O presidente da Venezuela Nicolás Maduro é o mais recente alvo político das fake news. Uma publicação de Facebook voltou a surgir na internet, depois de ter sido lançada há 5 anos, a 27 de agosto de 2016, onde surge uma fotografia de um suposto namoro entre Maduro e outro homem, tirada alegadamente em 1984. Trata-se, no entanto, de uma publicação falsa.
Noutras publicações semelhantes alega-se que a fotografia foi proibida na Venezuela por retratar uma relação amorosa entre Nicolás Maduro e outro homem. A curiosidade é que o outro homem é supostamente o seu antecessor, Hugo Chavez. Mas não, não é. Trata-se de uma montagem que começou a circular nas redes sociais em 2013 num site com o nome Diario de Tenerife, que está atualmente inativo, tal como garantido pelo fact-checker espanhol Maldita. Só é possível confirmar estes dados consultando a ferramenta que permite vasculhar o histórico online de determinados sites, o Web Archive.
A verdadeira fotografia data de 1971 durante a marcha do Orgulho Day de Manhattan em Nova Iorque pelo famoso fotógrafo franco-americano Jean-Pierre Laffont. Consultando a fotografia original, percebe-se que a imagem foi manipulada, alterando a cara do homem da direita para se parecer com Nicolas Maduro.
Esta publicação já foi verificada um pouco pelo o mundo inteiro. Chegou mesmo ao Brasil, onde foi desmentida pela agência Lupa da Folha de São Paulo. O fact-checker brasileiro garante ainda que a fotografia não foi proibida na Venezuela.
Conclusão
Não é verdade que uma fotografia de 1984 demonstre uma suposta relação amorosa entre o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e outro homem. Trata-se de uma montagem já desmentida por vários fact-checkers internacionais. A verdadeira imagem foi tirada em 1971 durante uma marcha do Orgulho Gay nos Estados Unidos da América.
Assim, de acordo com o sistema de classificação do Observador, este conteúdo é:
No sistema de classificação do Facebook este conteúdo é:
FALSO: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.
Nota: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.