Com as eleições presidenciais brasileiras à porta aumenta também o número de publicações com conteúdo falso a circular nas redes sociais. Desta vez, com uma captura de ecrã de um grupo de WhatsApp foi criada uma publicação no Facebook que rapidamente foi amplificada na rede social. Na imagem é possível ver Jair e o filho Flávio Bolsonaro a caminhar na rua com Flávio a usar, alegadamente, uma t-shirt com uma frase ofensiva para os brasileiros.
Tudo não passa, afinal, de uma montagem criada com base numa fotografia de arquivo. A imagem original, ainda disponível nesta notícia do G1 e no Twitter da própria Fernanda Rouvenant, foi registada em outubro de 2016, na escola Municipal Barão Homem de Mello, zona norte do Rio de Janeiro, onde Jair Bolsonaro, então candidato à Prefeitura do Rio, votou.
Flávio Bolsonaro chega para votar na Tijuca #Eleições2016 #G1 pic.twitter.com/Db31JbNpfL
— Fernanda Rouvenat (@frouvenat) October 2, 2016
A fotografia foi tirada por Fernanda Rouvenat, onde estão pai e filho Bolsonaro e na notícia do canal brasileiro é possível ver mais imagens desse dia, no local de voto.
No caso da imagem partilhada que se tornou viral é fácil perceber que foi acrescentada a frase ofensiva na frente da t-shirt. Através das pessoas atrás e das expressões é possível sobrepor as imagens e perceber que se trata da mesma, apenas com a manipulação que acrescenta a ofensa.
Conclusão
Flávio Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro, não usou uma t-shirt com ofensas aos nordestinos brasileiros. A imagem que circula nas redes sociais é o resultado de uma edição de uma fotografia registada em 2016, quando o filho do Presidente, e recandidato, brasileiro se candidatou à liderança da prefeitura do Rio de Janeiro.
Assim, segundo a classificação do Observador, este conteúdo é:
ERRADO
No sistema de classificação do Facebook este conteúdo é:
FALSO: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.
NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.