações controversas, não é verdade que tenha usado um chapéu a enaltecer o Apartheid, o regime de segregação racial implementado na África do Sul, país onde o empresário com três nacionalidades nasceu em 1971.

Na imagem original, captada por Mark Ralston para a AFP, e que foi publicada aqui, pode ver-se Elon Musk com um boné preto simples, sem qualquer letra ou slogan — o que permite concluir que a fotografia que circula nas redes sociais foi manipulada.

O apoio de Musk a Trump é público e a Bloomberg revelou mesmo que o multimilionário fez um donativo a uma organização que está a angariar fundos para financiar o candidato republicano. O valor não foi inicialmente revelado, chegou a noticiar-se que seriam mais de 40 milhões de dólares por mês, mas o próprio Musk veio desmentir e não avançou com mais detalhes.

Conclusão

Não é verdade que Elon Musk tenha usado um chapéu a  dizer “Make Apartheid Great Again”, já que a fotografia original mostra claramente um boné preto sem qualquer letra inscrita. Desta forma, pode concluir-se que a imagem partilhada nas redes sociais foi manipulada e mostra um acessório que não foi utilizado pelo multimilionário.

Assim, de acordo com o sistema de classificação do Observador, este conteúdo é:

ERRADO

No sistema de classificação do Facebook, este conteúdo é:

FALSO: As principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.

NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.

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